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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Enquanto se discute a validade do PIB...

Oferta agrícola e câmbio
vão obrigar a Selic a voar alto
Em dezembro, o excesso de chuvas fez os produtos hortifrutigranjeiros subirem seus preços.
O veranico de janeiro, que se estenderá pelo menos até a primeira quinzena de fevereiro, puseram esses preços nas alturas. Ovos, legumes, leite e verduras tiveram uma de suas maiores altas na história recente dos preços praticados junto a consumidores. Essa seca inesperada está acompanhada por temperaturas muito altas, inviabilizando a produção desses itens. Isso está ocorrendo exatamente no verão, quando a população aumenta o consumo de saladas, frutos e sucos. A seca afetou também a produção de laranja no Brasil, enquanto, na Flórida, as expectativas de produção da laranja são cada vez menores. O suco de laranja está apresentando sucessivos picos de preços no mercado internacional. O mesmo fenômeno ocorreu com o trigo nos Estados Unidos, pressionando as cotações nas bolsas de mercadorias de todo o mundo. No Paraná, ontem, o preço médio do trigo cresceu mais 0,25%.
As pastagens secas fizeram a arroba do boi gordo também subir. A carne bovina está muito cara e puxou a carne de frango e a de peixe. Nos Estados Unidos, a oferta de boi gordo está baixa em função da redução do rebanho nesses últimos anos. Por outro lado, a demanda de milho mantem-se firme nos Estados Unidos e a oferta nacional foi prejudicado pela falta de chuva, no momento em que o milho está granando. A safrinha do milho e o feijão da seca já estão com suas produções comprometidas, de vez que não puderam ser plantadas ainda. Estamos com atraso de duas semanas no plantio e isso leva a um recuo da produção de grãos e outros cereais. Imaginemos agora o efeito do câmbio sobre os importados e a gastança pública em ano eleitoral. A Selic terá que crescer muito para conter a inflação. O consumo tende a manter-se baixo.

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