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domingo, 23 de outubro de 2011

O que esperar para essa semana? 2

As expectativas inflacionárias deverão deteriorar-se, com os dados econômicos
dessa semana
A Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de setembro deverá mostrar a criação líquida de postos  de trabalho, embora em ritmo menor àquele apresentado em passado recente.
A taxa de desemprego deverá vir muito próxima aos 6%, sugerindo que o mercado de trabalho continue a atuar como fator de pressão para a alta dos preços. Ainda em relação à inflação, o rendimento médio do trabalho pode trazer ganhos não desprezíveis em setembro, contribuindo para a continuidade da tendência altista nos preços da economia.
Também serão anunciados os resultados do mês de setembro das contas públicas do governo federal. Espera-se por uma evolução dos resultados pior que a do mês anterior. A previdência deve contribuir significativamente para o agravamento das contas do governo. Governantes não se dão conta de que a liquidez decorrente do relaxamento fiscal reforçará o cenário de alta inflação.
Em adição, a semana trará notícias sobre o uso do crédito no país. Estima-se, para setembro, uma nova expansão dos dados referentes ao estoque total créditos. Algo em torno de 2,5%, retroalimentando o consumo e os preços dos bens e serviços.
Finalmente, o governo anunciará suas contas externas. A conta corrente deve registrar déficit de US$ 2,8 bilhões. O aumento das exportações de bens anula, em grande medida, a ampliação do déficit de serviços. O ingresso de investimentos estrangeiros diretos mais que compensará o déficit em transações correntes. Portanto, a liquidez do sistema econômico receberá novos influxos de capitais.
Fica difícil imaginar com esses resultados a serem anunciados nessa semana, onde o Banco Central achou espaço para a redução da Selic. Os dados apontam para a precocidade na adoção do contraciclismo monetário e o retardamento anti-inflacionário no campo fiscal.
Vamos observar o comportamento da inflação, dado que os preços ameaçam a estabilidade conseguida a um gigantesco custo social no peíodo FHC. Priorizar crescimento, nessas circunstâncias, parece muito ousado e reflete uma dose excessiva de irresponsabilidade na condução da economia brasileira.

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