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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Decisões econômicas

Dúvidas e incertezas são comuns,
no mundo econômico
Foram intensas as discussões nessas últimas semanas sobre o que fazer com a taxa de juros na Inglaterra. A conclusão parece ter sido muito parecida, em sua natureza, àquela do Copom, de dias atrás: “deixa como está, pra ver como é que fica”.
A elevação antecipada da taxa de juros pode, segundo as autoridades monetárias britânicas, prejudicar a recuperação da atividade econômica, até porque as previsões anteriores já indicavam um segundo semestre mais fraco que o primeiro. Sabe-se que, em algum momento, as taxas de juros deverão iniciar um movimento lento, mas gradual de alta, para evitar o recrudescimento da inflação naquele país, sobretudo em função do rápido crescimento que a economia britânica vem apresentando, com o Produto Interno Bruto já se aproximando do nível anterior à crise de 2008. No Brasil, o Copom parece admitir a existência de espaço para iniciar a redução das taxas de juros, permitindo alguma recuperação na economia nacional. O medo, nesse caso também é o recrudescimento inflacionário. Mas, francamente, a economia brasileira ameaça reduzir seu tamanho, com crescimentos negativos do PIB. Já há até quem fale na possibilidade de termos três trimestres sucessivos com resultados negativos. Estaríamos, nesse caso, caracterizando tecnicamente o que chama de recessão. Em economia, os efeitos das decisões tomadas costumam se manifestar de forma retardada e apenas são constatáveis no médio e longo prazos. Talvez seja por isso que dúvidas e incertezas sempre prosperam entre os especialistas que preferem, como os médicos, observar mais um pouco antes de agir.

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