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domingo, 24 de junho de 2012

Preços ao produtor do IEA

No campo, a lei da oferta e procura
funciona. E é cruel
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pelo produtor rural, segundo pesquisa do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo –IEA apontou elevação de 0,63% na segunda quadrissemana de junho.
O IqPR-V, referente aos produtos de origem vegetal subiu 0,85%, enquanto o IqPR-A, referente aos produtos de origem animal, manteve-se quase estável, com alta muito modesta de  0,03%. A tabela 1, publicada no site do IEA, reúne as variações.
Tabela 1. Variação Percentual do IqPR, Estado de São Paulo, 2ª Quadrissemana – Junho/2012.
São Paulo
São Paulo - sem cana
IqPR
0,63
0,44
IqPR-V
0,85
1,99
IqPR-A
0,03
-
Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Vale estar atento à observação metodológica feita pelo Instituto em nota de rodapé à Tabela 1: “Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice devido a sua importância na ponderação dos produtos, tanto o IqPR como o IqPR-V continuam positivos e fecham em 0,44% e 1,99%, respectivamente”.
A Tabela 2 mostra as variações nos preços dos produtos pesquisados.
Tabela 2. Variações das Cotações dos Produtos, Estado de São Paulo, 2ª Quadrissemana - Junho/2012
A maior queda registrada na quadrissemana em estudo é a da Laranja para mesa. A oferta de laranja é excessiva em relação à demanda interna, dado que há um excedente de produção para o mercado industrial. Esse excesso, encaminhado para o mercado de consumo da fruta “in natura” deteriora os preços pagos a produtores, comprometendo definitivamente os resultados financeiros com essa cultura. O fenômeno já perdura por longos anos e não há soluções previstas para o curto prazo.
A alta mais expressiva ficou com o tomate para mesa. Alta de 80,01%, atribuída, sobretudo, ao excesso de chuvas que reduz a oferta do produto.

Temperaturas baixas reduzem a qualidade de alguns produtos como é o caso da banana-nanica, cujo preço caiu mais de 6 %. A queda forte do feijão é explicada pelo início da colheita do feijão da seca.

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