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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Câmbio

Dólar cai mais de 1,12%, após anúncio
de medidas do Fed
VEículo:: Brasil Econômico Online   -   Data: 04/11/10
Felipe Peroni (fperoni@brasileconomico.com.br)
Com a expectativa de uma enxurrada de dólares, a moeda americana perde valor. O dólar opera com forte queda nesta quinta-feira (4/11), reagindo ao anúncio do Federal Reserve (Fed, banco central americano) a respeito nova rodada de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
Às 13h59, a moeda americana operava com queda de 1,12%, cotada a R$ 1,679 na compra e R$ 1,681 na venda.
Ontem, o comitê responsável pela política monetária americana deliberou pela manutenção da taxa de juros e pela renovação do programa de "afrouxamento quantitativo", que prevê a compra de US$ 600 bilhões em títulos da dívida americana até a metade do ano que vem.
"É uma queda decorrente de expectativas. Os tais US$ 600 bilhões ainda não foram injetados em lugar nenhum", explica Celso Grisi, diretor presidente do Instituto Fractal de pesquisas de mercado.
No entanto, Grisi afirma que a valorização do real deve se confirmar conforme o programa tenha início e parte desses dólares venham ao país em busca de retornos maiores.
"A moeda do Brasil vai sofrer uma valorização, assim como outros emergentes, devido aos fundamentos da economia e à maior capacidade de rentabilizar os investimentos".
IOF
Com a maior oferta de dólares lá fora, perdem força as recentes medidas do governo para conter a entrada da moeda americana, como a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicação de estrangeiros.
"Esses mecanismos de controle ficam menos eficazes à medida em que essa guerra cambial se aprofunda", diz Grisi.
Para o economista, o governo deveria buscar outras soluções de longo prazo.
"Seria necessário fazer uma política industrial, com importação de equipamentos em setores importantes, que devolveria esses dólares e promoveria a modernização".
De acordo com Grisi, outra opção seria a redução da taxa de juros, que exigiria um aperto fiscal nos gastos de custeio e investimento.

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