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sábado, 24 de junho de 2017

Não precisava acontecer

Tudo começou com a operação carne fraca 
O aparecimento de abscessos na carne "in natura" exportada do Brasil para os Estados Unidos é a prova mais cabal de que o gado brasileiro é vacinado e, portanto, livre de doenças que pudessem prejudicar a saúde humana.
A vacinação pode sim causar esses abscessos em função das práticas utilizadas durante a aplicação das vacinas. O fato é que essas pequenas lesões são desprovidas de consequências para o consumo e atestam o procedimento preventivo. Apenas a aparência da carne é que padece de sua beleza bruta e natural.
A suspensão da importação norte-americana parece estar relacionada a uma conduta mais geral, alinhada à perspectiva econômica do presidente Trump, que claramente quer proteger o país de importações de seus concorrentes. O protecionismo, nesse caso, busca proteger produtores e industriais de carne bovina, garantindo um maior nível de emprego no país e o crescimento da renda de sua população.
Sem entrar em discussões teóricas, a opção pelo protecionismo é, no médio prazo, autofágica. Punirá o consumidor americano com futuras altas de preço do produto.
Para o Brasil, entretanto, a proibição pode, sem dúvida, servir como pretexto para medidas similares a serem tomadas por outros países e, dessa forma, traduzir-se em novas perdas de share no mercado internacional. Os prejuízos para pecuária terão repercussões imediatas por toda a cadeia de produção, derrubando os preços internos e desestimulando investimentos na expansão e no aperfeiçoamento do criatório nacional.

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