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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Final de ano

O comércio se ressente
É Natal. O comércio já deveria ter antecipado as comemorações de final de ano. Não me parece que tenha feito qualquer coisa para isso. É bem verdade que o Copom não quis saber do velho Noel e subiu a Selic, com medo da inflação.
De outro lado, a Serasa Experian divulgou seu indicador dessazonalizado de atividade do comércio para o mês de novembro, assinalando uma alta de 1,1%. Em setembro a expansão havia sido de 1,3% e, em outubro, de 1,8%. Portanto, novembro foi o pior mês dos últimos três analisados.
As vendas no varejo, no conceito restrito, que exclui as vendas de automóveis e de material de construção, salvaram a lavoura, mesmo com o mau humor que anda roendo a confiança do consumidor brasileiro. Afinal, a primeira e abençoada parcela do 13º salário chegou, o financiamento do “minha casa melhor” continua a dar fôlego adicional à renda que o mercado de trabalho, cada dia mais apertado, garante.
No conceito ampliado, é que as coisas não foram bem. Houve queda de 5,2% nas vendas de veículos, de motos e de peças. O mesmo se deu nas vendas de material de construção que também apresentou queda de quase 1,0%.
O resultado pífio do comércio ajudará a inflação, sem dúvida. Somado ao desempenho industrial ainda mais sofrível, ambos deixarão o crescimento em estado de marasmo crônico em 2013 e, ao que parece, sem condições de recuperação no curto e médio prazos.
As perspectivas, de fato, não são boas, mas podem ser revertidas mais adiante. O governo precisa avançar nas questões institucionais que seguram os investimentos no país.

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