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terça-feira, 5 de julho de 2011

Olhando para trás


Com o feriado nos Estados Unidos, o mundo olhou para trás
Os feriados norte-americanos deixam o mundo desprovido dos referenciais necessário à tomada de decisões. Todos levam em consideração o dia anterior naquele país e centram-se na busca por sinais laterais, na Ásia e na Europa.
Com a concordância dos ministros da União Europeia em liberar à Grécia mais uma parcela de 12 bilhões de euros, tão logo o FMI corrobore sua participação no pacote de ajuda financeira, os mercados europeus começaram a ajustar-se à uma nova realidade, ainda não entendida completamente.
O desembolso dessa parcela deverá ocorrer até o dia 15 desse mês, preservando, temporariamente, o devedor de seu quase inevitável default. Aquilo que a Standard&Poor’s batizou simpaticamente pelo cognome de “default seletivo”.
Outro plano de resgate precisará ser negociado até setembro e sua aprovação estará muito ligada ao cumprimento das exigências feitas para liberação da parcela do dia 15: a implementação das medidas de cortes de gastos, aumentos de impostos e o aguardado início do processo de privatização.
Só isso daria razões para unir os líderes europeus em torno da crise grega. A bola está com os gregos, outra vez. A lição de casa precisa ser levada a sério.
Na Ásia o mercado abre antes, dado que se obriga a acompanhar o caminho do sol. Portanto, os asiáticos, mais do que nós ocidentais, estão empenhados nas previsões de curtíssimo prazo. Interpretaram muito positivamente os dados da atividade industrial dos EUA. De igual maneira, entenderam as notícias sobre a dívida grega.
Internamente, o Banco Central chinês mandou o recado e não é preciso saber ler. Avisou que as pressões inflacionárias continuam fortes e que a economia está crescendo consistentemente e em velocidade superior àquela que o PBOC deseja. Não são meias palavras. São palavras inteiras.
O Banco Central da China vai dar maior extensão ao atual ciclo de aperto monetário. O objetivo será o de manter a estabilidade básica do yuan em “um nível razoável e equilibrado”. Só não explicou o que é esse nível razoável e equilibrado.
Adoniran Barbosa diria: "segura João".

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