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quarta-feira, 13 de março de 2013

O beco tem saída?

O governo terá que propor medidas anti-inflacionárias nesses próximos dias
A inadimplência continua a conter a oferta mais extensiva do crédito no país. O mercado de trabalho já não mostra o mesmo vigor e antecipa a redução dos ganhos de renda em 2013. Nada faz crer que o consumo venha a se acelerar.Do lado da oferta, os investimentos ainda são muito tímidos, deixando entrever que março encerre mais um trimestre de baixo crescimento na economia brasileira.
São esperados grandes investimentos nas áreas de infraestrutura, provocado pelo recente processo de privatização, mascarado sobre o nome de concessões.
Conspiram em sentido contrário, arrefecendo os ânimos dos investidores o ambiente institucional de negócios no país. O principal vetor de mudanças é o ideológico, tentando sobrepor o controle estatal às forças de mercado. A livre iniciativa está comprometida e o setor privado passa a viver sobre ameaças vindas dos diversos setores do governo central.
A política monetária oferece um triste espetáculo da tergiversação econômica em nome do populismo político. A inflação não é mais uma ameaça remota. Os juros básicos da economia foram conservados no patamar de 7,25% ao ano e o dólar balança entre 1,95 e 1,96 reais. O parque industrial continua em processo de sucateamento, poupados apenas disso os setores importadores.
As desonerações são claramente insuficientes para deter as pressões inflacionárias. Já não se acredita em 4,5% ao ano como centro da meta. Também o intervalo de 2 pontos para os limites superior e inferior do centro da meta precisa ser encurtado.
O combate à inflação pode por em risco o novo ciclo desenvolvimentista esperado para 2013, provocando um abalo no mercado de trabalho e no prestígio do governo central.
O quadro é triste e aponta para a redução dos fundamentos econômicos. Não tenham dúvida que as agências de avaliação de riscos observam à distância. A continuar nessa toada não será fora de propósito uma redução brasileira nesses rankings e até a perda do grau de investimentos.

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