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sábado, 26 de março de 2011

Amenizando. Mas, de forma irresponsável.

OCDE e Moody’s confiam na solução
do problema português
O secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, afirmou ontem que Portugal não precisa pedir ajuda financeira à União Europeia porque fez tudo o que era necessário. “Portugal e Espanha têm feito tudo o que é necessário”, afirmou Gurría.
Embora o excessivo otimismo, a Moody’s também afirmou ontem, confiar no compromisso de Portugal em reduzir seu déficit e, portanto, não acompanhou as demais agências de rating.
Mesmo após os últimos acontecimentos políticos, a Moody’s decidiu não cortar o “rating” de Portugal, por acreditar no “forte compromisso dos dois maiores partidos na consolidação do orçamento do país”. A nota A3 ficou mantida, com perspectiva negativa. 
Dias atrás, a Moody’s provocou, com o rebaixamento do rating da dívida soberana da Espanha, um inusitado mal estar com a União Europeia. As atuações das agências de classificação de riscos já estão na mira da União Europeia, descontente com a atuação oportunista e com o agravamento de situações políticas que suas avaliações promovem nos momentos de crise.
Esse otimismo com Portugal soa como um pedido de trégua. Que a OCDE exagere em suas afirmações, é de se entender. Afinal, trata-se do clube dos ricos e a insolvência portuguesa não é mais que um atraso de mensalidades nesse clube. Mas, agências de riscos tergiversar é coisa muito feia. Parece auditoria brasileira não descobrindo rombos em bancos nacionais.

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