Banner

Translate

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Triple A?

O passado não pode ser esquecido
ao se projetar o futuro
Nos Estados Unidos, os investidores também fizeram jus a sua reputação de Triple A. Deixaram de lado o rebaixamento de suas notas de risco e os limites de endividamento. Fecharam a semana em alta. Na semana acumularam quedas, mas esse é um outro problema. Os mercados nesse país parecem colocar quebras, naufrágios e catástrofe no passado. Tudo é transformado em história muito rapidamente. Basta um discurso do presidente e tudo se refaz.
A lógica é curiosa. A  mera notícia de que os europeus tomarão medidas para restringir as vendas de ações a descoberto lançou os olhos do mercado para o futuro. Pode?
Parece poder. A publicação de alguns números deu fundamentos mais técnicos a essa alta. Com isso, os investidores não foram impactados pela forte queda na confiança do consumidor. As vendas no varejo estiveram em alta de 0,5% em julho, alcançando US$ 390,42 bilhões. Esse resultado foi interpretado como um início de recuperação do consumo naquele país. Convém lembrar que foi só 0,5% e que isso pode ser apenas pontual, pois não existe qualquer série histórica para lhe dar sustentação e transformar todo o resto em passado.
Num corte transversal, entretanto, outras notícias são alvissareiras. Os estoques das empresas cresceram 0,3% em junho, e o faturamento das empresas também. Aumentou 0,4% no mesmo mês. Ainda assim, nada é passado. Ao contrário, tudo desenha um futuro nada parecido com um triple A. Melhor seria encarar a realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário