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domingo, 20 de março de 2011

Autoridade monetária esforça-se no câmbio

Dólar sobe seguindo deterioração
dos mercados externos
VEÍCULO: Agência IN - Data - 16 DE MARÇO DE 2011
Simone e Silva Bernardino
O dólar subiu nesta quarta-feira, acompanhando a deterioração das principais bolsas de valores mundiais em meio aos problemas no Japão após o terremoto, os riscos de catástrofe nuclear e o rebaixamento do rating de Portugal, que trouxe de volta os temores em relação à saúde fiscal dos países europeus.
Depois de oscilar entre R$ 1,662 e R$ 1,677, a moeda americana terminou com ganhos de 0,24%, vendido a R$ 1,671. A divisa americana também se valorizou ante o euro e a libra. Os conflitos políticos no mundo árabe e a agenda econômica dos Estados Unidos também não favoreceram os negócios.
Celso Grisi, diretor presidente do Instituto de Pesquisas Fractal avalia que o dólar tende a se valorizar ante o real no curto prazo, mas sem muitas forças e se acomodar no médio, já que o Brasil continua atrativo ao capital externo.
“Apesar de lenta, a economia norteamericana dá sinais de recuperação, as coisas na Europa também estão melhorando. Enfim, as expectativas de recuperação global são boas e o rebaixamento da nota de Portugal apenas reafirma que há dificuldades no país”, comenta o executivo. Ontem, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de solvência portuguesa em dois graus, de A1 para A3. “A economia portuguesa apresenta um desempenho sofrível e já era o momento de expressar a recente deterioração fiscal em uma nota mais baixa”, afirma.
Na agenda, os dados sobre a economia dos EUA vieram em direções opostas. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) expandiu 1,6% em fevereiro deste ano, contra taxa de 0,8% (dado revisado) no mês anterior - resultado acima do previsto. Já o número de licenças concedidas para a construção de novas casas recuou 8,2% no mês passado para 517 mil permissões, enquanto se previa crescimento para 570 mil. Na Europa, o desemprego no Reino Unido chegou a 8% no trimestre concluído em janeiro, afetando um total de 2,53 milhões de pessoas - um recorde desde 1994 -, analistas previam manutenção da taxa, em 7,9%.
Por aqui, o Banco Central (BC) divulgou que o fluxo cambial está positivo em US$ 7,429 bilhões em março até o dia 11. Em igual período de 2010, a cifra estava negativa em US$ 956 milhões. No acumulado do ano, o saldo está positivo em US$ 30,361 bilhões.
E mantendo a rotina, a autoridade monetária comprou dólares no mercado à vista.

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