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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inflação e G-20 preocupam o invesidor

Realizações de lucro pelo mundo revelam a ansiedade dos investidores
O Ibovespa encerrou ontem em queda, em função da realização de lucros provocada pelas incertezas que rondam o desfecho da reunião do G-20. Com isso, o índice fechou aos 71.679 pontos, desvalorizando 1,35%. O volume financeiro não foi mal. Esteve na casa dos R$ 6,81 bilhões, mostrando a liquidez dos papéis transacionados e a existência de compradores dispostos a enfrentar os seus riscos.
O dólar fechou em alta, encerrando cotado a R$ 1,6990 A alta foi de 0,18%. O dólar parece ter ficado tão baixo que está estimulando alguns investidores a fazer posição na moeda norte-americana. Loucura? Talvez não. Depende do G-20. Já há algum nível de apostas, no contrapé do mercado. São os especuladores, respondendo a lista de chamada.
Nos Estados Unidos o S&P perdeu 0,80%. Os principais índices de ações também fecharam em queda. Os mercados europeus estão em valorização. Em Londres, o índice FTSE subiu 0,43%, em Paris, o CAC teve alta de 0,82% e o DAX, de Frankfurt, subiu 0,55%. Na Ásia, os principais mercados fecharam com quedas discretas. Em Xangai, queda de 0,8% e em Hong Kong, recuo de 1%. Em Tóquio, o índice Nikkei teve queda de 0,4%.
O front externo está fraco à espera do G-20. No front interno, o dia ficou monótono com realizações de lucros e, também, na espera do G-20. Enquanto esperamos, é bom pensar que, no Brasil, saem novas medidas da inflação: IPC-Fipe da primeira semana de novembro, IGP-I de outubro, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro e o fluxo cambial brasileiro semanal.
O IPCA do mês de outubro, veio com alta de 0,75%, acima dos 0,67% esperados pelo mercado. Isso preocupa. O índice continua sendo puxado por alimentação e já acumula alta de 5,20% em 2010. O cenário inflacionário é preocupante, já que para manter o IPCA na meta de4,5%, seria necessário que em outubro o mesmo ficasse em 0,35% (sazonalmente ajustado). Além disso, a demanda doméstica continua muito forte, com o mercado de trabalho aquecido e as expectativas de inflação avançando na Pesquisa Focus. Por fim, o avanço dos preços das commodities também deve dificultar a redição da inflação até o fim do ano.
Nos EUA, destaque para os Pedidos de Auxílio Desemprego da semana, a Balança Comercial de setembro .

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