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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Recrudescimento dos preços versus desaceleração econômica

IPCA-15 em alta modesta de 0,46%
 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15, denominado pela sigla IPCA-15, aponta alta de 0,46%, no mês de novembro. Em outubro, a variação tinha sido de 0,42%.
O aumento foi muito leve, mas já mostra que o final de ano sempre faz os preços crescerem.
De janeiro a outubro desse ano, o IPCA-15 está em 5,96%, mas o acumulado dos últimos doze meses registra que o índice está acima do limite superior do centro da meta: 6,69%.
Os preços dos alimentos variaram de 0,52%, em outubro, para 0,77%, em novembro. A entre safra explica o fenômeno inflacionário na alimentação.
Os artigos de vestuário subiram 0,87%, enquanto as despesas pessoais tiveram alta de 0,82% em novembro. No grupo Comunicação, merecem atenção os serviços de telefonia celular, que apresentou variação de 1,83%.
Essas altas atingem, sobretudo, a classe média e a população de menor renda. Por outro lado, essas classes foram poupadas em relação a itens muito representativos de suas despesas: transporte subiu apenas 0,02% e habitação teve alta de 0,40%.
Fica a impressão de que a desaceleração econômica deu jeito na inflação. E ficam a dúvidas em relação à política a ser praticada para a taxa básica do juro no país. Alguns, como eu, acham que a Selic deve cair mais devagar, postergando a redução de 0,5% para o ano que vem. Outros acham que a ameaça de um eventual recrudescimento da inflação está afastada e que urge reduzir o juro para evitar o aprofundamento da desaceleração econômica. Há ainda os radicais. Sugerem uma redução da Selic de 1,0%, argumentando sobre a necessidade do uso desse instrumento de forma mais decisiva, para evitar uma recessão que estaria se avizinhando de nossa economia. São os contracíclicos radicais.
Como se vê, "tem para todos". Não faltam divergências para sustentar críticas contundentes à posição que o COPOM vier a tomar no próximo dia 30. Seja qual for.

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