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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Justiça do Trabalho deixará?

Pesquisa aponta para terceirização
de processos financeiros
Uma interessante pesquisa levada a cabo pela Câmara Americana do Comércio – Ancham mostra uma tendência à terceirização de processos financeiros entre 34 executivos ouvidos. Os executivos que participaram da pesquisa são administradores financeiros e diretores dessa área que participam do comitê de finanças da própria Ancham.
Sem entrar no mérito dos aspectos metodológicos do trabalho e sempre admitindo o estudo como exploratório, as conclusões surpreendem e apontam para um novo mercado nascente na área dos serviços financeiros e de tecnologia de informações.
Veja os resultados:
1)  22 entrevistados identificam um crescimento desse movimento nos últimos anos que permanece crescente nesse ano.
2)  8 acreditam, que nos próximos três anos essa tendência será ainda mais forte
3)  Os entrevistados identificam os principais benefícios para as empresas e que serão os motivadores para a adoção dos procedimentos de outsourcing: melhoria de processos e ganhos de competitividade. Possibilita que as empresas tenham foco em seu core business (59%), reduza seus custos (21%) e e consiga apoio especializado para enfrentar a complexidade fiscal e contábil (12%).
As principais áreas a serem terceirizadas são:
a)  impostos e obrigações fiscais (44%)
b)  tesouraria, contas a receber e folha de pagamento (38%)
c)   demonstrativos contábeis e relatórios gerenciais (26%).
A pesquisa também buscou pelos obstáculos e rejeições à terceirização das atividades financeiras:
a)  compartilhar dados (52%)
b)  perder o controle da atividade (26%)
c)   depender de fornecedores (21%)
d)  não ser sensível aos benefícios na terceirização (15%).
Terceirizar a funcão financeira será sempre complicado em razão dos eventuais conflitos de interesse que poderão surgir. Ademais, faz recrudescer os problemas entre capital e controle. Mas, mais do que tudo, a Justiça do Trabalho, no Brasil, não vai querer concordar. Costumeiramente retrógada e paternalista, em princípio, ela é contra qualquer forma de terceirização. Só aos poucos vai “engolindo” a realidade. E só engole por que a realidade tem o hábito de se impor a todos nós.

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