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quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Mercado Financeiro nessa 4ª feira

A Bolsa fechou na semana anterior com alta de 4%, atingindo os 60.703 pontos. Dos 64 papéis que compõem o índice Ibovespa, 51 terminaram o período com seus preços apreciados.
Os papéis com maiores altas foram do JBS-Friboi, em função da aquisição do grupo Bertin, das empresas de administradoras de cartões, dada a flexibilidade sinalizada pelo Governo Federal na nova regulamentação desse segmento e das empresas siderúrgicas, em função da alta das commodities metálicas.


Essa semana, a Bovespa abriu com grande volatilidade no pregão de 2ª feira. Contribuiu para isso a divulgação da pesquisa Focus do Bacen, apontando uma melhoria das expectativas do mercado para o PIB brasileiro de 2009 e 2010. Essas expectativas embutem a ameaça de um suspiro inflacionário, que pode motivar o Copom a rever sua política monetária, voltando a subir a taxa Selic. O sinal mais claro desse pensamento está ligado às sucessivas altas nos juros, no mercado de futuros.


A terça feira teve como principal destaque a elevação do rating brasileiro para grau de investimento pela agência Mood’s. O mercado, no seu 3º pregão de valorização, rompeu o nível dos 61 mil pontos. Aliás, essa visão otimista acerca da economia nacional já havia sido manifestada em três outros pontos relevantes:


1) Aumento das captações brasileiras que, no mês de setembro, já atingiram, até o dia 23, mais de US$ 4bihlões.
2) Aumento no influxo de capitais via IED. O Brasil já está entre os países que mais atraem capital externo em todo o mundo. Em 2008, os investimentos chegaram a US$ 45 bilhões e para 2009, com toda a retração promovida pela crise financeira mundial, a Sociedade Brasileira de Estudos Transnacionais, estima que o IED seja de aproximadamente US$ 25 bilhões, tornado o Brasil o 7º ou 8º país no ranking de atração desses investimentos.
3) O aumento consistente de capitais estrangeiros em na Bovespa e em títulos de renda fixa.


E, claro, que isso tudo pressiona o dólar para baixo e aprecia de uma maneira preocupante a moeda nacional. Essa situação cambial fica ainda mais agravada se considerarmos o pré-sal e seus investimentos. O câmbio passa então a ser tema dominante entre os formuladores de política econômica. De um lado, a convicção de que esse é um problema estrutural da economia brasileira, de outro, exportadores e demais agentes prejudicados em sua competitividade farão pressões fortes em direção contrária.


Nessas 4ª feira o Fomc (Federal Open Market Committee), comitê de mercado aberto do Federal Reserve, decidiu pela manutenção do juro básico norte-americano na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, menor patamar de sua história, por um extenso período de tempo. A decisão, já esperada pelo mercado, não surpreendeu a ninguém, nem promoveu maiores impactos nas bolsas de todo o mundo.O comunicado do Fed, anuncia que a atividade econômica retomou seu ritmo após as grandes quedas dos meses anteriores. "Apesar de ser provável que a atividade econômica continue fraca por um tempo, o comitê acredita que as medidas tomadas para estabilização do mercado financeiro e suas instituições, estímulos fiscais e monetários, além das forças do próprio mercado, vão sustentar um fortalecimento do crescimento econômico e um retorno gradual para níveis mais altos de utilização de recursos, em um contexto de estabilização de preços". As condições dos mercados financeiros e imobiliários continuam a mostrar evoluções positivas. O consumo, apesar de mostrar estável, continua limitado pelas condições do mercado de trabalho, do reduzido nível de crédito e pela queda da renda do consumidor. As empresas continuam a cortar investimentos fixos, apesar fazê-lo em um ritmo mais lento. Tudo isso relega as preocupações inflacionárias para um plano inferior.No panorama doméstico, o Banco Central brasileiro realizou suas costumeiras intervenções cambiais ainda durante a manhã, comprando dólares no mercado à vista entre as 12h42 e às 12h52, a uma taxa aceita em R$ 1,7917.

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