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sábado, 21 de novembro de 2009

Retaliar não é vingança

EUA força a retaliação
Retaliar a partir de autorizações obtidas junto a OMC tem cara de vingança. Não é o caso brasileiro no affaire algodão. Contra o Canadá, não retaliamos. Também não fomos retaliados, pelos subsídios financeiros na venda de aviões da Embraer. É sempre antipático junto a comunidade internacional. Para evitar essa atitude, o outro lado tem que ajudar.
O EUA não retiraram os subsídios ao algodão e êles sabem que a área agrícola é muito sensível ao Brasil, tanto que, desde muito tempo, transformamos isso  na questão central das rodadas de negociações internacionais. O EUA não crêem que tenhamos coragem para efetivar medidas retaliatórias. Por isso , continuam quietos, apenas com declarações muito concisas e genérica cá e acolá.
O governo brasileiro ameaça com uma lista de produtos e com a retaliação cruzada, incluindo os pagamentos de royalties, ligados  a propriedade intelectual. A intenção brasileira é pegar a veia da discussão. Royalties é a área mais sensível, para os americanos,  nas discussões multilaterais de comérico. Atingiremos o epicentro: patentes, marcas e copyright.
Tem cara de vingança, mas não é.Na linguagem diplomática, é apenas um recado. Os EUA ainda têm tempo para recuar, evitando os embaraços  dessa situação. Não é do feitio deles. Eles tentarão impor sua vontade. Pode haver colisões e rompimentos futuros. O risco da escalada está presente, mas já é bem hora de mandar esse recado.

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