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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Regras devem ser seguidas por todos. Até na economia

O que realmente está em jogo na crise européia
O euro passa por seu primeiro grande teste. O euro ou a União Européia?
Nas coxias o que se discute é a viabilidade da união monetária entre países com economias tão heterogêneas. A moeda única é possível, em países cujas estruturas econômicas divergem tanto? Tradicionalmente as regras da União Européia fixam em 3%, dos PIB’s nacionais, o limite máximo, para o déficit público. Não faz tanto tempo assim que Bruxelas, assustada com os déficits das três maiores economias (Alemanha, França e Itália), impôs a essas três nações a redução de suas despesas governamentais. De novo, o problema se coloca, pois desrespeitar esse limite tem sido um, hábito entre as maiores economias da região.
Nesse instante, a Alemanha já alcançou um déficit na ordem de 6,5%, a França de 8,2%, a Espanha de 12,2%, a Grécia de 12,4%, a Irlanda de 12,2%. Apenas para referência, o Brasil apresenta déficit publico na casa de 3,2%. Estados Unidos e Japão, outras duas áreas de preocupação no mundo, ostentam déficits de 13,6% e 10,5%. Em tese todos esses países semeiam inseguranças, mas a diferença está no fato de que as economias maiores e mais desenvolvidas inspiram a todos a credibilidade em sua recuperação e na sua solvência. As mais fracas dependerão da aceitação de seus programas de ajuste das contas públicas. Evidentemente esses programas pressupuseram cortes bastante arrojados, mas os mercados ainda se perguntam se apenas isso poderia salvar essas economias menores, ou se haveria necessidade de socorro adicional. Mais, quem garantirá o cumprimento das novas metas orçamentárias? Esperam, portanto, pela decisiva presença da União Européia.
Bem, socorrer as economias perdulárias não seria difícil à União Européia, nem supervisionar seus programas de recuperação. Difícil é explicar para os contribuintes europeus que o imposto recolhido estará aplicado nas mazelas e nos desmandos de vizinhos inconseqüentes.
A União Européia agora terá que decidir sobre o socorro a ser fornecido aos seus membros perdulários ou assistirá o desmanche da moeda única. Que fique como mensagem aos grandes: não se pode dar exemplos de descumprimento das metas fixadas, por que isso incentiva e justifica os descontroles de todos. Os dados históricos das três maiores economias recorrentemente negaram os limites autodeterminados. Olhem no que deu.

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