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sábado, 30 de junho de 2012

De pacote em pacote

Da Europa veio a grande notícia
A Cúpula Europeia anunciou que o ESM irá recapitalizar os bancos diretamente, evitando a intermediação dos governos locais. Esses, por sua vez, terão que implantar programas de austeridade fiscal.
E para imprimir maior segurança aos acontecimentos futuros, os líderes europeus anunciaram ainda a criação, para futuro próximo, de um órgão supervisor único. Em outras palavras, a Cúpula Europeia inicia agora um processo que poderá desembocar na unificação bancária e fiscal em toda a região.
O resultado é exemplar e consagra a negociação como a processo mais importante para a união dos povos. Uma prática difícil, mas eficaz, da diplomacia europeia, que a América Latina precisa aprender rapidamente.
No Brasil, o pacote do meio da semana esteve voltado às compras governamentais e a mais protecionismo.
Ontem, não chegou a ser pacote. No máximo, um embrulho para presentear nesse Natal, com a prorrogação da redução do IPI, os setores de linha branca e móveis. Prorrogou-se também, no mesmo sentido, a redução de PIS/COFINS, para a indústria de massas alimentícias.
Tudo isso em nome do emprego, uma vez que o mercado de trabalho se encontraria em situação de exaustão de seu crescimento.
Mas, se já estamos em pleno emprego, para que criar mais vagas? Na verdade o ministro precisa de crescimento e não de mais emprego. E o problema não está no número de vagas, mas no excessivo endividamento, que sua política monetária expansionista, via crédito, lançou as famílias brasileiras. A inadimplência atingiu a horrorosa marca dos 7%, mesmo depois da redução dos juros e aumentos dos prazos dos financiamentos. A essa altura, depois de tantas negociações, renegociações e portabilidade das dívidas e empréstimos, o consumo não cresce e a economia mantém-se em retração.
Vai um alerta: os índices de preços já estão muito próximos da deflação.

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