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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Noves fora

Reconciliando, dados de emprego,
consumo e crescimento
Nessa semana, IBGE deverá anunciar o resultado da Pesquisa Mensal de Emprego, referente ao mês de junho. Esse resultado deve inquietar os analistas que esperam ver, nesse indicador, alguma coisa semelhante à “prova dos nove”.
Afinal o país convive com uma retração econômica prolongada, com uma queda no consumo e com um mercado de trabalho que inexplicavelmente mante-se apertado, mostrando uma taxa de desemprego muito baixa, menor que os 6%, tidos como a taxa “neutra” de desemprego.
Ficam mais inquietos, quando constatam a baixa taxa de investimentos na economia. Perguntam-se de onde vieram tantos empregos? Que caminhos conduzirão a reestruturação da economia nacional com juros cada dia menores? O que será das seguradoras e das empresas de previdência? Como trabalharão os planos de saúde com a perda das aplicações de seus floatings? Os bancos médios e pequenos resistirão? A indústria recuperará seu nível de atividade?
Na semana que passou, as notícias econômicas deram conta de que o faturamento dos supermercados havia aumentado. É de se imaginar, portanto, que o varejo já tenha iniciado um novo ciclo de crescimento e, com isso, deverá puxar o aumento no volume de créditos concedidos. Também, deverá crescer o crédito direcionado, depois de tantos estímulos oficiais deve ter aumentado. Isso significaria uma recuperação, ainda que parcial, das cadeias produtivas, pelo menos, em alguma medida. Se isso for verdade, a explicação estará dada e a "prova dos nove" dará como correto o pleno emprego.
A esse propósito, serão divulgados pelo Banco Central, nessa semana, os dados de crédito do mês de junho. Para fazer sentido com o raciocínio anterior, os dados de inadimplência devem apresentar recuo nada desprezível nos créditos de curto e médio prazos (até noventa dias). Os de prazo mais longo parecem ser estruturais e muito associados ao endividamento excessivo das famílias, em momentos anteriores.
Vejam que a lógica econômica não mudou, mas os analistas precisam mudar sua lógica para entender o mundo em mudança.

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