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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Economia norte-americana "puxa" dólar

Dólar valoriza-se em relação às principais moedas mundiais.
Isso não vale para o real, ainda.
As cotações do petróleo fecharam em alta no mercado internacional. O bom desempenho da economia norte-americana, no quarto trimestre de 2009, e o anêmico crescimento europeu, dão força ao dólar.
O preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em abril, valorizou 1,8%, cotado a US$ 79,57 na Bolsa de Mercadorias de Nova York. O barril do tipo Brent, com vencimento no mesmo mes, subiu 1,5%, fechando a US$ 77,45 no ICE Exchange de Londres. Até os US$ 80,00/barril não há impactos maiores. Além disso, pode-se esperar pressões adicionais sobre a moeda norte-americana e, aí sim, atingindo o real, de rebarba.
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou hoje que o PIB do país expandiu-se 5,9% no último trimestre de 2009, em relação ao trimestre anterior. O número surpreendeu os analistas cujas expectativas eram de um crescimento máximo de 5,6%. São as exportações ajudando a economia americana, que internamente apresenta recuperação ainda muito lenta.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Porque hoje é sábado

Ninguém é de ferro
Humor e ironia, apenas? Mais do que isso.
Aproveite, porque, aconteça o que acontecer, hoje é sábado.
Aguardo seu comentário. Deixo o meu abaixo. Assista primeiro.

http://www.youtube.com/watch?v=aZkDV1iwKVU


"Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado."

A vida na FEA

01.03 Segunda
AULA MAGNA
Educação e Desenvolvimento Econômico
- Premiação dos melhores alunos da FEA, formados em 2009, e dos melhores professores de graduação de 2009
- Homenagem à 11º turma de formados da FEA (turma de 1959)
Às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrante: Prof. Dr. Naércio Aquino Menezes Filho
Responsável: Prof. Dr. Carlos Roberto Azzoni
Realização: FEA-USP
Inf.: 3091-5960 / 5872
03.03 Quarta
PALESTRA – FUNDAÇÃO ESTUDAR E AIESEC NA USP
Das 15h às 17h, sala da Congregação, FEA-1
Responsável: Aline Cunha
Realização: AIESEC
Confirmar presença por email
mailto:emailfundacao@estudar.org.br
Inf.: nos sites
http://www.estudar.org.br/
www.aiesec.org.br/site
PALESTRA – "CARREIRA PÚBLICA”
Das 18h às 20h, Auditório, FEA-5
Palestrante: Maílson da Nóbrega
Responsável: Rodrigo Ferreira
Realização: CAVC
Inf.: 3031-0769, com Carolina
04.03 Quinta
SEMINÁRIO - MERCADO, QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE NA CAFEICULTURA
Das 12h às 18h, sala da Congregação, FEA-1
Responsável: Prof. Dr. Décio Zylberstajn
Realização: EAD
Inf.: 3091-5905, com Nice
www.pensa.org.br
Agende-se
MINICURSO - A ECONOMIA POLÍTICA DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
Dias 8, 10 e 24 de março, às 11h30, sala A3, FEA-1
Ministrante: Prof. Dr. Aldo Musacchio (Harvard University)
Responsável: Profs.Drs. Renato Perim Colistete e Ricardo Madeira
Realização: Departamento de Economia e Coordenação de Pós-Graduação em Economia FEA-USP
Apoio: Reitoria USP
Inf.: 3091-6078/5886
www.usp.br/econ
CICLO DE DEBATES SOBRE CONJUNTURA ECONÔMICA
A economia brasileira em 2010
Dia 11 de março, das 11h30 às 13h, sala da Congregação, FEA-1
Debatedores: Prof. Dr. Ilan Goldfajn (Banco Itaú) e Yoshiaki Nakano (FGV-SP)
Responsável: Prof. Dr. Carlos Eduardo Soares Gonçalves
Realização: EAE/FEA-USP
Inf.: 3091-5802
O debate será transmitido ao vivo: http://www.iptv.usp.br/
PALESTRA: "COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA?”
Dia 23 de março, às 11h30min e às 18h30, sala da Congregação, FEA-1
Palestrante: Prof. Dr. José Raymundo Novaes Chiappin
Responsável: Profª. Drª. Maria Sylvia Macchione Saes
Realização: Comissão de Pesquisa da FEA-USP
Inf.: por e-mail
cpqcexfea@usp.br
UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE
- Palestra: Tecnologia da Informação aplicada a empresas e governo
Dia 24 de março, às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. César Alexandre de Souza
- Palestra: Balanço contábil das Nações: reflexões sobre mudanças climáticas globais
Dia 31 de março, às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. José Roberto KassaiResponsável: Profª. Drª. Marina Mitiyo Yamamoto
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEA e  da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Inf.: 3091-5872, com Rose
rosembfs@usp.br
Agende-se
SEMINÁRIOS IBRET
Dias 22 de abril, 18 de maio e 15 de junho, das 13h às 17h30, sala da Congregação e Auditório, FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922 9626 - Ramal 5889
http://www.ibret.org/
7º CONTECSI - International Conference on Information Systems and Technology Management
De 19 a 21 de maio, das 9h às 18h, na FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: TECSI/FEA/USP
Inf.: 3091-5820
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi/
10º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE E 7º CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE
Dias 26 e 27 de julho, na FEA-USP
Divulgação da programação no dia 1 de julho
Responsável: Prof. Dr. Welington Rocha
Comitê: Profs. Drs. Ariovaldo dos Santos, Eliseu Martins, Fábio Frezatti, Gilberto de Andrade Martins, Nelson Carvalho, Reinaldo Guerreiro e Timothy Doupnik
Realização: EAC
Inf.: 3091-5820
http://www.congressousp.fipecafi.org/
2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Submissão de trabalhos até 15 de março
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Inscrições abertas
Inf.: 3091-5802
www.usp.br/econ/bwgt2010
www.gametheorysociety.org/conferences/#29july2010

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Contas externa não vão bem. Podem piorar bastante.

Investimento estrangeiro fica abaixo
do déficit externo
Veículo: DCI - Data: 24.02.10 - Por Fernando Teixeira
São Paulo, 23 de fevereiro— Balanço do Banco Central (BC) mostra que as transações correntes foram deficitárias em US$ 3,8 bilhões, acumulando, nos últimos 12 meses, déficit de US$ 25 bilhões – equivalente a 1,56% do PIB. Outro número que apresentou forte queda foi o Investimento Estrangeiro Direto (IED). No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, o ingresso de investimento produtivo no Brasil soma US$ 24,808 bilhões, o equivalente a 1,52% do PIB.
Em igual período até janeiro de 2009, o IED somava US$ 42,162 bilhões, ou 2,64% do PIB. Este é o pior resultado, desde maio de 2007, quando entraram no País US$ 497 milhões, ante os US$ 789 milhões de janeiro deste ano. Também é a primeira vez que o índice fica abaixo do déficit, na comparação com 12 meses.
De acordo com o Banco Central, conta financeira ( investimentos em ações e outros instrumentos financeiros) apresentou ingressos líquidos de US$ 6,2 bilhões no mês. Destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros em carteira, US$ 3,7 bilhões.
Só o investimento em ações negociadas no país ficou positivo em US$ 1,278 bilhão. Já entre as negociadas no exterior o saldo foi negativo de US$ 17 milhões.
Já a conta de serviços apresentou déficit de US$ 1,3 bilhão em janeiro, 128% superior ao registrado para o mesmo mês de 2009.
Segundo especialistas ouvidos pelo DCI, o resultado negativo pode ser revertido. A aposta é o investimento em infraestrutura, impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por eventos esportivos, além de montadoras, da construção civil e de indústrias químicas, como petróleo e farmacêuticas.
Para o professor da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do instituto de pesquisa de mercado Fractal, Celso Grisi, a queda no IED aconteceu por causa da crise do ano passado. O fenômeno fez com que, segundo o especialista, as remessas de investimentos brasileiros diretos ao exterior (IBD) superassem os ingressos de IED, totalizando US$ 1,247 bilhão. “As matrizes precisaram se defender e cessaram o fluxo de capital às subsidiárias. Outras empresas optaram por retardar investimentos, que devem voltar agora”, destacou.
Grisi destaca que o mercado prevê um superávit de quase US$ 40 bilhões no IED. Contudo, discorda e aposta em valores mais modestos, como US$ 10 bilhões.
“As previsões dão conta de R$ 38 bilhões. Precisamos ver a balança comercial, pois para ser superavitária, precisaremos de investimentos diretos altos. Para isto precisamos que países mais desenvolvidos importem do Brasil produtos de valor agregado e não apenas commodities”, diz.
O professor da USP lembra que uma empresa como a Cutrale, que detêm cerca de 30% do mercado global de suco de laranja, não possuí uma marca para comercializar o produto e com isso não agrega valor ao produto. “Não temos políticas de industrialização para exportar produtos. Precisamos de crédito e política fiscal para exportar carros e não vender apenas para o consumo interno. Precisamos de taxas de câmbio favoráveis.”
Mais otimista quanto aos números do IED e esperando melhores resultados das contas do governo em 2010, o professor de macroeconomia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite Domingues Junior aposta que as obras do PAC, Olimpíadas e Copa do Mundo tragam divisas internacionais ao Brasil.
Domingues Junior disse que a balança nacional é alto ajustável, pois possui reservas internacionais que somaram US$ 240,5 bilhões. “Contamos com reservas para suprir o déficit de investimento no Brasil Quando o dólar sobe, faz os números positivos novamente”. Na visão dele, é provável que Banco Central pare de comprar dólar.Para ele, a crise provocou um movimento de freio na economia brasileira. “Se não houvesse crise, poderíamos chegar a US$ 60 bilhões em IED. Acredito que chegaremos perto de US$ 40 bilhões até o final do ano”.
Até esta terça-feira, 23, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto, de acordo com o Banco Central, somou US$ 2,2 bilhões em fevereiro. A expectativa é encerrar o mês com um ingresso de US$ 2,7 bilhões em investimentos produtivos, o que representa uma forte recuperação na comparação com janeiro.

Dançando no mesmo lugar

Não há contradições nos números de hoje
A revisão para cima do PIB dos EUA, que em sua segunda prévia para os dados do quarto trimestre, mostrou crescimento de 5,9%, superou as estimativas do mercado e animou investidores de todo o mundo. Melhor ainda, por que a atividade industrial na região de Chicago atingiu 62,6 pontos em fevereiro, também acima das expectativas dos analistas de mercado. Do lado da produção até que os EUA está saindo para o outro lado, sobretudo ajudado pelas suas exportações.
O problema está no consumidor. Como dissemos de manhã, ele reduz seus empréstimos e seu consumo. De fato, trata-se de comportamento defensivo à busca da redução de seu nível de endividamento e da formação de alguma reserva pessoal. O principal motor da economia norte-americana, o consumo das famílias foi mais fraco do que o anunciado inicialmente, crescendo apenas 1,7%, pouco abaixo do final de janeiro. Confirmando a atitude arredia do consumidor norte-americano, o índice de confiança ficou abaixo do que era esperado durante o mês de janeiro. Pior, as vendas de casas, em janeiro, apresentaram queda de 7,2%, reduzindo o valor dos ativos do consumidor. Portanto do lado do consumo e do emprego ainda não há novidades para sustentar uma recuperação mais rápida.
Na Europa, o PIB britânico subiu 0,3%, do terceiro para o quarto trimestre de 2009. As previsões apontavam para de 0,2%.
Volto a lembrar que os olhos do mundo continuam voltados para a economia dos EUA. E ela vive uma espécie de bolero do tipo “um pra lá, dois pra cá”.

Os olhos voltam-se mais uma vez para os Estados Unidos

Esperanças no epicentro da crise
Anunciada ontem nos EUA a alta de 3,0%, em janeiro, das Encomendas de Bens Duráveis. Notícia muito animadora, mostrando que o consumidor norte-americano iniciou um processo de refazimento de seus ativos de uso. Reequipa-se.
Por outro lado, os Pedidos Semanais de Auxílio-Desemprego apresentaram alta para 496 mil pedidos. O desemprego ainda resiste. As ações do governo Obama não acharam o caminho da recuperação da renda. O processo de criação de novas vagas de trabalho parece, por ora, longe de ser alcançado.
Fica a impressão de que o cidadão mantém, diante do consumo, um comportamento defensivo. Poupa e não gasta. Uma velha síndrome japonesa, importada nessa crise, como a melhor receita para o homem comum americano. Ele quer mesmo é se desendividar e assistir à recuperação do valor de seus ativos. Ativos valorizados dão conforto psicológico ao indivíduo pela sensação de crescimento de sua riqueza pessoal.
Só então voltaria ao mundo do consumo, movido nos Estados Unidos pelo mundo do crédito. Se não toma crédito, não consome. Apenas se desendivida. Se não gera consumo, não gera produção e, portanto, não gera emprego. Sua renda cai.
No Brasil, o presidente Lula pediu que todos gastassem. Deu certo.
O Índice de Preços de Imóveis teve queda de 1,6% em dezembro. Não há consumo, os preços caem e os ativos não se recuperam. Tudo parece uma equação de difícil solução.
Hoje, último dia útil da semana, podem aparecer novidades. Os EUA divulgarão o PIB e o índice de Consumo Pessoal (PCE), ambos referidos ao 4T09. Divulgarão também o índice de Confiança do Consumidor referente a fevereiro e o volume das Vendas de Imóveis existentes. Se o índice de Consumo Pessoal estiver em crescimento, os níveis de emprego reagirão no médio prazo. Se a confiança do consumidor aumentar, podemos entender que a recuperação realmente ganha contornos mais nítidos. Se os preços dos imóveis existentes estiverem em alta, a sensação de enriquecimento incentivará a decisão de consumir.
Confirmada essas hipóteses, preparem-se para a reação dos mercados internacionais, positiva e de razoável intensidade. Em caso de frustração dessas expectativas, é para baixo que o mercado irá. E aí, abrem-se boas oportunidades de compras.

No Brasil, "la nave va"

Retardando elevações da SELIC
Dois grandes fatos podem mudar as projeções para 2010. O IPCA-15 estacionou. Alta de 0,94 está em linha com as previsões do mercado e o IPCA do mês de fevereiro deve vir mais baixo. O IPC-S da FGV apresenta a mesma tendência de queda, dando consistência à evolução dos fatos e às interpretações de que os preços apresentaram-se em altas apenas por razões conjunturais. Parecem agora querem acomodar-se. Se for assim os juros futuros tendem a ceder. Por outro lado, a arrecadação apresenta resultados surpreendentes. O fim das desonerações fiscais e a retomada da produção industrial foram apontadas como as principais causas da arrecadação de janeiro ter alcançado o patamar histórico de mais de R$ 73 bilhões. Começam a aparecer sinais de novos espaços para novas políticas públicas. Juros em queda e arrecadação em alta podem retardar ao aumento da Selic, incentivando o processo de investimentos entre empresários e a aparição de novas vagas de trabalho para a população. Em meio a tantas notícias ruins do front externo, a economia brasileira mostra vigor.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Google vai virar um caso de diplomacia empresarial

Agora a briga será com a União Européia
Vários sites de busca acusam a Google de práticas que ofendem o direito da concorrência. As acusações envolvem elementos da concorrência desleal e estão sendo patrocinadas por três de sites que atuam na área de buscas: Foundem (ingles), ejustice.fr (frances) e Ciao! from Bing (italiano, pertencente à Microsoft).
Conquanto os órgãos de defesa da concorrência possam, após concluída as investigações e ouvida todas as partes, dar ganho de causa a Google, o fato é que em matéria de tecnologia de informação as empresas estão se afastando de seus "core business". Especializam-se em direito empresarial. Não é possível admitir atuações que produzam esse nível de conflito em todas as partes do mundo. Praticamente todas as gigantes estão envolvidas em múltiplos episódios jurídicos de grandes proporções. O que está acontecendo? Desconhecem regras ou agem de má-fé?
O ensino da administração de empresas terá que criar, em sua grade curricular, uma disciplina chamada "estratégias jurídicas de crescimento e proteção à participação de mercado" ou, para incentivar empresas a voltar aos seus negócios, ampliar o conteúdo programático de outra chamada "diplomacia empresarial". Consumidores já começam a duvidar das condutas empresariais que, a todo o momento, estão sendo contestadas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Trégua na economia nacional

Inflação tem sua expectativa retardada
Dois grandes fatos podem mudar as projeções para 2010. O IPCA-15 estacionou. Alta de 0,94 está em linha com as previsões do mercado e o IPCA do mês de fevereiro deve vir mais baixo. O IPC-S da FGV apresenta a mesma tendência de queda, dando consistência à evolução dos fatos e às interpretações de que os preços apresentaram-se em altas apenas por razões conjunturais. Parecem agora querem acomodar-se. Se for assim os juros futuros tendem a ceder.
Por outro lado, a arrecadação apresenta resultados surpreendentes. O fim das desonerações fiscais e a retomada da produção industrial foram apontadas como as principais causas da arrecadação de janeiro ter alcançado o patamar histórico de mais de R$ 73 bilhões. Começam a aparecer sinais de novos espaços para políticas públicas.
Juros em queda e arrecadação em alta podem retardar ao aumento da Selic, incentivando o processo de investimentos entre empresários e a aparição de novas vagas de trabalho para a população. Em meio a tantas notícias ruins do front externo, a economia brasileira mostra vigor.

A DOENÇA DAS GRANDES CORPORAÇÕES

“Toyota Executive Says Recall Might 'Not Totally" Solve Accelerator Problems
James E. Lentz III, the president of Toyota Motor Sales
U.S.A., told the House Energy and Commerce Committee on
Tuesday that Toyota's huge recall might "not totally" solve
the problem of unintended sudden acceleration in some of its
vehicles.”
Esta nota no The New York Times de 23 fevereiro mostra que mesmo empresas com reputação mundial podem sofrer das "doenças de tamanho".
O histórico empresarial de grandes empresas é conhecido e fartamente documentado. Em ciclos (com diferentes períodos temporais) todas essas organizações tendem a fornecer retornos decrescente aos acionistas e à sociedade (quando não destroem totalmente a empresa- levando junto empregados, clientes e fornecedores).
Recentemente a Universidade de Stanford fez um levantamento comparando os 50 grupos empresariais na década de 60 e com o mesmo ranking em 2009: apenas uma empresa permanecia entre as 50 maiores – a PROCTER & GAMBLE. Todas as outras passaram pela síndrome da grande empresa:
cansaço, inchaço e inanição. Algumas encolheram, outras pereceram.
Parece que houve uma epidemia desta doença entre empresas do setor financeiro americano e britânico. A crise propiciou as condições ambientais para que o ciclo se acelerasse...
A frase “too big to fail” é um indício do estado febril do paciente.
Mas nem tudo está perdido. Se estes grupos financeiros fizerem o tratamento adequado, podem evitar o pior.
As três principais recomendações médicas são (na visão deste autor):
1) Evitar a falta de consistência (estratégica e operacional): Fatores políticos internos (e inerentes às grandes organizações) não devem afetar projetos . A constante mudança de diretorias e gerências provoca o efeito “prefeito de cidade pequena”: tudo que foi feito pelo gestor anterior é descontinuado pelo atual;
2) Montar uma estrutura leve e de baixo custo: São comuns nos estágios iniciais da doença a proliferação de novos níveis nas estruturas organizacionais. A operação regional responde para uma nacional que responde para uma LATAM que responde a uma mundial. Tudo isso recheado de cargos e tecnocratas que vão procurar perpetuar-se na empresa (e garantir o salário e a vida de gato gordo);
3) Ter uma Governança Corporativa atuante: Nota-se o afastamento do acionista do acompanhamento das decisões estratégicas tomadas. Os proprietários estão de tal forma distantes e o controle da empresa pulverizado que seus prepostos (executivos) esquecem a quem devem trazer resultados e passam buscar seus próprios interesses;
Ao discutir o assunto com o especialista em planejamento Roberto Patriarca, o mesmo fez uma interessante observação: nos países maduros vemos muitas empresas gordas. Ele tem razão: quando os ventos do crescimento cessam a tendência é aflorar estas ineficiências e os gatos gordos saírem debaixo das mesas. Ele faz uma interessante metáfora com a saúde da população nos países, já que agora as doenças de coração e obesidade são as que mais matam nos países desenvolvidos (doenças de países ricos). De modo análogo esta 'obesidade mórbida' está ocorrendo nas grandes empresas dos países ditos "ricos"? Será que deveria existir um teste para medir o “colesterol” destas empresas? Como um acionista identifica esta obesidade mórbida empresarial?
Prof Ramiro Gonçalez FIA ramirogon@uol.com.br

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MAIS PAÍSES VÃO FALIR

Reproduzo na íntegra o post escrito por
Vinicius Torres Freire
 24.02.2010 - 09h35 - BLOG DO VINICIUS da FSP.
Ele consegue sintetizar informações do catastrofista do dia - Kenneth Rogoff - professor de Harvard, ex-economista-chefe do FMI, autor de "This Time is Different", com Carmen Reinhardt.
"Eles escreveram uma história convencional mas muito boa e estatisticamente documentada de oito séculos de bolhas, pânicos, manias e crashes. Rogoff participa de uma comissão, "O Grupo dos Trinta", que junta financistas e ex-dirigentes de Banco Central a fim de discutir e propor reformas financeiras. O grupo é dirigido por Paul Volcker, ex-presidente do Fed que domou a inflação americana nos 80, a pauladas, e agora é assessor de Barack Obama. Armínio Fraga, presidente do BC nos anos FHC, faz parte do grupo.
Numa palestra em Tóquio, Rogoff diz o seguinte (repetindo o que disse de maneira sintética em Davos):
1) Vai haver quebras de governos. Pode ser agora, pode ser daqui a alguns anos, mas alguns países vão deixar de pagar a sua dívida. É o que costuma acontecer depois de grandes crises bancárias. Calote, sim, como o da Argentina em 2001;
2) O pessoal do mercado apenas começou a tumultuar o ambiente, cobrando mais caro para financiar Grécia, Portugal e Espanha, além de empresas e bancos com interesses por lá. Quem tem deficit e dívida grandes, vai penar. Ou quebrar;
3) Países ricos, ora superendividados e/ou com superdeficits, mas com tradição de controle das contas do governo, como a Alemanha (em primeiro lugar), vão cortar gastos. EUA, França e Reino Unido também. Claro, não vão passar por um aperto grego. Mas o deficit feito para evitar uma grande depressão vai fazer com que o crescimento seja bem lento nesses países. Por anos. Talvez uma década".
Isso é exagero? Como planejadores devemos estar atentos a este cenário? Como se preparar (ou se defender) de um prognóstico desse?colaborou Prof RAMIRO GONÇALEZ FIA ramirogon@uol.com.br

Inflação e crescimento

Quem puxa a inflação e o crescimento?
GloboNews de 22.02 - Conta Corrente

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1216216-7823-BOVESPA+FECHA+EM+QUEDA+E+DOLAR+SOBE,00.html

Vai iniciar o ano letivo. Deixo uma mensagem aos meus alunos

Uma experiência pedagógica pela igualdade
Um professor de economia na Universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, em determinada ocasião, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que a igualdade deveria ser o tratamento pedagógico básico em uma sala de aula: ninguém seria sábio e ninguém seria ignorante, tudo seria igualitário e justo.
O professor então disse: vamos fazer um experimento igualitário nessa classe. Usaremos suas notas para esse teste.
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe e, portanto, seriam, segundo esse pensamento, justas. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A.
Depois que a média das primeiras provas foi apurada, todos receberam B. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos. Eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como resultado, a segunda média dos testes foi D. Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.As notas não voltaram a patamares mais altos. As desavenças entre os alunos, com buscas por culpados e antagonismos pessoais passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.
A busca por justiça dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que o experimento produziu naquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram, para total surpresa do professor.
Dias depois, o professor volta à sala de aula e diz a seus alunos:
- O experimento sobre igualdade intelectual tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível de seus participantes. Preguiça e mágoa foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. E continuou: “quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Premio Marta Rosseti Baptista

Um ser humano que deixou saudades
e uma imensa sensação de vazio

Acordo de Cooperação com o Chile

Chile procura soluções para adoção
do padrão ISDB-Tb
Chile fechou acordo com o Japão para cooperação tecnológica, comercial e acdêmica. Com o Brasil, apenas um protocolo de intenções sobre sobre cooperação em TV digital terrestre.Tudo visando acelerar a adoção do padrão ISDB-Tb no Chile. Os documentos preconizam a transferência tecnológica e a capacitação, bem como o apoio em projetos técnicos e de pesquisas tecnológicas. A iniciativa busca também incentivar as joint ventures entre empresas dos três países. O BNDES e a JAICA disponibilizarão financiamentos para empresas japonesas e brasileiras, que atuem no Chile, e a empresas locais para aquisição de equipamentos brasileiros e japoneses.

Estados Unidos dão o ritmo do jogo

É momento de ir às compras?
A bolsa brasileira reagiu com cautela diante da notícia de que o Federal Reserve elevou a taxa de redesconto em 0,25 ponto percentual. A baixa foi discreta, apenas 0,35%, e o valor movimentado, na 6ª feira passada, foi de R$ 5,29 bilhões. A bolsa fechou aos 67.597 pontos. Acho que também o preço das commodities, em queda, também influenciou o comportamento do Ibovespa. Também pode ter pesado o comportamento da inflação. Os dados mais recentes mostram o IGP-M, com variação positiva de 1,1 % e o IPC, que afere a inflação no varejo, também em alta. O mercado começa a antecipar suas expectativas sobre uma possível alta da Selic.
No cenário externo, duas notícias voltam a preocupar. Preços do petróleo em alta. O preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em março, subiu 0,9%, cotado a US$ 79,79 em Nova York. O barril do tipo Brent, com vencimento em abril, 0,5%, negociado a US$ 78,18 em Londres. Reparem que o petróleo voltou ao nível de US$ 80,00/ barril. A segunda preocupação é com a valorização do dólar em relação às demais moedas fortes. A decisão do Federal Reserve de elevar os juros bancários em para 0,75% ao ano mostrou um vigor maior do que o esperado da economia americana. No Brasil, o ingresso de recursos para arbitrar nossos juros sustentou nosso câmbio valorizado. O dólar fechou em queda de 0,93%, a R$ 1,805. Uma idiossincrasia apenas brasileira.
Mas a grande notícia do dia parece que passou despercebida ao mercado brasileiro. A Previdência Social, em janeiro, conseguiu um aumento da receita e uma redução das despesas. A arrecadação líquida urbana cresceu 12% e a rural 14,1%, tudo em relação a janeiro de 2009.
Em síntese, todos os olhos estão voltados para economia americana. Dólar e petróleo nos obrigam a redobrar as atenções com a elevação em nossos preços, fruto das importações. Esse quadro parece mostrar que a bolsa não estará nos seus melhores momentos nos próximos períodos. Bom momento para ir às compras, com cuidado, pois as commodities podem continuar a cair.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O circo vai pegar fogo

Banco Central e sistema financeiro
aliados para a prosperidade
O Banco Central quer criar no Brasil um mercado de divisas. O sistema financeiro, por meio de suas diversas associações,pretende transformar o Brasil em centro financeiro da América Latina, tornando-o um relevante distribuidor de aplicações e papéis, atuando fortemente no mercado de capitais e na compensação de valores em diversas moedas, mesmo que submetidas a ordenamentos tributário diversos.
A mim, tudo isso agrada. E muito.
Entretanto, quero comentar apenas um lado crítico dessa história, a modernização cambial. Propostas como essas requerem sempre a modernização de nossa política de câmbio, implicando a conversibilidade plena da moeda e a extinção, ou redução, a um nível mínimo, dos controles do câmbio. Isso não se faz sem que a economia melhore seus fundamentos, sob pena de lançar o país em uma aventura temerária. Para vingar com o mesmo esplendor com que foi anunciada, a proposta deveria embutir pelo menos três ações anteriores: ampliação expressiva do superávit fiscal primário, redução também expressiva da dívida pública e taxas de juros fixadas pelo regime de meta inflacionária e pelo câmbio flutuante. Estamos perto disso, sem dúvida, mas ainda remanescemos sob a ameaça da volta dos controles estatais. O IOF imposto ao capital estrangeiro recentemente é um bom exemplo disso. A precocidade em discutir e querer aprovar medidas para a regulação da remuneração de executivos bancários, no Brasil, é outra medida intervencionista e, no caso brasileiro, desnecessária. Para os que gostariam de ver o estado avultar-se, a crença é a de que os controles sobre o câmbio são indispensáveis. Controles permitem independência diante do mercado financeiro de curto prazo, dizem. Controles reduzem a volatilidade do câmbio, limitando a valorização em fases de liquidez e reduzindo pressões de desvalorização em momentos de crise. Melhoram as condições de financiamento da dívida pública, evitando a perda de competitividade associada à valorização cambial, limitam a exposição de bancos e empresas aos riscos do endividamento externo de curto prazo.
São argumentos de um Brasil do passado, sem dúvida, mas que porão em oposição Banco Central, Ministério da Fazenda e seu principal órgão, a Receita Federal. Será uma queda de braço das mais interessantes, marcado por um confronto maravilhoso de doutrinas e teorias econômicas. No meio acadêmico, em especial, o circo vai pegar fogo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O clássico, outra vez

Brasil e Argentina vão estudar
integração em setor industrial
Publicado no site da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial- ABDI -Governo Federal
Fonte: DCI - SP Data: 19/02/2010
SÃO PAULO - Encontro entre a delegação brasileira, liderada pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), Welber Barral, e o secretário argentino de Indústria e Comércio, Eduardo Bianchi teve como primeiro resultado a elaboração de um cronograma de trabalho para analisar os setores industriais passíveis de complementação entre ambos os países.
O documento tem como base uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que aponta, inicialmente, nove setores com maiores possibilidades de integração de suas cadeias: petróleo e gás; aeronáutica; mineração; indústria naval; equipamentos ferroviários; autopeças; software; biocombustíveis; e CONSTRUÇÃO CIVIL.
A primeira ação nesse sentido partiu do secretário Bianchi, que entregou ao Barral, uma lista de pequenas e médias EMPRESAS argentinas que pretendem ser fornecedoras da Petrobras.
Para o sócio diretor da Fractal, Celso Grisi, esse quadro de buscar complementaridades é caminho para pacificação do comércio bilateral entre países do MERCOSUL. "O que ocorre de fato é a necessidade de encontrar serviços que não tenham concorrência em ambos os países e problema de entrada no país vizinho. Petróleo, biocombustíveis por exemplo, podemos comprar e vender sem prejudicar o SETOR INDUSTRIAL e o nível de desemprego argentino. É complementar. A definição dos setores é essencial, apaziguadora e oferece a Argentina uma condição de equilíbrio das nossas trocas comerciais que atualmente estão em vantagem para o BRASIL, mesmo com a queda nas EXPORTAÇÕES", relatou.
"Não é uma expressão de desejo, apenas, é a decisão de construir um programa de integração produtiva", disse o presidente da AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (ABDI), REGINALDO ARCURI.
Arcuri fez a advertência de que o sucesso do programa não depende apenas dos governos. "Tem de ter envolvimento do SETOR privado porque é o SETOR privado quem toma decisões de INVESTIMENTO." Neste sentido, Arcuri descarta que a relação COMERCIAL marcada por barreiras, brigas e desconfianças possa ser um empecilho à integração produtiva. "Não acho que chega a haver desconfiança entre o empresariado dos dois países, mas sim problemas pontuais."
"Os técnicos vão se concentrar na análise dos setores industriais dos países que tenham possibilidade de complementar-se e integrar-se em uma cadeia de valor regional", afirmou em nota o Ministério de Indústria argentino.

Outra pauta em discussão pelos representantes dos dois países é sobre as barreiras bilaterais ao comércio e a eliminação das licenças não-automáticas impostas em 2009. "Vamos aproveitar a ocasião para negociar acelerações nos prazos para a concessão de licenças de importação de alguns produtos", disse uma fonte do governo da argentina.
"Toda a negociação é no sentido de melhorar o comércio bilateral, que está muito prejudicado. As licenças não-automáticas e as barreiras aos produtos brasileiros devem ser retiradas, claro que não tudo de uma vez. Contudo, ao longo do tempo serão todas retiradas e vamos recuperar as EXPORTAÇÕES de manufaturados para Argentina, o que será muito interessante", pontuou Grisi.
A investigação de dumping de fios de polipropileno, usados na FABRICAção de lonas e colchões feita pela Argentina contra o BRASIL na Organização Mundial de Comércio (OMC), não será discutida, informou uma fonte.
"As nossas práticas e preços são normais. Os argentinos abriram a investigação na OMC para manter suas forças nas negociações e reuniões com o BRASIL, é um contrapeso diplomático, o processo irá ficar em ponto morto igual ao caso do BRASIL com os ESTADOS UNIDOS", concluiu Grisi.
Banco Central
O ministro argentino de ECONOMIA, Amado Boudou, e a presidente do Banco Central, Mercedes Marcó Del Pont, anunciaram a formação do Conselho de Coordenação de POLÍTICA Monetária, Financeira e Cambial Econômica. Integrado por técnicos do ministério e do BC, o conselho será "o âmbito de discussão para articular as políticas macroeconômicas com as financeiras e cambiais, as quais perseguem o propósito de garantir a estabilidade e a certeza nos mercados, chave para desativar as altas expectativas inflacionárias", explicou Boudou em entrevista coletiva.
O ministro reiterou que vai manter o regime de flutuação do câmbio e não haverá oscilações agressivas na cotação da moeda. "Vamos continuar com um câmbio muito competitivo e não haverá mudanças bruscas", disse.

Dove evolution parody

Paródia na publicidade
Não foi a primeira vez que a paródia ridiculariza um comercial bem sucedido. Por outro lado, torna -o memorável. Vejam no endereço abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=7-kSZsvBY-A
Música Clássica
Esse site é fantástico. Nele selecionei, ao meu gosto, alguns eventos. Mas há muito mais.
http://www.sampaonline.com.br/cultura/fimdesemana.php
Hoje
1o) Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
O quarteto, formado por violinos, viola e violoncelo, apresenta peças de Clóvis Pereira (Quarteto em Lá "Nordestinados") e Robert Schumann (Quarteto Op. 41, nº1).
Dia 20 de Fevereiro (sábado)às 17h
Galeria Olido - Sala Olido
Av. São João, 473 (Próximo das estações República e Anhangabaú)
Tel: (11) 3334-0001 - ramal 1941
Ingressos: Grátis
Domingo
2o) Eduardo Tagliatti
O pianista mineiro apresenta um recital cujo repertório é formado pelas obras "Berceuse", de Katchaturian; "Suíte litúrgica negra", de Brasílio Itiberê; "Balada mexicana", de Manuel Ponce; "Papillon op. 2" e "Arabesque op. 18", de Schumann; "Noturno op. 32 nº 1", "Prelúdios op. 28 n°s 1,4,13,15,20 e 23", "Estudos op nº 6, op. 25 nº 1" e "Polonaise op. 53", de Chopin.
Dia 21 de Fevereiro (domingo)às 16h
MuBE (192 lugares)
Av. Europa, 218 (Jardim Europa)
Tel: (11) 3081-8611
Ingressos: $20,00 e meia-entrada
3o) Orquestra Sinfônica Municipal
A apresentação, intitulada "Batucada Sinfônica" traz diversos ritmos brasileiros (como o baião, o ponteado, a congada e o samba), traduzidos para a linguagem erudita por alguns dos maiores compositores nacionais, entre os quais Nepomuceno, Levy, Guarnieri, Santoro e Gnatalli. O pianista Marcelo Bratke é o convidado para executar "Momo Precoce" de Villa-Lobos, nas palavras do próprio compositor, "uma fantasia sobre o carnaval das crianças".
Regência: Rodrigo de Carvalho.Dia 21 de Fevereiro (domingo) às 11h
Auditório Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº (Ibirapuera)
Tel: (11) 5908-4299
Informações e ingressos: (11) 6846-6000 (São Paulo) ou 0300 789 6846*(outros estados) ou no site http://www.tickemaster.com.br/
*custo da ligação R$0,30 por minuto+impostos de telefone fixo e R$0,77 por minuto+impostos de telefone móvel.
Ingressos: R$20,00 e meia-entrada
Recomendação: Livre
4o) Saxofonia
Quarteto de saxofones, com: Marcos Pedroso (sax soprano), Milton Rogério Vito (sax alto), Ramiro Marques (sax tenor) e Éderson Marques (sax barítono). Formado por integrantes da Banda Sinfônica do Estado, o grupo lança seu primeiro CD, com composições escritas originalmente para esta formação e adaptações que exploram as possibilidades sonoras do instrumento desde suas origens na Europa até as tendências atuais.
Dia 21 de Fevereiro (domingo)às 11h30
Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro, 1000 (Paraíso)Tel: (11) 3277- 3611
Ingressos: Grátis
(A bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)
Próximo fim de semana
1o) Daniel Grajew
O pianista apresenta um recital cujo repertório é formado pelas obras "Estudo Op. 39 n. 9", de Rachmanionoff; "Sonata n. 2 Op. 14", de Prokofiev; "L´Isle Joyeuse", de Debussy e "Rhapsody in Blue (piano solo)", de Gershwin.
Dia 28 de Fevereiro (domingo)às 16h
MuBE (192 lugares)
Av. Europa, 218 (Jardim Europa)
Tel: (11) 3081-8611
Ingressos: R$20,00 e meia-entrada
2o) Orquestra Experimental de RepertórioA orquestra realiza apresentação da temporada comemorativa dos 20 anos de sua fundação, com participação especial do Coral Lírico. No programa, "Sinfonia nº5", de L. van Beethoven; "Cantata Alexander Nevsky, op.78", de S. Prokofiev.
Com Silvia Tessuto (meio-soprano) e Mário Zaccaro (regente convidado).
Dia 28 de Fevereiro (domingo)às 11h
Teatro Bradesco - Bourbon Shopping (1457 lugares)Rua Turiassú, 2100 - 3º Piso (Pompéia)
Tel: (11) 3670-4100
Ingressos: R$ 30,00 e meia-entrada
Classificação: Livre
3o) Sopra Trio
Com Giane Martins (oboé), Marisa Takano (clarinete) e Nara Martins Flores (fagote). Especializado em recriações do repertório camerístico para instrumentos de sopro, o grupo apresenta obras de Mozart, Jacques Ibert e Gordon Jacob.
Dia 28 de Fevereiro (domingo)às 11h30Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro, 1000 (Paraíso)
Tel: (11) 3277- 3611
Ingressos: Grátis
(A bilheteria será aberta com uma hora de antecedência)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Começou o ano escolar

22.02 Segunda feira
PASSEIO AO CENTRO, RESGATE DA HISTÓRIA DA USP E DA FEA
Às 9h30, na FEA-USP
Responsável: Rodrigo Santana FerreiraRealização: CAVC
Programação completa no site:
http://www.fea.usp.br/
24.02 Quarta feira
PALESTRA SOBRE “ESTÁGIOS E CARREIRAS”
Às 8h30 e às 20h30, Auditório, FEA-5
Palestrante/Responsável: Profª. Drª. Tania Casado
Realização: Comissão de Estágios da FEA
Inf.: 3091-5909
APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO (CCInt)
Às 9h30 e às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrante/Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: CCInt-FEA
Inf.: 3091-6075
26.02 Sexta feira
19º SEMINÁRIO PROFUTURO
Estratégias e projetos para a retomada do crescimento
A partir das 8h45, sala da Congregação, FEA-1
Abertura: Prof. James Wright
Comitê: Profs. Drs. James Wright, Washington Franco Mathias, Renata Giovinazzo Spers, Alfredo Behrens, Carlos Honorato Teixeira, Emerson Maccari, Leandro José Morilhas e Maurício Jucá Queiroz
Responsável: Prof. Dr. James Wright
Realização: FEA e FIA
Inf.: http://www.consultoriaprofuturo.com/
Defesas de Teses
Departamento de Administração
CARLA ROSSANA VALVERDE PRATES
Mestrado
“Fatores críticos para extensão de marca: um estudo de caso”
Dia 22 de fevereiro, às 14h, sala 215, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi
Comissão: Profs. Drs. Francisco Antonio Serralvo e Fabio Lotti Oliva
MANUELLA DE OLIVEIRA LIMA
Mestrado
“Orientação para mercado e interface inter-funcional: um estudo no contexto do desenvolvimento de novos produtos”
Dia 23 de fevereiro, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Roberto Sbragia
Comissão: Profs. Drs. Isak Kruglianskas e Tales Andreassi
Departamento de Economia
GERVÁSIO FERREIRA DOS SANTOS
Doutorado
“Política energética e desigualdades regionais na economia brasileira”
Dia 26 de fevereiro, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Amaral Haddad
Comissão: Profs. Drs. Geoffrey John Dennis Hewings, Fernando Salgueiro Perobelli, Edson Paulo Domingues e Décio Katsushigue Kadota
Agende-se
UNIVERSIDADE ABERTA A TERCEIRA IDADE
- Palestra: Tecnologia da Informação aplicada a empresas e governo
Dia 24 de março, às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. César Alexandre de Souza
- Palestra: Balanço contábil das Nações: reflexões sobre mudanças climáticas globais
Dia 31 de março, às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. José Roberto Kassai
Responsável: Profª. Drª. Marina Mitiyo Yamamoto
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEA e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Inf.: 3091-5872, com Rose
rosembfs@usp.br
SEMINÁRIOS IBRET
Dias 22 de abril, 18 de maio e 15 de junho, das 13h às 17h30, sala da Congregação e Auditório, FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922 9626 - Ramal 5889
http://www.ibret.org/
7º CONTECSI - International Conference on Information Systems and Technology Management
De 19 a 21 de maio, das 9h às 18h, na FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: TECSI/FEA/USP
Inf.: 3091-5820
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi/
2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Submissão de trabalhos até 15 de março
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Informe-se
LANÇAMENTO DO LIVRO: EMPRESAS LATINO-AMERICANAS- OPORTUNIDADE E AMEAÇAS NO MUNDO GLOBALIZADO
Dia 22 de fevereiro, das 18h30 às 21h30, Livraria Cultura do Conjunto Nacional
Responsável/Autor: Prof. Dr. Paulo Roberto Feldmann
Realização: Ed. Atlas
Inf.: 3170-4033
PRÊMIO ETHOS-VALOR
Concurso para trabalhos acadêmicos sobre responsabilidade social empresarial e sustentabilidade aplicada às empresas
Pré-Inscrições: até 5 de abril
Envio dos trabalhos: até 6 de abril Realização: Instituto Ethos e jornal Valor Econômico
Público-alvo: Estudantes e professores universitários
Informações, regulamento e inscrições no site:

PAUL VOLCKER começa a dar ordens

Convidado pelo presidente Barack Obama para aconselhar os próximos passos no Pó-Crise, PAUL VOLCKER começa a dar ordens.
A agência ESTADO destaca hoje:
"Em um inesperado movimento, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou sua taxa de juros da linha de redesconto - usada para empréstimos de emergência concedidos aos bancos - em 0,25 ponto porcentual para 0,75%, mas enfatizou que a medida não representa um aperto mais amplo no crédito. O banco central disse que o aumento na taxa de redesconto faz parte dos esforços para retirar os estímulos de emergência implantados durante a crise financeira e que a nova taxa entrará em vigor a partir de amanhã, sexta-feira (dia 19)".
Trata-se de um recado para o mercado, pois o Redesconto é a forma dos bancos tomarem empréstimos (mais caros) do FED para cobrir buracos de caixa temporários em suas instituições. O FED ao aumentá-las incentiva os bancos a andarem na linha, a serem mais prudentes. O FED com este movimento começa a mostrar que tentará colocar a casa em ordem.
Pega MUITO mal um banco precisar desse empréstimo. Mostra que ele está com dificuldades.
O FED começou a enxugar a liquidez no sistema financeiro. É uma medida para normalizar o sistema financeiro. A Inglaterra no inicio da semana passada também já havia sinalizado que irá pelo mesmo caminho.

PROF. RAMIRO GONÇALEZ - ramirogon@uol.com.br

Mudanças na Mídia -ON LINE X OFF LINE

Um dos erros de interpretação sobre o que está ocorrendo nas mídias é esta falsa competição entre meios. Muito se fala sobre o fim dos Jornais, da mídia impressa.
Parece que é um jogo de soma zero, quando não é.
Já foram estudadas as várias revoluções na mídia nos últimos 200 anos. O surgimento do rádio e da televisão foram exaustivamente debatidos. Parece que não houve mortos.
Um meio não destrói outro (ou tira sua credibilidade).
Minha hipótese para as interferências que novas mídias causam nas antigas é:
UMA NOVA MÍDIA (APENAS) REPOSICIONA A ANTIGA.
Vamos usar um exemplo antigo para ilustrar. A novela começou no rádio. Como também programas de calouro e auditório. Com raras exceções, este tipo de programação no rádio não existe mais. A TV aberta obrigou o rádio a se posicionar como "serviços".
A TV empurrou o rádio para um nicho (que já existia, mas não´era o principal)
O rádio não desapareceu ou perdeu credibilidade. Ele se modernizou (ou se adaptou) para acompanhar a audiência.
No recente debate sobre "on line" x "off line", fica claro que pode ocorrer o mesmo.
Um exemplo atual é a barrigada que a mídia ON LINE levou na renúncia do governador do DF (veja debate no blog NOVOEMFOLHA -FSP). Foi um exemplo explícito que no caso de notícia on line há o risco (maior) de barrigada.

Mas esta é a regra do "on line" - agilidade e interatividade. Enquanto o "off line" irá se posicionar em PROFUNDIDADE e ACURACIDADE.
Se eu tivesse um jornal e precisasse dar um recado para as redações ON e OFF LINE, seria esse.

PROF RAMIRO GONÇALEZ ramirogon@uol.com.br

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Maquilagem, evolução ou reconstrução?

Maquilagem e seus motivos
A maquilagem é, segundo as pesquisas qualitativas, uma máscara de comunicação social, por meio da qual a mulher (apenas a mulher?)  exterioriza ao mundo o quão diferente ela é daquilo que ela realmente é. E, mais, o quão diferente ela é das outras.
Podemos crer nisso? Ou isso é apenas uma interpretação machista da realidade feminina? Bem, e os índios, fazem o mesmo? E o homem moderno, ao deixar sua barba e seu bigode, também está se maquiando?
Vamos ver esse filme e depois concluimos. Gostaria de conhecer seus comentários.
Veja em : http://www.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U
Depois, comente.

Brasil e Argentina: um clássico que não se pode perder

Agora o Brasil colocou o time no ataque
A estratégia hoje foi a de prometer investimentos diretos na Argentina em alguns setores eleitos. Espera-se, a partir dessa promessa, superar os atuais impasses comerciais entre os dois países. As questões bilaterais
predominantes na agenda da reunião são o protecionismo argentino e o dumping brasileiro.
O esforço até agora estava centrado, de um lado e de outro, em definir complementaridades econômicas a partir da identificação de possíveis integrações de diversas cadeias produtivas.
A proposta brasileira é a de aumentar investimentos de empresas brasileiras na Argentina nos setores em que esse país possa apresentar vantagens competitivas. A lógica da proposta brasileira faz sentido. Mais do que isso, parece muito atraente para quem precisa criar novas alternativas de exportação, de crescimento interno e de oferta de novos empregos.
A Argentina está ainda silente. Precisa digerir isso tudo. De repente, o Brasil colocou o time no campo do adversário e impôs o ritmo do jogo. A proposta nasceu de estudo realizado a quatro mãos pela Universidade de Campinas e a empresa Argentina Abeceb. O estudo identificou 13 setores onde o Governo brasileiro daria apoio aos investimentos privados brasileiros. Foram priorizados os  lácteos, farinhas, aeronaves e veículos espaciais e auto-peças.
A proposta parece atender os interesses das duas partes e, no meu modo de ver, tem tudo para prosperar. Capital e tecnologia serão transferidos e todas as proteções devem obedecer a um cronograma definido de forma comum. Se der certo, as relações entre nós e nuestros hermanos devem ficar, por um bom tempo, harmonizadas.

As mudanças na mídia

Os resultados da mídia ON LINE ainda não são relevantes, mas impressionam pelo crescimento.A INTERNET já tem mais penetração do que meios como TV PAGA e REVISTA. Dados do TGI IBOPE de agosto de 2009 mostram que nas classes AB (> 12 ANOS) o CINEMA tem penetração 26%, REVISTAS 39%, TV PAGA 50% , JORNAIS 52%, INTERNET (semanal) 76%, RÁDIO 79% e TV ABERTA 97%.
A INTERNET já ocupou um espaço na vida do leitor, telespectador, ouvinte.
O que realmente assusta é a queda de audiência de programas que ocupam o PRIME TIME na TV ABERTA.
O blog TODAMÍDIA da FSP levanta um dado interessante
"No Carnaval, é normal, as audiências costumam despencar. Feita a ressalva, impressionou o sábado de "Tempos Modernos": 14 pontos, o pior ibope de todos os tempos de uma novela das sete da Globo.
Patrícia Kogut informa que a novela, que precede o "Jornal Nacional", já está sendo analisada por "grupos de discussão" e "sofrerá ajustes", inclusive "reforço em seu time de colaboradores".
O carnaval de 2010 foi diferente dos outros anos? Ou foi o folião que mudou?
Esta fuga de programas na TV ABERTA é um dado novo. Parece um paradoxo: A TV ABERTA REINA ABSOLUTA, MAS NÃO É MAJESTADE EM TODOS OS TERRITÓRIOS.
Vale ressaltar que a INTERNET mudou a forma de se relacionar por possibilitar interação. Este comportamento interativo (e talvez hiperativo) da nova audiência pode obrigar a TV ABERTA a buscar novos formatos. QUAIS? A resposta vale algumas centenas de milhões de dólares.
PROF RAMIRO GONÇALEZ- FIA- ramirogon@uol.com.br

Google tenta mais uma vez

Google reconsidera sua presença
nas redes sociais
O Google lança o BUZZ. Trata-se de ferramenta social, do tipo Facebook e congêneres, que passa a integrar a página do Gmail, destinado ao compartilhamento dos conteúdos das plataformas Google.
O posicionamento do produto centrou-se em dois benefícios principais: a)organizar o conteúdo social da web; b)ajudar os internautas a encontrar os assuntos interessantes e pessoas para compartilhar esses interesses. O Buzz tornará público os documentos processados no Google Docs e as fotos publicadas no Picasa. As contas do Twitter e do Flickr podem estar associados a essa nova rede social.
Então vejam que esse negócio de rede social promete, pelo menos até o momento em que estiver oferecido gratuitamente. A dúvida que fica está relacionada à viabilidade econômica do empreendimento Essas caixas pretas não são abertas nunca. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Brasil centro financeiro da América Latina ?

Notícia de hoje da FSP corrobora debates aqui no blog sobre o ganho de importância do Brasil no cenário financeiro mundial.
Já havia sido reiterado mais de uma vez pelo Prof. Grisi que nosso sistema bancário-financeiro não fica devendo para nenhum outro no mundo. Agora o governo e setor privado discutem mudanças nas regras cambiais, tributárias e de funcionamento dos mercados para tornar o Brasil referência financeira na América Latina, informa reportagem de Sheila D'Amorim para a Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
A ideia é que o país seja um centro regional, concentrando o fluxo de entrada e saída de recursos dessa região. Com isso, além de abrir capital das suas empresas na Bolsa brasileira para vender ações a investidores estrangeiros, os países vizinhos poderão, a partir do Brasil, distribuir suas aplicações nos mais variados tipos de mercado mundo afora.
A exemplo do caminho traçado por Madri, na Espanha, e Miami, nos EUA, São Paulo seria uma espécie de "hub" da América Latina (expressão usada para identificar aeroportos que são os principais centros de operações de vôos comerciais), deixando para trás Santiago (Chile), que trabalha ideia semelhante na região.
É importante ressaltar que o sistema de inteligência mercadológico dos bancos brasileiros é alimentado pelo PAINEL DA INDÚTRIA FINANCEIRA da FRACTAL CONSULT desde 1988. Ou seja todas as consultorias internacionais (McKinsey, BOOZ ALLEN e outras) vão correr atrás.
Se este projeto vingar será uma vitória técnica, acadêmica e mercadológica do Brasil.
PROF RAMIRO GONÇALEZ -ramirogon@uol.com.br

As causas da agricultura no primeiro mundo

Na Agricultura, o valor da briga é de
cerca de 200 bilhões de dólares
em subsídios,todos os anos
É difícil, no caso das negociações de produtos agrícolas em Doha, distinguir nas argumentações do primeiro mundo, causas de pretextos. Subsídios começam a ser discutidos em meio à reforma da Política Agrícola Comum (PAC), um dos mais delicados temas da agenda política européia. Até esse instante a Europa oferece anualmente, em subsídios à agricultura, cerca de 50 bilhões de euros, o equivalente a 70 bilhões de dólares. Isso significa 50% do orçamento anual europeu para aplicação em atividades rurais.
O debate se dá exatamente no mesmo momento em que a rodada de Doha tenta avançar na liberalização do comércio mundial, enfatizando a redução de barreiras tarifárias e não- tarifárias, bem como a redução de subsídios a produtos agrícolas. Os ânimos estão se acirrando muito rapidamente e o discurso europeu subiu o tom na semana passada. “Reforma do PAC não significa redução de subsídios” afirmou Paolo de Castro, ex-ministro italiano da agricultura e atualmente deputado e presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu. ”Reforma, significa mostrar claramente à opinião pública que os subsídios não se dirigem apenas aos agricultores, mas são destinados à proteção de bens públicos, tais como a segurança alimentar, a qualidade dos alimentos e a proteção ambiental.”
As pressões sobre o PAC vêem de todos os países e de todas as áreas ligadas ao campo. De outro lado, essas pressões apóiam-se em argumentos esdrúxulos. Recentemente o mesmo Paolo de Castro mostrou que o subsídio norte-americano é, em valor, o dobro do subsídio europeu. O valor das subvenções americanas estaria em US$ 125 bilhões.
Para complicar (ou, talvez, descomplicar) o Congresso dos Estados Unidos iniciará a revisão da sua lei agrícola, para 2012, conhecida como “farm bill”. Imagina-se nesse instante que europeus e americanos possam fazer uma ação conjunta visando seus interesses de preços, ao mesmo tempo em que estarão discutindo quantidades, garantias e padrões de qualidade nos produtos agrícolas que compõem esse comércio bilateral.
Muito curioso há de ser o conjunto das justificativas que USA e UE darão aos seus contribuintes, não agricultores, e à comunidade internacional sobre subsídios tão altos a setores não competitivos, no momento em que tentam corrigir dívidas quase impagáveis e déficits públicos de magnitudes vergonhosas. Nessas circunstâncias, parece que bens públicos viraram apenas pretextos para a perpetuação de subvenções que distorcem o comércio e promovem assimetrias intoleráveis.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Na ressaca da crise

Muita dor de cabeça pela frente
O simples balanço dos estragos promovidos pela crise financeira internacional nas economias ricas sugere a necessidade de repensarmos o atual modelo de governança mundial. As dívidas dos estados ricos e seus respectivos déficits públicos alarmam pelas suas dimensões e pelas vulnerabilidades impostas à administração das economias desenvolvidas.
Considerados os países que formam o G-7, o grupo dos países mais industrializados - Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Canadá-, todos se apresentam desestruturados em seus fundamentos econômicos. Dívidas públicas altas, acompanhadas por juros baixíssimos e preços dormentes. Essa combinação, quase mágica aos olhos brasileiros, só pode ser explicada pelo papel que se atribuiu aos estados nacionais com vistas ao combate à atmosfera econômica de forte recessão. Considerando-se todo o G-20, as coisas também não estão fáceis. O Fundo Monetário Internacional estimava em 2007, antes da crise financeira, portanto, que a dívida desse grupo de países correspondesse a 80% da soma de seus PIB’s. Para 2014, a mesma fonte estima que a dívida deva alcançar os insuportáveis 118,0% do PIB agregado do G-20.
O pivô dessa crise foi o sistema financeiro e como estados não contam com outras receitas senão aquelas vindas de suas arrecadações, a solução mais simplista está dirigida para cobrança de impostos sobre operações financeiras ou, alternativamente, senão que adicionalmente, uma taxa que incida sobre os depósitos mantidos nessas instituições.`
Até entendo que isso seja feito, mas estranho que não tenham sido lembrados outros agentes econômicos cujas contribuições para essa crise não foram desprezíveis: fundos de hedge, as empresas com operações de private equity, seguradoras, fundos de pensão, incorporadores, etc. Aliás, ao cobrar taxas sobre depósitos mantidos em instituições financeiras quem, de fato, arcará com esses custos? Os bancos ou os correntistas? Como diz a sabedoria popular, “do couro sai a correia”.
Bancos de investimentos provocaram a crise com o dinheiro de grandes investidores. A proposta agora é a de tributar depósitos dos pequenos poupadores e do público em geral.
A argumentação tem uma lógica, no mínimo, duvidosa. Talvez devêssemos passar esses estudos para um comitê econômico integrado por outros membros da sociedade civil. Que tal agregarmos às equipes do FMI e do BID, ou mesmo da Comissão Européia para Assuntos Econômicos, pessoas ligadas à UNCTAD, à FAO, à OIT, à OMS? Até penso que poderíamos completar essa lista. Novas visões e novas regras deveriam emergir em favor de um capitalismo mais comprometido com o desenvolvimento social.

A incrível frase de PAUL VOLCKER “A única invenção bancária (americana) útil, desde 1960, foram os caixas automáticos”

Normalmente frases de efeito passam despercebidas se o emissor não for relevante.
Não é o caso de PAUL VOLCKER, que foi presidente do Banco Central Americano (FED) por mais de dez anos nos governos de Jimmy Carter e Ronald Reagan. Suas credenciais fazem suas palavras mais fortes no mundo financeiro (afinal suas raízes estão lá).
O sarcasmo que está embutido na frase é fruto de sua perplexidade frente aos “avanços tecnológicos da indústria financeira americana” que levaram a crise de 2008.
Poderia ser entendido também como uma provocação, numa tentativa (vã?) em fazer com que o sistema financeiro contribua eficazmente para a economia real. Sua decepção em perceber que os “high potentials” não agregaram valor a sociedade nestes últimos 30 anos, só é menor que a constatação que nada irá mudar.
Não bastasse isso outro expoente da regulação da indústria financeira britânica - Lord Adair Turner - foi mais objetivo e categórico em suas afirmações. Presidente da Financial Services Authrority para o Reino Unido fez um discurso no dia 15 de fevereiro que impressiona pela honestidade intelectual. Entre outras frases vale destacar:
1) “..o sistema financeiro mundial tornou-se grande demais em relação ao tamanho das economias, sendo em grande parte inútil..”
2) “..parte das inovações financeiras dos últimas 30 anos e da teoria que a fundamentava era apenas reflexo de grupos de interesses...”
Suas palavras buscam estudos recentes da LONDON BUSINESS SCHOOL que demonstram que efeitos positivos das inovações financeiras podem ser muito pequenos (ou até mesmo negativos, quando ocorrem choques financeiros -como o de 2008).
Sua maior crítica está concentrada em operações do tipo “carry trade”. Toma-se um empréstimo numa moeda onde há juros menores e se investe em uma outra moeda com juros maiores. O Brasil sempre sentiu os efeitos desta operação, pois sempre liderou a taxa de juros reais.
Não se trata de demonizar a operação, mas mostrar que o ganho líquido para as economias envolvidas é negativo (e em nenhum momento gera-se um valor tangível para a sociedade).
Os exageros das declarações de ambos refletem um sentimento de impotência frente aos desdobramentos da crise financeira. Depois de observar in loco a devastação do sistema financeiro americano (rapidamente recuperado graças às intervenções governamentais) percebem agora que países (e não apenas bancos) poderão afundar sob o efeito dos déficits gêmeos (dívidas interna e externa).
Esta reflexão de 2 importantes reguladores mostra um avanço, pois reconhecem deficiências estruturais. Eles buscam soluções para o futuro, preservando desse modo o sistema que criticam...
Paul Volcker e Lord Adair Turner são exemplos de um sistema que privelegia o livre pensar: Traz o antídoto ao veneno que ele mesmo cria.
Prof Ramiro Gonçalez - ramirogon@uol.com.br

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Juros: a nova ameaça?

E se os juros subirem?
Já existe consenso sobre a elevação da taxa básica de juros da economia brasileira. Discute-se, ainda, o valor dessa alta. Ela deverá ter a dose certa para conter a inflação. Isso só é possível saber meses depois. Há sempre um espaço, relativamente extenso, de tempo entre a decisão e o efeito que se busca sobre os preços.
Entretanto, outras conseqüências negativas tendem a ocorrer de imediato. As decisões econômicas, por mais acertadas que sejam, costumam fazer-se acompanhar de aspectos negativos e indesejados. O aumento das taxas de juros provoca o aumento do custo dos empréstimos às pessoas físicas e jurídicas, inibe investimentos, aumenta o custo de oportunidade na vida empresarial, faz subir o custo da dívida pública, atrai investimentos especulativos externos, reacende a cultura do rentismo, prejudica o desenvolvimento do mercado de capitais, etc., etc., etc.
Poderíamos, então, pensar no retorno dos valores liberados de depósitos compulsórios para o Banco Central. Enxugaria a liquidez e traria de volta os mesmos níveis de segurança alcançados sistema financeiro nacional, em períodos anteriores à crise mundial. A nova proposta de política monetária americana, de redução da liquidez antes de promover uma elevação da taxa de juros, tem natureza semelhante. Parece uma idéia plausível e livre tantos estragos à economia.
Vamos imaginar que, mesmo de forma gradual, os R$ 120 bilhões liberados pelo Banco Central para dar liquidez ao sistema financeiro nacional, durante a crise de 2008, fossem trazidos novamente aos cofres do governo, sob forma de compulsório. Certamente isso traria algum impacto no custo dos empréstimos, mas, ainda assim, esse impacto seria muito menos prejudicial que a alta dos juros. Os bancos estão excessivamente líquidos e com boas margens de lucro. A captação, por meio de títulos privados, teve uma razoável queda nesses últimos meses. O mercado externo permanece aberto e ativo para os bancos nacionais e as variações cambiais já não levantam tantos temores, após o teste promovido pelas dívidas européias.
Por outro lado, estamos nos aproximando do final de todos os incentivos concedidos a propósito das políticas anticíclicas. A liquidez tenderia uma redução quase natural. Embora seja realmente grande e, de fato, exija um aumento da taxa Selic, os efeitos negativos podem ser suavizados pelas políticas prévias de enxugamento, que, pelo menos, reduziriam o tamanho da elevação do custo do dinheiro.
Só fico imaginando se nosso governo tivesse mesmo a disposição de reduzir seus gastos. Talvez não fosse necessário sequer mexer com os juros nacionais.