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sexta-feira, 12 de abril de 2013

O comércio sentiu o golpe

Queda nas vendas do varejo
A inflação subiu muito nesses últimos tempos e, claro, acabou corroendo o poder de compra dos assalariados. Os aumentos, acima do índice de produtividade do sistema econômico, acabam nisso mesmo. Os ganhos de salários são devolvidos ao mercado pelas mãos dos aumentos generalizados dos preços. Com menor renda, o consumidor comprou menos e o varejo apresentou queda de -0,4% em relação ao mês anterior. A queda nas vendas atingiu praticamente todos os setores.
Mas, não é só a alta dos preços que reduziu o consumo. A redução na oferta de crédito e os juros reais em alta também inibiram o consumo das famílias. O comprometimento da renda das famílias para dar conta dos empréstimos assumidos, apenas com recusros livres, está chegando aos 25% e isso vale para quase 55% das unidades familiares do país. A inadimplência continua alta, embora tenha sofrido algum recuo no último mês. Os bancos privados mostram-se cada vez mais seletivo em relação às concessões de crédito e os bancos públicos já exauriram seus recursos e sua disposição para continuar emprestando. Muito possivelmente a expansão do crédito não chegue, em 2013, sequer aos 14%.
Piora ainda mias a situação, o desempenho também negativo da produção industrial. Nesse momento, chega a notícia que o IBC-Br apresentou com redução.
Definitivamente, o quadro é de estagflação e pede medidas monetárias e fiscais menos permissivas. Não se pode admitir que a busca compulsiva pelo crescimento justifique a renúncia aos aumentos do superávit primário e às práticas monetárias apenas acomodatícias.

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