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quarta-feira, 19 de março de 2014

Grave. Muito grave.

Brasil perde prazo
A notícia está no Valor Econômico de hoje, dia 19 de março: o governo brasileiro perde prazo para apresentar o Plano de Ação que explicaria a forma a ser utilizada pelo país para segregar o gado que eventualmente utilizasse medicamentos não aprovados pelos americanos, evitando que essa carne chegasse para consumo, nos Estados Unidos. Há muito tempo o Brasil tenta abrir o mercado norte-americano para carne bovina in natura. O protecionismo daquele país em matéria de produtos agropecuários já é tradicional, sobretudo em relação à carne brasileira que precisa encontrar mercados mais amplos e, com isso, garantir níveis de preços que possam remunerar de forma justa toda a cadeia produtiva da carne. O maior inimigo dos brasileiros é o Congresso dos Estados Unidos que se mantém irredutível à entrada desse produto no país e sustenta sua posição de todas as formas, inclusive recorrendo a barreiras não tarifárias, como por exemplo, multiplicando seguidamente suas normas fitossanitárias. A oportunidade estava nas mãos do governo brasileiro de demonstrar que a carne produzida com medicamentos não aprovados naquele país seria segregada das nossas exportações. O prazo para isso encerrou-se no dia 7 de março. O Ministério da Agricultura tenta justificar seu erro de gestão, afirmando que esse prazo não prejudicará a decisão final, pois, segundo fonte do Ministério, “não será por isso que o pedido será rejeitado”.
Trata-se de um profundo abandono das questões maiores do país, que revela o descompromisso com os assuntos da administração pública. O governo central parece irremediavelmente perdido. Tem-se a impressão que cansou de governar e que começa a reconhecer que sua vocação é a de fazer oposição. Quando assume os deveres de governar, o desinteresse é geral. Suas ações se voltam apenas para as infindáveis e inconsequentes articulações políticas. O país perde muito com tudo isso.

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