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quinta-feira, 6 de março de 2014

No exterior a percepção começa a melhorar

As relutâncias foram grandes.
Vencidas, trazem benefícios para 2015.
Levar a taxa básica de juros da economia brasileira para os dois dígitos contrariou profundamente os formuladores de política econômica, mas a inflação os convenceu. A matriz econômica desenvolvimentista cedeu lugar ao bom senso. Estamos chegando próximos do juro real de equilíbrio, que manteria, segundo a boa teoria econômica, a inflação estável. Ainda assim, remanesce a preocupação com o necessário abandono da política de represamento dos preços administrados. Trazer a valor de mercado os preços dos transportes públicos, dos combustíveis e da energia elétrica será o novo desafio do governo. 
Não bastasse isso, ainda teremos novas pressões sobre os preços dos importados, decorrente da tendência de valorização do dólar até o final do ano, pelo menos. O Banco Central, por seu lado, já demonstrou que não hesitará em manter sua política de intervenções sucessivas nos pregões, garantindo a moderação do ritmo da depreciação cambial.
Também é verdade que o ajuste cambial trouxe maior competitividade ao produto brasileiro e que, no médio prazo, isso deverá ser o melhor tratamento para as contas externas nacionais, via o aumento das exportações.
A tudo isso se juntou o anúncio dos cortes nas contas públicas nacionais. Já parece absolutamente possível alcançar a meta de um superávit de 1,5% do PIB. Aqui não serão aceitas tergiversações ou manobras contábeis. Tudo deverá ser transparente, sem maquiagem de qualquer natureza e descontando-se, no seu cálculo, as receitas extraordinárias, que não se repetirão em anos subsequentes. É o caso da retomada das concessões, sejam de ferrovias, sejam de qualquer outro elemento de nossa infraestrutura. Por fim, não se pode deixar de aplaudir a redução do ritmo da expansão dos estoques de crédito que, para 2014, não devem crescer mais que 13%. contribuirá muito para isso a intenção dos bancos públicos de reduzir a oferta de empréstimos. A inadimplência deverá diminuir consideravelmente, acompanhada nessa queda pelo grau de endividamento das famílias. Os capitais internacionais já começaram a reagir a essas medidas, iniciando um saudável caminho de voltar, sempre à busca das remunerações de nosso mercado financeiro. Em um segundo momento, voltam os investimentos produtivos, convencidos de que 2014 pode ser o ano da reconstrução das bases macroeconômicas para um novo ciclo de crescimento nacional.

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