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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Semana curta, com final feliz.

Baixar juros para endividados,
pré-falimentares
O feriado da Independência fez a semana encerrar um dia antes no Brasil. Que semana!
A Europa, enfim, acordou de seu longo período de letargia. O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, anunciou que a instituição lançará programa para compra de bônus soberanos de países endividados. A Alemanha, dessa vez, foi derrotada, dado que as compras se farão sem limites pré-definidos. Envolverão, por outro lado, títulos de curto prazo, com vencimento de até três anos. Tudo será feito no mercado secundário, sob o nome pomposo de Transações Monetárias Completas.

O pacote é claramente voltado aos países sobre-endividados, que precisam ter suas dívidas financiadas a custos inferiores. Países como Espanha, Grécia e Itália pagam juros tão altos para se refinanciarem que deixam dúvidas a respeito de suas recuperações.
A medida impõe a necessidade dos países beneficiados manterem seus compromissos com os programas de ajustes acertados até agora e os submetem suas políticas às supervisões das autoridades europeias.
O excesso de liquidez que esse financiamento poderia provocar, e que também explica a oposição dos alemães, será compensado, segundo Draghi, pela redução dos outros recursos que vinham sendo oferecidos pelo Banco Central Europeu, a esses países.

Duas questões remanescem como preocupações centrais sobre essa decisão. A renúncia à preferência que o BCE teria para receber seus empréstimos em caso de default e a inconformidade da medida com os estatutos da instituição que veda o financiamento indireto aos estados-membros da UE.
A semana teve um final feliz e os mercados fecharam, em todo o mundo, em clima de casamento entre mocinhos e mocinhas, para viverem felizes para sempre.

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