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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Era necessário agir

Surpresa seria o Bacen
ter se omitido.
O Copom mostrou entender a dinâmica da recuperação. É preciso dominar a inflação para recuperar a confiança dos investidores e a credibilidade da população. Inflação corrói a renda dos assalariados e acaba com o consumo. Crédito em excesso arrebenta os orçamentos familiares. PIB fraco é consequência da exagerada flexibilização monetária e da permissiva política fiscal. Déficit primário tem que estar em crescimento para os capitais voltarem para o país.
O Copom começou a fazer sua lição de casa. E com esmero. Subir a Selic em 50 pontos percentuais é demonstração de lucidez. Com a Selic em 8,0% ao ano, começou a correção. É verdade que essa taxa precisará subir mais 1% até o final do ano. Também é verdade que a política fiscal precisa voltar a contribuir com os fundamentos econômicos.
Por outro lado, o câmbio mostra-se em rota de correção para a felicidade dos exportadores. Ele há de reduzir importações, dispensando novos aumentos de tarifas.
O PIB subiu apenas 0,6% na margem, contrariando o IBC-BR do Banco Central. Não é a primeira vez que isso acontece. Talvez seja momento de rever a metodologia do IBC-BR, outra vez.
 
Apesar do acerto do Copom, convém lembrar que certos fatos não foram removidos da realidade e que pedirão decisões complementares ao governo central:
·        o cenário internacional continuará recessivo. FMI e OCDE concordaram em suas previsões sobre o menor crescimento mundial.
·        as commodities perdem valor. Isso vale para as commodities agrícolas e industriais.
·        o dólar continuará sua trajetória de valorização compensando, para os exportadores, as perdas de volumes vendidos ao exterior. Trata-se de fenômeno global.
·        a demanda interna, como vertente de crescimento, está exaurida e o crédito bateu no teto, crescendo cada vez mais devagar. Bancos públicos e privados “tiraram o pé”.
O governo a partir de agora terá que contar com o aumento dos investimentos, como última cartada, para ativar a economia. Seria, portanto, inteligente alcançar algumas evoluções institucionais, fazendo avançar as chamadas reformas estruturais.

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