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domingo, 15 de maio de 2011

Europa aparece como uma nova alternativa

Os primeiros sinais emitidos pela Europa.
A economia deu sinais de recuperação na Zona do Euro e na União Europeia. Acelerou para 0,8% no primeiro trimestre de 2011, conforme o anúncio da Eurostat. O fato é realmente muito animador e coincide com a intensificação do ritmo de recuperação dos Estados Unidos. No último trimestre de 2010, a Zona do Euro, segundo a mesma fonte, cresceu 0,3%, enquanto a União Europeia, no mesmo período cresceu seu  PIB a 0,2%. Comparado ao primeiro trimestre de 2010, o crescimento das duas regiões foi de 2,0%.
Nisso há muito a comemorar. A economia europeia emite claros sinais de aceleração, em que pese o imenso problema da dívida soberana de seus países periféricos. A Comissão Europeia começa a entender que o bloco inicia uma sólida recuperação, sobretudo puxado pela Alemanha. Nesse entendimento, também transparece a percepção de disparidade na recuperação entre os países. Alguns recuperam-se em velocidade surpreendente, enquanto outros afundam suas economias em dívidas crescentes e no agravamento de suas recessões. É o custo do saneamento das economias perdulárias.
O Produto Interno Bruto na União Europeia deverá crescer 1,8% esse ano e 1,9% em 2012, segundo a Comissão. 
Na Zona Euro, o crescimento será de 1,6% esse ano, contra os 1,5% anteriormente previstos, e de 1,8%, em 2012.
Como é rotineiro em situações de expansão, a taxa de inflação, sobe rápido. A alta dos preços é atribuída sobretudo às commodities e a previsão da Comissão Europeia é de que a inflação possa atingir os 2,5% em 2001. Entretanto, com a recente queda dos preços das matérias-primas, já se projetam números bem melhores para a inflação.
Em relação ao mercado de trabalho as revisões são menos otimistas. As condições do mercado devem melhorar apenas lentamente. A taxa de desemprego na Zona Euro deverá ficar nos 10% este ano, caindo discretamente para 9,7%, em 2012. Isso é preocupante, uma vez que a demanda agregada tenderia a se mover também lentamente, implicando em dependência ainda muito forte das exportações para a manutenção do ritmo de recuperação.
Sem aumento do nível de emprego e, portanto, sem aumento da renda agregada, a recuperação mostra-se muito vulnerável às condições do mercado internacional, sobretudo em relação ao crescimento da China e da Índia.

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