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segunda-feira, 1 de abril de 2013

O mundo no 1º Trimestre

Esperanças se renovaram.
Incertezas também.
Por mais que a economia norte-americana tenha exibido boa vitalidade no seu esforço de recuperação, nesse primeiro trimestre do ano, o fato é que o embate travado pelo Congresso e o Governo Federal sobre os ajustes fiscais, semearam estabilidades e, em grande medida, comprometeram o que poderia ter sido um desempenho convincente para a economia do país.
Os primeiros meses desse ano já anunciavam um desempenho favorável da economia, sobretudo porque o Fomc mostrou-se empenhado na manutenção de uma política monetária expansionista, com juros estáveis em patamar próximo a zero e a continuidade de seu quantitative easing. Convém, entretanto, estar atento ao fato de que essa posição já não é mais unânime entre todos os membros que compõem o Comitê e que o problema fiscal não foi resolvido inteiramente, podendo sofrer novo agravamento.
A União Europeia, que havia alcançado grandes aperfeiçoamentos institucionais nesses últimos tempos, sofreu de uma inesperada recaída colonialista. De forma inusitada, inaugurou novo procedimento de resgate das dívidas do modesto Chipre. Obrigou o pequeno país a adotar medidas de confisco de depósitos bancários e de controle de capital. Foi um evento despropositado, depois de a intolerância ter sido transformada em indulgência, no caso de outros países com economias bem maiores. A volatilidade voltou a ameaçar a Zona do Euro exatamente no momento em que crise política italiana alcançava seu ápice. Os episódios desse primeiro trimestre foram acompanhados de um desempenho econômico sofrível em toda a região.
Do ponto de vista financeiro, as instabilidades alcançaram o Brasil, aumentando o risco-País. Patrocinaram junto com o intervencionismo econômico e o estabanamento das falas oficiais (e de seus desastrados tons), a mais recente fuga de capitais do país.
É preciso dizer que inflação e o baixo crescimento também colaboraram muito com essa saída de recursos. A salvação para esses estado de coisas começaria por um novo ciclo de aperto monetário, já alvissareiramente preconizado pelas manifestações confusas do Banco Central e do Ministério da Fazenda.
Do ponto de vista de nossas exportações, chegaram notícias animadoras da China. O novo governo manteve os objetivos de crescimento sustentável e renovou sua intenção de continuar combatendo a inflação. Tudo muito claro, deixando entrever que o país pode alcançar um PIB, ao final do ano , na casa dos 8,0%. Isso daria uma sustentação aos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil.
Por final, o IBGE nos deu conta de que o nível de desemprego subiu para 5,6%, em fevereiro, contra os 5,4 %, de janeiro.

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