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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Começar de novo

O difícil caminho da retomada econômica
A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, referente ao mês de outubro, apontou alta de 0,9%, quando comparada ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado a alta foi de 2,3%.
Os destaques correram por conta do setor automotivo, com alta de 3,5%, impulsionado pelos incentivos recebidos nos últimos tempos, e ainda pelos setores de máquinas e equipamentos e de extração mineral, que também apresentaram crescimentos, em outubro, de 6,26% e 8,64%, respectivamente.
Esses números são alentadores, mas não devem esconder o fato de o índice de difusão; ou seja, o número  de setores em crescimento no mês, ainda ser muito tímido, expressando a vulnerabilidade competitiva da indústria  e seu baixo desempenho face às expectativas das autoridades econômicas.
Novos estímulos estão sendo prometidos. Ontem, por exemplo, as medidas anunciadas alcançaram o setor da construção civil, envolvendo a desoneração da folha de pagamentos, redução do Regime Especial Tributário de 6 para 4 por cento sobre o faturamento e ampliação da linha de financiamento ao capital de giro dessas empresas.
Nesse caso, fica a impressão de que o governo incentivou quem não precisava de mais incentivos. A indústria da construção civil apresentou, nos últimos doze meses, um crescimento de 2,4%, o melhor entre todas as indústrias.
Incentivos são bem vindos, entretanto para mobilizar os capitais privados o governo precisa dar claras sinalizações das dimensões estratégicas de sua administração. O intervencionismo estatal e o artificialismo político em relação à energia elétrica e aos combustíveis apontam para uma atitude gerencial que contraria à lógica do mercado.
Investidores assistem ao comprometimento da previsibilidade dos comportamentos econômicos e à destruição da organização dessas cadeias, bem como a correta precificação de seus produtos e demais ativos.

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