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sábado, 3 de março de 2012

Olhando à frente

Ao bursáteis recomendo cautela
O mercado de ações já reagiu. Se for entrar, seja muito seletivo. Os papéis já registraram ganhos expressivos no primeiro bimestre desse ano e, por isso, algumas bolsas já estão testando seus novos pontos de resistência. O cenário teria que ser muito favorável para dar fôlego adicional aos mercados.
Investidores estarão olhando para as dívidas européias e para a atividade econômica dos Estados Unidos. Nos EUA, sobretudo para a renda agregada, para o consumo agregado, para o crescimento dos ganhos reais de seus trabalhadores, para os preços e estoques de petróleo e para o saldo crédito ao consumidor.
No Brasil, mais do que nada, interessa acompanhar o volume financeiro girado diariamente, para ver a consistência do comportamento do investidor institucional. Também será necessário acompanhar, no boletim diário da BM&F, a evolução do saldo de capital estrangeiro. Vamos conferir se esse tsunami de dólares chega ao Brasil realmente. 
Notícias sobre a insistente desaceleração da economia chinesa podem destruir esse clima favorável que se criou recentemente. Preços de commodities precisam ser acompanhados de perto. Petróleo, álcool, laranja, milho e soja e minérios são importantes elementos para definir o apetite dos investidores pelo Brasil e por suas empresas.
Não compre, se não contar com um apoio técnico de qualidade. Cuidado com ações ligadas ao comércio, afinal a inadimplência de 7,66 % da janeiro, cutucou a dignidade dessas ações. Bancos podem apresentar quedas de spreads, acompanhando a queda da Seilc prometida para esses próximos dias. Novas provisões poderão ser requeridas para os bancos médios. O crédito encolheu em janeiro porque os bancos  privados recuaram, preservando a qualidade do crédito de suas carteiras. Foram bem mais seletivos nas concessões de crédito às pequenas e médias empresas e aos compradores de veículos. Os bancos públicos ganharam espaços novos em relação aos privados.
Entender o desfecho dessa questão passa por ver quem ganhará mais. O share poderá explicar o crescimento do lucro, pela expansão dos volumes. Mas, também poderá explicar sua redução, pela necessidade de maior provisionamento.
Como de costume, o cenário econômico definirá o resultado das apostas feitas. Seja cauteloso.

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