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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mercado de trabalho

O emprego já faz água


Os números sobre emprego anunciam a exaustão do mercado de consumo face ao baixo nível de investimentos no país. O setor industrial, esquecido pelas políticas econômicas dos últimos governos, destruiu cerca de 45.000 empregos em 2014. A construção civil, depois do estouro de sua bolha, fechou, só no mês de novembro, 50 mil vagas. Os tempos de pleno emprego parecem estar chegando ao fim. O Brasil criou no ano passado menos de 25% das vagas de trabalhos criadas em 2010. Se a taxa de desemprego apontada pela PNAD-Contínua não ultrapassou os 6,8%, isso se deu graças ao desempenho do comércio e dos serviços, mas que em 2014, arrefeceram seu dinamismo, e graças à redução do número de pessoas que procuraram emprego nesse período. Aposentados, com a melhoria dos valores de suas aposentadorias, e jovens, em idade escolar, saíram do mercado de trabalho, deixando de procurar empregos. Os programas sociais distribuídos de maneira benevolente, foram um estímulo adicional à renúncia ao trabalho. Com a elevação das taxas de juros, a redução do crédito e os justes econômicos previstos, o mercado de trabalho inicia um ciclo de retração. O crescimento dos salários tende a ser modesto em 2015, e a renda familiar deve mostrar-se em queda. A tendência é que jovens e aposentados voltem para o mercado, à busca da recuperação da renda de suas famílias e isso, inevitavelmente, pressionará a taxa de desemprego.

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