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terça-feira, 8 de maio de 2012

Anos difíceis pela frente


A nova realidade política da Europa traz novos riscos econômicos
Com governo socialista e promessas de redução da austeridade econômica, a França eleva a insegurança sobre as direções que a crise européia deve tomar. A Grécia promove um desarranjo quase completo das perspectivas sobre sua presença na Zona do Euro, agora a ser decidida por uma eventual coalizão dominada por extremistas da direita e da esquerda.
É quase impensável que os acordos e avenças anteriores possam ser mantidos. Muito possivelmente a disposição do FMI em amparar a região comece a fazer água e, no caso grego, isso significaria a derrocada definitiva do país.
Na França a extrema direita foi decisiva na derrota do presidente Sarkozy e claramente parece crescer nos próximos períodos.
Tempos de crise parecem ser campos férteis para o cultivo de propostas radicais. Nesses casos, o mundo dos negócios entra em rápida deterioração. Inicialmente, as bolsas de valores enviam as primeiras mensagens. O fluxo de capital estrangeiro deve emitir o segundo sinal. Em seguida, a transferências de algumas operações industriais e comerciais para regiões que apresentem um ambiente institucional menos agressivo podem reduzir ainda mais os níveis de emprego. Renda e consumo, em quedas, podem fechar o ciclo do empobrecimento geral.
Politicamente, esses governos recém eleitos podem, pelo radicalismo extremado de suas propostas, produzirem desequilíbrios inconvenientes entre os atores siociais e, com relativa facilidade, levar ao esgarçamento desse tecido.
Os próximos dias serão decisivos e, mais do que inspirar vingança ao eleitorado, os novos líderes europeus deverão serenar os ânimos e reduzir as expectativas em relação a mudanças prometidas.

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