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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Torcida não ganha jogo

O Brasil, na arquibancada, torce pela recuperação norte-americana
Com baixo crescimento e com menor vitalidade no consumo, o Brasil espera pela recuperação norte-americana. Antes, a torcida era pela China. Mas os fatos mostraram que a China não volta ao crescimento de dois dígitos. Portanto, apena alguns setores de nossa economia continuarão a se beneficiar daquela parte do mundo. Para ficar no óbvio, vamos lembrar a carne, soja, minérios, etc.
Como a Europa é um mato sem coelho, o que sobra mesmo são os Estados Unidos, com todas suas inconsistência e disputas políticas entre os dois partidos de peso, no país.
De lá chegam notícias contraditórias. Veja o caso de ontem. Os pedidos de auxílio desemprego subiram. Foram mais 4 mil solicitações na semana encerrada em 5 de janeiro. Por outro lado, as vendas no atacado avançaram 2,3% em novembro, depois do recuo, em outubro, de 0,9%.
Dá a impressão que o consumo está aumentando, com o desemprego se ampliando. Em primeiro lugar, os pedidos de desemprego referem-se à primeira semana de janeiro (logo após as festividades do final do ano), enquanto os dados de consumo dizem respeito ao mês de novembro (período anterior às festas e, portanto, embutindo os efeitos do consumo sazonal).
Também é importante lembrar que variações de 4.000 pedidos de desemprego, em uma economia do tamanho da norte-americana, são desprezíveis.
Melhor ficarmos com as interpretações mais permanentes e sempre considerarmos o período a que esses dados se referem. Os Estados Unidos mostra recuperação, sim. Mas, necessariamente ela terá que se dar em ritmo lento, em função de seu elevado nível de endividamento.
O resto é gritaria da geral.

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