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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eurobônus, uma solução?

Resta saber se haverá acordo
político para a emissão
de eurobônus
Embora a discordância alemã, a Comissão Europeia está desenvolvendo estudos para a criação do novo título. Na verdade, a crise das dívidas no Velho Continente não deixa muitas alternativas e exigem a busca de novas fontes de recursos, a custos compatíveis  com a capacidade de pagamento dos países-membros. Dois grupos foram criados dentro da divisão de Assuntos Econômicos e  Monetários para avaliar os efeitos desses títulos sobre as obrigações fiscais a serem assumidas de maneira adicional pelos países. As maiores dificuldades de implantar essa solução estão associadas aos limites da soberania fiscal, uma vez que a garantia comum exigida pelo  papel não poderia responsabilizar cada Estado-membro na proporção de sua dívida.
Com os eurobônus pretende-se estabelecer um sistema de dívida pública comum que expresse a solidariedade da zona euro, igualando os custos de financiamento para maior parte das emissões nos vários países que compõem a região. A  Alemanha é contra e dá para entender suas razões.
Desde final de 2009, os custos de financiamento da dívida,  que até aquele momento haviam permanecido  iguais, começaram a disparar em países  onde os  investidores reconheciam uma probabilidade maior de calote. A análise dos custos pagos atualmente deixa claras as dificuldades que a proposta dos eurobônus  vai enfrentar: a  Grécia paga juros hoje maiores de 18% pelos seus bônus de 10 anos, enquanto a Espanha e a Itália pagam mais de 6%. A Alemanha, apenas 2%, já que conseguiu reduzir os custos de seu financiamento.
Lá, como aqui, socializar prejuízos e dívidas, é sempre visto como primeira solução. Fica fácil para o perdulário e injusto com quem constrói poupanças.

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