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sábado, 14 de abril de 2012

Guerra cambial exige que a China defenda seus investimentos

China dobra o limite de flutuação do yen
A flutuação diária do yuan em relação ao dólar estava fixada em cerca de 0,5%. O Banco Popular da China anunciou ontem que a faixa para essa flutuação estará, a partir de segunda-feira, sendo expandida para 1%.
Chamando essa ampliação da faixa de reforma, a autoridade monetária chinesa afirmou que a decisão permite que o renminbi -"moeda do povo", nome oficial do yuan- possa flutuar mais de acordo com o mercado, ainda que o banco central continue a manter a moeda sob rígido controle.
A justificativa para a decisão de alargamento da faixa baseia-se na intenção de prmover "o desenvolvimento do mercado de câmbio da China e da capacidade e gerenciamento de risco dos agentes do mercado."
O valor do yuan é determinado pelo banco central, que estabelece a sua taxa diária, e não pela lei da oferta e da demanda como é o caso da maioria das principais moedas do mundo. O governo da China tem dito que seu objetivo é tornar o yuan uma moeda plenamente conversível e adotar um sistema de câmbio flutuante livre. Alargar a faixa de negociação de sua moeda iria, portanto, neste sentido.
Na verdade, o problema pode ser bem outro. O país é o principal titular dos ativos monetários dos EUA e, claramente, temem um aumento do risco em relação ao valor da sua carteira. Para se proteger contra flutuações cambiais associados às flutuações do dólar, as autoridades chinesas buscam ampliar a faixa para determinação do valor de sua moeda.
Irônico imaginar que para defender o valor de seus investimentos, a China tenha que tornar sua moeda mais flutuante, ainda que mantenha um controle tão forte sobre ela.

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