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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Explicando o que não se explica

Petróleo em queda hoje.
 Em Londres, a cotação do barril do Brent fechou a US$ 121,19, com baixa de 1,03% em relação a ontem. Em Nova York, o contrato com vencimento em junho, ficou cotado a US$ 109,24 o barril, baixa de 1,63%.
Analistas procuram causas nos desempenhos econômicos das grandes potências mundiais. Não acham. No mundo real nada justifica a queda, a não ser o crescimento dos estoques norte-americanos, hoje na casa dos 366 a 367 milhões de barris. Os estoques cresceram cerca de 1% na última semana de abril. O movimento dos preços parece ter origem meramente financeira, obediente aos fluxos especulativos de grandes investidores. Realizações de lucros, talvez.
Não adianta culpar o número de postos de trabalhos no setor privado americano. Já se sabe que o custo da abertura de novas vagas cresceu muito nos últimos momentos. Também já se sabe que os benefícios oferecidos agravaram ainda mais esses custos. Portanto, não há que se esperar por resultados maiores nesse campo. Foram 179.000 novas vagas criadas no mês de abril. É um bom resultado, considerados os custos de abertura dessas vagas. Portanto, não adianta apontar o mercado de trabalho como responsável pela queda do petróleo e nem mesmo os receios com a inflação nos Estados Unidos. Não são fatos suficientemente fortes para isso.
Uma hipótese melhor seria o aumento da taxa de juros de 0,5% na Índia. Ainda assim, o aumento é modesto e faz parte da política também gradualista de combate à inflação das autoridades daquele país. A China fez movimentos monetários semelhantes recentemente e já começa a dar sinais de uma discreta desaceleração. Especuladores atentos a esses movimentos são rápidos para sair de suas posições e isso pode explicar a baixa de hoje, tendo em vista que China e Índia estão entre grandes demandantes do petróleo.
A ser verdade, o petróleo pode acentuar sua queda nos próximos dias.

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