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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Por qué no te callas?

Informação tem dono, agora?
O Google diz que o Bing apropria-se dos seus resultados de busca. A Microsoft responde firme e chama o Google de fraudador.
A ferramenta da Microsoft estaria propositadamente copiando os resultados das páginas do Google e publicando essas informações sem alteração alguma. O Google responde, afirmando ter feito um conjunto de testes que comprovam a apropriação de suas informações.
Há uma preliminar a ser discutida nisso tudo. De quem são essas informações buscadas e publicadas como resultado? Do Google? Ou foram produzidas e criadas por alguém, que não o Google? Esse alguém teria recebido seus direitos intelectuais? Se não, lembra-me Ali Babá e os 40 Ladrões: “ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão”.
Francamente, nunca gostei da possibilidade de perdoar o roubo, ainda que tenha sido cometido sobre outro ladrão. Abre exceção ao bandido. Essa discussão abriria questões sobre a licitude dos atos praticados.
Segundo o Google, o primeiro teste foi feito por meio de uma busca a um termo médico, escrito de forma errada. Seu próprio site teria corrigido a grafia, exibindo os resultados referentes à busca. No Bing, a palavra não corrigida, exibiu os mesmíssimos resultados na pesquisa.
A ser verdade, o indício começa a ganhar forma de fato.
O Google, então, recorreu àquilo que se chama, na gíria dos internautas, de palavras sintéticas. Criou o termo “hibbprqag” que, além de ser desprovido de significado, teria, segundo os especialistas do Google, probabilidade reduzidíssima de ser digitada por alguém. Não é que depois de algum tempo começam a aparecer no Bing resultados para as pesquisa sobre o neologismo digital “plantado” no mundo virtual.
A Microsoft reagiu com vemência. Inicialmente, afirmou que os resultados do testes da Google foram confirmados. Os testes definiram que as ferramentas de opt-in (aquelas mensagens comerciais enviadas apenas para os usuários que deram consentimento), têm enviado informações relacionadas aos resultados de busca dos serviços do Google à Microsoft. E acrescentou que tudo não passaria de truques utilizados pelo Google para desqualificar sua ferramenta de busca.
Duro saber onde está a verdade. As acusações vão dar “pano pra manga”. Mas, por que um site pode publicar resultados de qualquer pessoa sem consentimento ou remuneração? Se pode, por que um site de busca não poderia publicar resultados de outro? Precisaria de consentimento? Ou apenas de remuneração?

Nessa história parece não haver inocentes. Só culpados.
Melhor que ambos parem de falar sobre o assunto. Como diria o Rei de Espanha: "Por qué no te callas?"

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