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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Cambio destrava as exportações das commodities agrícolas. Clima prejudica o plantio norte-americano
Com a alta do dólar, provocada pela situação política brasileira, o Brasil pode ter vendido mais de 5 milhões de toneladas de milho e soja no mercado internacional, nesses poucos dias. As regiões comercialmente mais ativas, nesse período, foram as do sul do país (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), e do Matopiba (formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Os preços em reais também melhoraram. O episódio político serviu para mostrar que o dólar deveria valer pelo menos R$ 3,40. Essa taxa de câmbio permitiria que o produtor pudesse ter um ganho, ainda que pequeno, a partir da comercialização de sua produção.
Neste ano, o país apresentou uma safra recorde em todos os estados, com exceção dos estados do Nordeste. Com produtividade alta, a oferta tornou-se abundante derrubou os preços internos, comprometendo a lucratividade dessas culturas.

Nos Estados Unidos, o plantio recém iniciado ainda não está claramente definido. O regime de chuvas e as variações temperatura podem provocar uma redução da produtividade naquele país, pressionando os preços na Bolsa de Chicago para cima. A demanda de grãos, por seu lado, permanece firme, com comportamento bastante ativo.
Independentemente dos preços alcançados nesses últimos dias, o clima continua amedrontando os compradores de cereais. Na verdade, não se chegou até o momento a uma previsão definitiva sobre a nova safra americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga estimativas que apontam para o crescimento da área já plantada no corn belt, o cinturão do milho. Os agricultores, no entanto, relatam dificuldades para avançar com o plantio em função do excesso de chuvas. As baixas temperaturas também contribuem para prejudicar a germinação das sementes e castigam os pés nascidos.
Entre agricultores já se fala abertamente na necessidade de replantio, em boa parte da área plantada, com a natural redução da produtividade e a elevação dos custos por acre cultivado.

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