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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Não há razões para tantas incertezas sobre a nova crise internacional.
Ela virá.
O Banco Central Europeu manteve as taxas de juros inalteradas. Comprou títulos da dívida soberana de Portugal e Irlanda, para melhorar as cotações desses papéis,deixando à margem os títulos das dívidas da Itália e da Espanha. Foi o suficiente para que todo mercado entendesse que o BCE não vai empenhar-se em operações de socorro a essas economias. Insenssatez, sem dúvida.
Os Estados Unidos, com a ampliação modesta de seu endividamento, fêz entender-se que apenas retardou seu default. Não afastou definitivamente esse risco. O mercado interpretou essa vacilação como uma medida recessiva e construiu a expectativa de baixo crescimento, acompanhado da redução da já combalida demanda nacional e da ampliação do já alto desemprego. O mundo "veio abaixo" e as bolsas internacionais acusaram o golpe.
A desconfiança é de que uma nova recessão possa atingir os maiores mercados mundiais e propagar-se em escala planetária. Não há o que temer. Ela virá mesmo.
O Brasil "saiu atrás do prejuízo", acelerando medidas de proteção à economia nacional: um conjunto de medidas em relação aos derivativos cambiais e um conjunto de benefícios para ampliação da competitividade da indústria nacional. Foi “bacana”, mas, certamente, não o suficiente.
Precisamos ampliar os cortes na nossa política fiscal. Esse é o novo front de combate à inflação. Por outro lado, o governo central precisa estimular o crescimento para alcançar o superávit nominal. Inflação combatida, câmbio flutuante e superávit nominal são pressuposto pára a conversibilidade plena da meda nacional. O real já é percebido como moeda forte, estável e líquida. Falta-lhe a conversibilidade plena. Isso nos concederia o status de centro financeiro internacional, como deseja o Banco Central do Brasil.
 Os primeiro passos estariam associados às reformas administrativa e do funcionalismo. Reduzir o número de instituições publicas existentes teria esse efeito. Por exemplo, extinguir o Ministério da Pesca. Mas há outros. Evitar as duplicidades, nos exercício de papéis e funções de instituições públicas federais, estaduais e municipais. O estabelecimento de planos de carreira e de remuneração para os servidores públicos remanescentes, após uma redução massiva de seus funcionários. O momento é agora, com a economia próxima ao pleno emprego. A mão de obra liberada pelo governo poderia ser contratada pela iniciativa privada, semmaiores traumas sociais.
Temo que medidas como essas sejam mais uma vez postergadas. Deixar o enxugamento da máquina pública para períodos de recessão imporá custo sociais elevados. Lembro-me de alguém teria ensinado, anos atrás, que “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Que tal, levar essa lição às suas melhores conseqüências?

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