Banner

Translate

sábado, 18 de abril de 2015

Vamos revisar nossas expectativas?

2015 talvez não seja tão ruim assim.
Alguns fatos podem ser considerados positivos na economia brasileira e dariam ensejo a crescimentos maiores que os esperados por analistas nacionais e estrangeiros. Nessa visão, a valorização do real tem ajudado os exportadores, sobretudo aqueles localizados no interior do país. É verdade também que a cotação mais forte da moeda nacional tem restringido as importações de bens produzidos no exterior e favorecido sua substituição por produtos brasileiros. Por outro lado, as medidas de crescimento do PIB nacional apresentam resultados que em nada apontam para cenários tão desoladores como os construídos para 2015. O IBGE, por exemplo, mostra, nas revisões que faz do PIB, um desempenho mais elevado que os das previsões apresentadas na grande mídia. Também o IBC-BR de fevereiro, indicador antecedente do Bacen, surpreendeu com um crescimento superior aos que eram esperados. As previsões talvez sejam tão pessimistas em função da queda abrupta das principais commodities exportadas pelo Brasil, em grande parte, decorrente da redução das compras chinesas no mercado internacional. Também é verdade que o cenário mundial ainda é deflacionário, embora dois fatos em sentido contrário estejam em curso. Primeiro, a recuperação europeia é uma realidade e seus impactos deverão ser sentidos, pela economia mundial, ainda em 2015. Segundo, a economia norte-americana, apesar do enfraquecimento recente, também tem desenhado um cenário mais benigno para a economia brasileira. Nesse contexto, o comportamento da economia japonesa pode ser relevante, imputando maior dinamismo à economia global e, por via de consequência, à economia brasileira. 2015, será um ano de retração, sobretudo na indústria e no comércio. Mas seria possível, mesmo nesse caso, que o crescimento nacional não venha no campo dos números negativos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário