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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Vivendo de ilusões

A realidade tem sido cruel
com os discursos econômicos
Bastou o Banco Central apresentar seu IBCR de outubro, para as autoridades já começarem a enxergar o crescimento que ninguém consegue ver. O avanço do IBCR mal atingiu os 0,4% e já se começa a falar de um quarto trimestre de crescimento mais robusto.
Vale lembrar que já estamos no meio de dezembro e que não dá tempo para mais nada. O que tinha que ser feito já foi feito e as medidas até agora anunciadas foram insuficientes para garantir que o PIB nacional crescesse em velocidade maior que a nossa população.
Para os que gostam de viver de ilusão, recordamos que o resultado do IBCR desse mês de outubro apresentou alta de 5,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Afinal, alguém já disse que “recordar é viver”.
Para jogar mais areia nos olhos da população, o IBGE acaba de anunciar que o varejo restrito, isto é, o varejo sem levar em conta as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, apresentou um crescimento de 0,8% em outubro, fazendo crer que o Brasil, nesse quarto trimestre, terá garantido a expansão do consumo das famílias.
Para tirar essa conclusão, os melhores indicadores seriam a renda real dessas famílias e o nível de desemprego do país. Se a renda real estiver em crescimento e o desemprego se mantiver em queda, aí sim, poderíamos concluir com maior segurança sobre a expansão do consumo.
Sugiro abandonar essas teorias de pés quebrados e olharmos a economia, sem os vieses dos vendedores de ilusões. As previsões, antes de nada, precisam ser confirmadas pela realidade para, só depois, darmos asas à imaginação e acalentarmos os sonhos oficiais.

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