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sexta-feira, 22 de junho de 2012

A semana no Brasil (2)

Inadimplência alta, confiança baixa
Em meio à redução da inflação e à moderação do mercado de trabalho, as notícias sobre inadimplência se multiplicaram. O volume de cheques devolvidos no país, em maio, foi de 2,20%. O anúncio foi feito pela Serasa Experian de Cheques. O percentual registrado foi considerado muito alto para esse mês. Em abril, os cheques sem fundos devolvidos já haviam atingido 2,08%. No acumulado de janeiro a maio de 2012, o percentual de devoluções dos cheques sem fundos está em 2,08%. As causas mais prováveis para isso estão ligadas ao elevado endividamento das famílias e o comprometimento da renda do consumidor. Claramente, os consumidores das classe E, C e mesmo da B, nesses últimos 3 anos, mudaram qualitativamente seu consumo. Passaram a comprar com maior intensidade produtos não essenciais, com preços de maior valor. Cresceram também o número de itens consumidos e aumentaram os gastos médios de suas compras.
Quanto às empresas, a inadimplência deverá se manter elevada nos próximos meses. O indicador de perspectivas de calotes da Serasa Experian aumentou 1%, no mês de abril, chegando a 106,6 pontos. Aqui a culpa é da retração econômica.
Para jogar mais água na fervura econômica do país, o Índice de Confiança da Indústria, apurado na prévia da Sondagem Industrial de junho de 2012, apresentou um recuo de 0,5% em junho ante a do mês de maio. A FGV aponta que o ICI caiu de 103,4 para 102,9.
A explicação para isso estaria relacionada às expectativas menos otimistas em relação aos meses do próximo trimestre.
O Índíce da Situação Atual, entretanto, avançou 0,5%, ao passar para 104,0 pontos. Mas o Nível de Utilização da Capacidade Instalada esteve em 83,7% na prévia de junho, ou seja, 0,2% inferior ao do mês anterior e 0,1% inferior à média dos últimos cinco anos.
Interessante observar que os consumidores ainda estão com suas finanças pessoais complicadas e que o empresariado não encontrou motivos suficientes para se entusiasmar, mesmo depois de tantos esforços do governo central. 

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