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sexta-feira, 8 de março de 2013

Especulações não convencem

Não há enigmas no 
comportamento cambial
Ontem dólar fechou em queda. Especialistas dizem que a mera possibilidade de uma alta na Selic motivaria um aumento no influxo de capitais, nos próximos períodos. A explicação parece não convencer.
Cogitou-se também que a publicação de dados positivos sobre economia norte-americana poderia ter reduzido a percepção de risco dos investidores e, com isso, pressionado a queda do dólar. Também não convenceu. Afinal, se a economia dos Estados Unidos apresenta recuperação sua moeda deveria apresentar cotação mais alta.
Ainda hoje, na edição do jornal Valor Econômico, há uma excelente matéria do jornalista José de Castro e Silva Rosa, mostrando que os bancos iniciaram, em dezembro do ano passado, a ampliação da captação via linhas externas. Aproveitaram, conforme mostra o articulista, “a redução do prazo dos empréstimos, sujeitos à alíquota de 6% do IOF, de dois para um ano” e retomaram, com vigor, suas captações no exterior. Fazem com isso grande liquidez e garantem disponibilidades para fazer frente à expansão prevista de 15% do mercado de crédito, nesse ano. Por outro lado, os dólares captados vão se prestando a atender a demanda interna pela moeda norte-americana nesses tempos de fluxo cambial negativo. O excesso de caixa, em dólares, é levado, segundo o artigo, à arbitragem entre as baixa taxas praticadas no exterior e os juros internos. Há que se lembrar que lá fora a liquidez é excessivas e as taxas são muito competitivas, viabilizando a arbitragem, mesmo com a Selic a 7,25% ao ano.
No caso das quedas na cotação do real ante o dólar, será melhor buscarmos por explicações em variáveis empíricas, relevantes ao fato, que nos apoiar apenas em cogitações e expectativas não confirmadas.

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