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domingo, 19 de abril de 2015

Com o urubu no ombro

Claro que há riscos.
Os principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça vieram a público, na semana passada, para alertar sobre o risco de formação de eventuais bolhas na economia europeia, em função dos incentivos monetários concedidos pelo BCE. De fato, não revelaram nada de novo. Quaisquer políticas expansionistas, no formato de injeções de liquidez, trazem riscos dessa natureza. Aproveitando as lições mais recentes, é possível imaginar riscos associados aos mercados imobiliários e outros ligados a desestabilização do sistema financeiro. O "quantitative easing" europeu começou ainda no primeiro trimestre desse ano, com o objetivo de comprar 60 bilhões de euros por mês, em valores mobiliários (títulos, títulos lastreados em ativos e bônus cobertos) até setembro de 2016. O plano foi concebido para afastar o risco de deflação na região e espera produzir uma alta de preços próxima aos 2% ao ano. Os riscos já são relativamente conhecidos e, em algum grau, são também monitorados. Portanto, o alerta dos institutos é uma “chuva no molhado” e não contribui para a solução do problema. Apenas leva uma mensagem agourenta às tentativas de combate à deflação na Europa.

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