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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Contradições de mais, explicações de menos

Contradições nublam o entendimento
O mercado de trabalho continua apertado, embora a recuperação econômica não se confirme claramente. A taxa de desemprego permanece muito baixa em um ambiente econômico que, desde o último trimestre
de 2011, tem se mostrado bastante desalentado. Francamente, está ficando difícil explicar esse desempenho.
A renda do trabalhador continua crescendo e os dados mais recentes mostram também que o trabalhador nunca teve um poder aquisitivo tão alto. Na outra ponta, a população empregada também se mantém em crescimento, ainda que em ritmo mais lento que em passado recente.
Nesse quadro, é de se perguntar que diabo de desaceleração é essa que não libera mão de obra para o mercado? E que diabos que esses trabalhadores, hoje em número tão grande, e com rendas tão altas, não consomem e não poupam. Mas, então, para onde está indo o dinheiro que eles ganham. Para pagar dívidas apenas? Não dá para acreditar, com a inflação retomando consistentemente seu crescimento.
Se ganham tanto, deveriam, após tanto tempo de juros baixos e renegociações de dívidas, ter aberto algum espaço para ampliação de seus gastos ou para aumento de sua poupança.
Parece momento de buscar novas explicações para além da inadimplência e do excessivo endividamento. Está parecendo muito confortável limitar-se a esses dois argumentos e desconhecer a dinâmica da liquidez atual que pressiona preços, sem crescimento substancial da demanda.

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