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sábado, 30 de junho de 2012

Cifras & Safras

Plantas medicinais
Fitoterapia, uma nova alternativa para  a agricultura familiar. A produção de plantas medicinais, embora exija cuidados especiais para produção, pode trazer grande rentabilidade ao produtor rural.
Embrapa, Emater e outros órgãos apoiam o Ministério da Saúde a ampliar a produção de fitoterápicos. Anti-inflamatórios, no tratamento da dor e em muitas outras aplicações. Veja no Cifras&Safras.
http://vimeo.com/44949157

Enquanto isso nos Estados Unidos...

A longa recuperação norte-americana
A Confiança do Consumidor, medida pela tradicional Universidade de Michigan, sofreu redução no final de junho. Veio dos 79,3 pontos do mês de maio, para 73,2 pontos, em junho. O indicador desse mês deve conter também os efeitos que as tensões europeias promoveram sobre a economia norte-americana.
Os rendimentos pessoais, entretanto, tiveram alta em maio de 0,2%, em relação ao mês de abril. Por outro lado, os gastos pessoais de maio mantiveram-se estáveis.
No setor de manufatura, o índice que mede a atividade dos Gerentes de compras de Chicago (ISM), referente ao mês de junho, revelou leve alta, saindo dos 52,7 pontos em abril, para os 57,9 em junho.
A situação dos Estados Unidos mostrou uma evolução discretamente favorável, em meio a todas as preocupações que a Europa criou em no nesse mês. O começo do mês havia sido marcado pelos temores sobre as eleições na Grécia. Foram, todavia, contornados. Depois, os bancos europeus trouxeram temores quanto a eventuais bancarrotas e seus possíveis contágios. No fim do mês, a Cúpula Europeia sinalizou para o fim dos defaults dos governos e para a recapitalização do combalido sistema bancário da região.
Antes do mercado poder reagir, a semana acabou.

De pacote em pacote

Da Europa veio a grande notícia
A Cúpula Europeia anunciou que o ESM irá recapitalizar os bancos diretamente, evitando a intermediação dos governos locais. Esses, por sua vez, terão que implantar programas de austeridade fiscal.
E para imprimir maior segurança aos acontecimentos futuros, os líderes europeus anunciaram ainda a criação, para futuro próximo, de um órgão supervisor único. Em outras palavras, a Cúpula Europeia inicia agora um processo que poderá desembocar na unificação bancária e fiscal em toda a região.
O resultado é exemplar e consagra a negociação como a processo mais importante para a união dos povos. Uma prática difícil, mas eficaz, da diplomacia europeia, que a América Latina precisa aprender rapidamente.
No Brasil, o pacote do meio da semana esteve voltado às compras governamentais e a mais protecionismo.
Ontem, não chegou a ser pacote. No máximo, um embrulho para presentear nesse Natal, com a prorrogação da redução do IPI, os setores de linha branca e móveis. Prorrogou-se também, no mesmo sentido, a redução de PIS/COFINS, para a indústria de massas alimentícias.
Tudo isso em nome do emprego, uma vez que o mercado de trabalho se encontraria em situação de exaustão de seu crescimento.
Mas, se já estamos em pleno emprego, para que criar mais vagas? Na verdade o ministro precisa de crescimento e não de mais emprego. E o problema não está no número de vagas, mas no excessivo endividamento, que sua política monetária expansionista, via crédito, lançou as famílias brasileiras. A inadimplência atingiu a horrorosa marca dos 7%, mesmo depois da redução dos juros e aumentos dos prazos dos financiamentos. A essa altura, depois de tantas negociações, renegociações e portabilidade das dívidas e empréstimos, o consumo não cresce e a economia mantém-se em retração.
Vai um alerta: os índices de preços já estão muito próximos da deflação.

O ambiente institucional é intranquilo

Semana de recuperação para a
Bolsa e para o dólar
O Ibovespa dessa sexta feira apresentou-se em alta de 3,23%. A alta está sendo interpretada como resultado do acordo europeu que promete irrigar bancos e permitir que os ajustes fiscais, nos países mais endividados, sejam feitos de forma mais branda, sem a necessidade de agravar as tensões sociais e políticas que assolam a União europeia nesse instante. O Ibovespa, com isso, atingiu os 54.354 pontos. No mês, entretanto, o desempenho é negativo, com queda de 0,25%, enquanto, no ano, a queda acumulada é de 4,23%. Por fim, não se pode tomar esse movimento como uma tendência para o próximos dias. Veja-se, por exemplo, que o volume girado continua baixo: R$6,4 bilhões.
O dólar, que vinha pressionando o mercado de câmbio, cedeu. O motivo foi o mesmo, adicionado da atuação forte do Banco Central. A moeda norte-americana perdeu em relação à brasileira 3,5%, fechando cotada em R$2,01.
Com essa queda associada às condições europeias, parece que a crise lá fora foi responsável apenas pelos valores registrados acima dos R$ 2,00. O encaminhamento de soluções para da crise da Europa não foi suficiente para a moeda romper com esse patamar. Portanto, as pressões altistas devem permanecer, evidenciando que as sucessivas intervenções governamentais na economia estão entre as maiores determinantes da alta do dólar.
A falta de previsibilidade a que o ambiente de negócios se submeteu, a insegurança jurídica crescente e a inconsistência do tratamento tributário aos capitais estrangeiros explicam as variações cambiais mais recentes. O antagonismo estabelecido pelo Governo Federal com investidores além de imobilizar o crescimento nacional leva a desequilíbrios cambiais inconvenientes.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Chegou ontem

O drama europeu começa a ser resolvido
Foi um parto. Agora os bancos europeus encontraram solução para sua recapitalização.
Isso deverá reduzir fortemente a volatilidade nos mercados internacionais e, por essa via, favorecer o Brasil e todos os demais emergentes.
O plano para o controle fiscal único traz sossego a todos os membros da União Europeia e reduz a preocupação com países cujas indisciplinas fiscais têm sido tradicionais na região. Também o apoio dado ao lançamento dos Eurobonds mostra ao mundo que a capacidade de financiar a recuperação europeia pode crescer sem trazer indecisões e sobressaltos aos mercados.
Itália e a Espanha receberão recursos sem precisar aprofundar os respectivos cortes fiscais e, portanto, sem agravar a já difícil situação social e política em que se encontram no momento. O espaço para o crescimento econômico, embora pequeno, começa a ser criado.
Tudo veio acompanhado de reticências da Alemanha que naturalmente não quer pagar a conta sozinha. Seja como for encaminhou-se uma solução depois de um período extenso de negociações.
Não quer dizer que o problema tenha sido resolvido, mas não se pode negar que foi encaminhado.

Mais um pacote

Sobra pacote. Falta planejamento.
Já não tem mais cara de pacote. Seu jeito é de embrulho. Certamente para o Natal. Mas, não para o desse ano.
A redução na Selic de 6% para 5,5% não mexerá nos investimentos no curto prazo. O que atrapalha o investimento não é esse 0,5%. Melhor pensar em reformas. Elas produziriam um ambiente institucional menos agressivo e mais atraente aos capitais.
A ampliação das compras nacionais dependerá de tantas providências burocráticas, que chegarão apenas mais tarde. E a margem de preferência de 25%, em 126 produtos fabricados no Brasil, caracteriza um escancarado ato de protecionismo. De mesma natureza daqueles que o país tanto condena na política argentina.
Faltam diagnósticos mais precisos e um plano de longo prazo, envolvendo prioritariamente as propaladas reformas no âmbito fiscal e administrativo. As reformas são tantas e tão rejeitadas pelos colegiados que deveriam aprová-las, que a alternativa a elas é um projeto de avanços na área do executivo e do judiciário. Um bom trabalho na esfera do judiciário poderia trazer avanços nas práticas trabalhistas e tributárias. Um esforço do executivo também poderia trazer grandes avanços administrativos, com a supressão de órgãos, associadas à implantação de novas práticas junto ao funcionalismo. Planos setoriais para a indústria e políticas exportadoras trariam maior vigor à atividade econômica. Nada que revertesse situações emergenciais, mas que desenhasse um ambiente institucionalmente compatível com as decisões de investimentos. Necessário afastar o hábito de produzir bravatas e abrandar estratégias baseadas em ameaças.
O momento é de consolidação institucional e a crise internacional é a melhor oportunidade até agora existente para produzir esses avanços.

Tributos x preços finais

O consumidor brasileiro e a carga tributária em suas compras

O estudo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Os percentuais de impostos sobre preços finais alarmam. Veja a tabela:

PRODUTOS                                                          
Passagens aéreas
8,65%
Transporte Aéreo de Cargas
8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros
16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas
21,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano
22,98%
Vassoura
26,25%
CONTA DE ÁGUA
29,83%
Mesa de Madeira
30,57%
Cadeira de Madeira
30,57%
Armário de Madeira
30,57%
Cama de Madeira
30,57%
Sofá de Madeira/plástico
34,50%
Bicicleta
34,50%
Tapete
34,50%
MEDICAMENTOS
36%
Motocicleta de até 125 cc
44,40%
CONTA DE LUZ
45,81%
CONTA DE TELEFONE
47,87%
Motocicleta acima de 125 cc
49,78%
Gasolina
57,03%
Cigarro
81,68%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS
Carne bovina
18,63%
Frango
17,91%
Peixe
18,02%
Sal
29,48%
Trigo
34,47%
Arroz
18,00%
Óleo de soja
37,18%
Farinha
34,47%
Feijão
18,00%
Açúcar
40,40%
Leite
33,63%
Café
36,52%
Macarrão
35,20%
Margarina
37,18%
Margarina
37,18%
Molho de tomate
36,66%
Ervilha
35,86%
Milho Verde
37,37%
Biscoito
38,50%
Chocolate
32,00%
Achocolatado
37,84%
Ovos
21,79%
Frutas
22,98%
Álcool
43,28%
Detergente
40,50%
Saponáceo
40,50%
Sabão em barra
40,50%
Sabão em pó
42,27%
Desinfetante
37,84%
Água sanitária
37,84%
Esponja de aço
44,35%
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE
Sabonete
42%
Xampu
52,35%
Condicionador
47,01%
Desodorante
47,25%
Aparelho de barbear
41,98%
Papel Higiênico
40,50%
Pasta de Dente
42,00%
MATERIAL ESCOLAR
Caneta
48,69%
Lápis
36,19%
Borracha
44,39%
Estojo
41,53%
Pastas plásticas
41,17%
Papel sulfite
38,97%
Livros
13,18%
Papel
38,97%
Agenda
44,39%
Mochilas
40,82%
Régua
45,85%
Pincel
36,90%
Tinta plástica
37,42%
BEBIDAS
Refresco em pó
38,32%
Suco
37,84%
Água
45,11%
Cerveja
56,00%
Cachaça
83,07%
Refrigerante
47,00%
CD
47,25%
DVD
51,59%
Brinquedos
41,98%
LOUÇAS
Pratos
44,76%
Copos
45,60%
Garrafa térmica
43,16%
Talheres
42,70%
Panelas
44,47%
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO
Toalhas - (mesa e banho)
36,33%
Lençol
37,51%
Travesseiro
36,00%
Cobertor
37,42%
Automóvel
43,63%
ELETRODOMÉSTICOS
Sapatos
37,37%
Roupas
37,84%
Aparelho de som
38,00%
Computador
38,00%
Fogão
39,50%
Telefone Celular
41,00%
Ventilador
43,16%
Liquidificador
43,64%
Batedeira
43,64%
Ferro de Passar
44,35%
Refrigerador
47,06%
Vídeo-cassete
52,06%
Microondas
56,99%
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Fertilizantes
27,07%
Tijolo
34,23%
Telha
34,47%
Móveis (estantes, cama, armários)
37,56%
Vaso sanitário
44,11%
Tinta
45,77%
Casa popular
49,02%
Mensalidade Escolar
37,68% (ISS DE 5%)