Banner

Translate

domingo, 31 de julho de 2011

Aquisição de patentes em massa já é estratégia

Estratégia de aquisição de patentes em massa
Uma nova vertente de crescimento entre os gigantes da TI desponta como elemento generalizado para a manutenção da competitividade empresarial.
Google cresce pela compra mais de mil patentes da IBM.
Trata-se de uma nova estratégia dos gigantes. O Google anunciou haver adquirido mais de mil patentes da IBM, envolvendo arquiteturas de servidores e roteadores, arquitetura de memória e mecanismos de otimização de busca, etc, etc, etc.Relevância aos negócios é o novo critério para essas aquisições. Os objetivos dessa estratégia são o de aumentar o portfólio de inventos, abrir novos mercados e conceder escala econômica à operação. No segmento de tecnologia sem fio, o Google, havia comprado as patentes wireless da Nortel. Nesse caso, a estratégia era apenas defensiva, uma vez que, há pouco tempo atrás, o Google havia sido acusado em múltiplos processos por quebra de patentes.
Essas aquisições se generalizaram a ponto de já caracterizar uma vantagem competitiva indispensável à competitividade das organizações desse segmento. Recentemente, O Google havia perdido a disputa na compra de 6 mil patentes da Nortel para um consórcio formado por Apple, Microsoft, RIM, Sony, Ericsson e EMC.
O consórcio venceu o leilão com lance US$ 4,5 bilhões, contra uma oferta inicial do Google no valor de US$ 900 milhões.
Nessa área, o Brasil tem potencial de crescimento e nossa política industrial, verdade seja dita, tem tentado contemplar as inovações e disponibilizado recursos de financiamentos ao empresário nacional.

É-commerce terá via deduas mãos

Reciprocidade no e-commerce internacional
Estrangeiros foram autorizados a comprar produtos nacionais, pela internet, desde que utilizem para isso as empresas que fazem e recebem pagamentos online. Essas empresas mantêm convênios com todos os cartões de crédito e facilitam o pagamento entre compradores e vendedores, muitas vezes assumindo riscos e oferecendo segurança à operação. No Brasil são bons exemplos dessas empresas a PayPal e a PagSeguro da UOL.
Todas as operações são protegidas por um seguro e monitoradas por uma equipe antifraude. No Brasil, o presidente da operação da PayPal, Mário Mello, garante que os dados dos clientes são codificados e jamais abertos para terceiros.
A autorização do Conselho Monetário Nacional para venda de produtos brasileiros via internet a estrangeiros, por meio de empresas especializadas em de pagamentos, atinge as vendas realizadas por cartão de crédito.
A autorização corresponde, sem dúvida, a um estímulo a exportação de produtos brasileiros e estabelece condições de reciprocidade no e-commerce, onde até o momento, esse tipo de compra só era autorizado no sentido contrário, quando brasileiros faziam compras no exterior via internet. Eliminada a assimetria, ficam beneficiados os importadores nacionais e, sobretudo, a pequena e média empresa brasileira, a quem a autorização cria grande acessibilidade aos mercados de vendas online ao mercado de câmbio sistemas.
É o país se modernizando.

Endividamento norte-americano e seus reflexos no Brasil

Como a crise da dívida dos EUA
pode afetar o seu bolso?
Notícias
Veículo: Portal Infomoney
Data: 29 de julho de 2011 • 18h12
Jornalista: Diego Lazzaris Borges
SÃO PAULO – O risco de calote dos Estados Unidos tem deixado muitos analistas financeiros ao redor do globo preocupados. Aqui no Brasil, a intranquilidade também é grande, já que o não pagamento da dívida norte-americana pode afetar a economia nacional e, consequentemente, o seu bolso.
De acordo com o diretor presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso Grisi, diferente da crise fiscal europeia, o Brasil pode ser duramente afetado em caso de default nos Estados Unidos. Isto porque, grande parte das reservas internacionais brasileiras estão aplicadas em títulos do governo norte-americano.
“As nossas posições ativas em moedas europeias e em dívidas soberanas de países do euro eram praticamente nulas. Por isso, não se esperava um impacto negativo no sistema financeiro brasileiro a partir de uma crise europeia”, afirma.
Já com os Estados Unidos, o quadro é bem diferente. “Se acontecer um default, o Brasil perde condições de resistência à crise internacional. A nossa redução de vulnerabilidade foi alcançada por meio da construção de uma reserva de mais de US$ 300 bilhões e que está muito posicionada nestes papéis norte-americanos”, afirma o economista.
Risco de inflação e desemprego
Com um calote nos Estados Unidos, o economista ressalta que poderá haver uma alta nos preços das commodities e, consequentemente, um avanço da inflação. “Commodities industriais, metálicas e não metálicas, agrícolas, todas podem subir de preço. Vamos ter repercussão no ouro, na prata, platina, cobre e zinco. Tudo isto acaba trazendo uma pressão inflacionária de grandes proporções na economia brasileira” afirma Grisi.
Os preços mais caros também podem fazer com que a economia cresça menos e a oferta de emprego seja menor. “Com menos emprego, os ganhos reais de renda que vinham acontecendo nestes últimos anos tendem a ter uma redução considerável”, acredita.
Como consequência, o Governo poderá ter de adotar novamente políticas de aperto monetário para tentar controlar o avanço dos preços e subir as taxas de juros, ocasionando o encarecimento do crédito e provocando maior inadimplência. “Teremos uma redução no ganho real, redução do consumo e agravamento da inadimplência”, acredita o professor.
Redução das exportações
O professor de relações internacionais do Ibmec, Creomar de Souza, ressalta que um calote da dívida dos Estados Unidos também poderia prejudicar as empresas que exportam para aquele país.
“Uma moratória do governo norteamericano pode fazer com que a importação de produtos para aquele país seja reduzida. Essa retração pode afetar o faturamento das empresas exportadoras aqui no Brasil e inclusive gerar desemprego”, afirma.
Investimentos
Para a professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), Myrian Lund, uma pressão inflacionária por conta da crise é pouco provável. Segundo ela, o brasileiro pode ser mais afetado em relação aos investimentos, especialmente em renda variável.
“A bolsa não depende apenas do desempenho das empresas, mas também de toda a conjuntura internacional. Este problema nos Estados Unidos gera incertezas muito fortes e, nestes momentos, há uma tendência dos investidores procurarem por investimentos mais seguros, o que pode fazer com que a bolsa caia ainda mais”, afirma.
Já em relação aos investimentos de renda fixa, ela não acredita que haja nenhum tipo de alteração. “Tanto os títulos do Governo brasileiro (Tesouro Direto) quanto os fundos de renda fixa continuam sendo boas aplicações neste momento”, afirma Myrian.
Entenda a crise
O Congresso norte-americano tem até a próxima terça-feira (2) para ampliar o limite da dívida pública do País, que já chegou ao teto máximo (US$ 14,3 trilhões). Se este aumento não for aprovado, o país pode ficar sem dinheiro para pagar as suas dívidas e daí o risco do calote.
O maior problema é que o congresso está dividido. Os republicanos (partido de oposição ao governo), que são maioria na Câmara dos Representantes (conhecida como Câmara Baixa), rejeitam a proposta dos democratas de aumentar os impostos para os mais ricos como forma de obter recursos.
“Os republicanos querem fazer o acerto através de cortes em programas sociais”, explica Celso Grisi.
O que são os títulos da dívida?
Para conseguir recursos e financiar as atividades do governo federal, o Tesouro dos Estados Unidos emite títulos públicos (conhecidos como Treasuries) no mercado financeiro. Ou seja, a venda destes papéis funciona como um empréstimo para o Governo norte-americano e os “credores” ou investidores são remunerados com o pagamento de juros.
“Os principais interessados nestes títulos são outros governos e grandes investidores”, afirma o professor do Ibmec.
Ele lembra que estes títulos sempre foram considerados os mais seguros do mundo. “Pelo menos até o dia 2 de agosto, eles continuam assim ”, afirma Souza.

Já se pensa no Natal

Dólar baixo, Natal em alta
Veículo: Jornal da Tarde  -  Data:
Jornalista: Lígia Tuon

sábado, 30 de julho de 2011

FEA USP programando o segundo semeste

Vai começar o Segundo Semesre
De 1 a 6 de agosto de 2011



02.08
Terça
SEMINÁRIO - RELAÇÕES INTERNACIONAIS E MULTIDISCIPLINARIDADE
Das 16h às 19h, sala da Congregação, FEA-1
Palestrantes: Profs. Drs. Michelle Sanchez Ratton (FGV), Adriana Schor (IRI) e Letícia Pinheiro (PUC-RJ)
Debatedores: Profs. Drs. Cristiane Lucena e Yi Shin Tang
Responsável: Profª. Drª. Mary Anne Junqueira (Dep. História da USP)
Realização: IRI-USP
Programação no site: www.iri.usp.br - Inf.: 3091-1898
04.08 Quinta

SÉRIE DE ENCONTROS: OBSERVATÓRIO DE CONTRATOS; RELAÇÕES AGROINDUSTRIAIS NA CITRICULTURA
Das 11h às 13h, sala da Congregação, FEA-1
Palestrante: Flavio de Carvalho Pinto Viegas (Presidente da ASSOCITRUS)
Responsável: Prof. Dr. Decio Zylbersztajn
Realização: PENSA
Inf.: 3818-4005
Evento gratuito. É necessário confirmar presença por e-mail
nices@fia.com.br  -  www.pensa.org.br
SEMINÁRIO - ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO INTERNACIONALISTA
Das 16h às 19h, sala da Congregação, FEA-1
Palestrantes: Ana Carolina Pekny (GRAACC), Tainá Guimarães Alvarenga (Ministério das Relações Exteriores), Nadim Gannoun (doutorando IRI), Giuliano Savioli Deliberador (DAEE) e Igor Gurgel (DSM)
Responsável: Profª. Drª. Janina Onuki
Realização: IRI-USP
Inf.: 3091-1898  -  www.iri.usp.br

Defesas de Teses
Administração
MARCIO ANTONIO HIROSE
Doutorado
O relacionamento colaborativo na cadeia de suprimentos: experiência vivencial com o uso simultâneo de dois simuladores no jogo de empresas.
Dia 4 de agosto, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Gozzi
Comissão: Profs. Drs. Antonio Carlos Aidar Sauaia, Marilson Alves Gonçalves, José Roberto Montes Heloani e Nivaldo Elias Pilão
Agende-se
AGOSTO
CONCURSO LIVRE-DOCÊNCIA DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
Área: Microeconomia - Edital 39/2010
De 10 a 12 de agosto. Início dia 10, às 9h, sala A13, FEA-1
Candidato: Prof. Dr. Daniel Monte
Comissão: Profs. Drs. Marilda Antonia de Oliveira Sotomayor, Naércio Aquino Menezes Filho, Mauricio Soares Bugarin, Humberto Luiz Ataíde Moreira e Braz Ministério de Camargo
Responsável: Valéria Lourenção
Realização: ATAc-FEA
Inf.: 3091-5801, com Janete Miranda  -  miranete@usp.br
SEMINÁRIO: TEORIA DOS JOGOS E HUMANIDADES
Dia 16 de agosto, das 17h às 19h, sala da Congregação, FEA-1
Palestrante: Prof. Dr. Steven Brams (New York University)
Responsável: Profª. Drª. Cristiane Lucena
Realização: IRI-USP
Inf.: 3091-1898  -  www.iri.usp.br
XCII DISCUSSÕES METODOLÓGICAS
Fórum para apresentação e discussão das primeiras idéias: anteprojetos, projetos e pesquisas em andamento para elaboração de teses, dissertações e artigos
Dia 23 de agosto, das 14h às 17h, FEA-3 (indicação da sala no dia do evento)
Responsável: Prof. Dr. Gilberto de Andrade Martins
Realização: EAC-FEA/USP
Não há necessidade de inscrição prévia
Inscreva seu projeto no site: http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/
Outras informações por e-mail:  martins@usp.br
CONCERTOS ECA-FEA
Dia 31 de agosto, das 12h30 às 13h30, Auditório, FEA-5
Responsáveis: Profs. Drs. Edson Luiz Riccio, Michael Alpert e Amilcar Zani Netto
Realização: CCInt-FEA e ECA-USP
Inf.: 3091-6075  -  elriccio@usp.br
SETEMBRO
66° REUNIÃO DA REDE FEAUSP DE GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA
Tema: Geração Y, Questões Intergeracionais e QVT

Dia 16 de setembro, das 11h30 às 13h30, sala Ruy Leme, FEA-1
Responsável: Profª. Drª. Ana Cristina Limongi-França
Realização: GQVT FEA-USP
Inf.: 3091-5908
Inscrições por e-mail  climongi@usp.br
SEMANA DE ARTE NA FEA
Para alunos, professores e funcionários

Contextos temáticos para cada dia: Arte Brasileira, Arte Urbana e Anos 60
De 19 a 23 de setembro, no saguão do prédio FEA-1
Responsáveis: Profª. Drª. Marina Mitiyo Yamamoto e Marco Bonazzoli
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEAUSP e CAVC
Inf.: por e-mail:  semanaartefea@gmail.com
CONFERÊNCIA - DESAFIOS DA GLOBALIDADE
Ciências Políticas, Economia, Direito e Relações Internacionais

Dia 26 de setembro, às 19h, salão Nobre da Faculdade de Direito da USP
Palestrante: Prof. Dr. Celso Lafer
Dia 7, 19 e 26/10, às 17h, Auditório, FEA-5
Palestrantes: Profs. Drs. Adam Przeworski, Jacques Marcovitch e Otaviano Canuto dos Santos Filho Responsável: Prof. Dr. Nicolau Reinhard
Realização: FEA, FD, IRI, Dep. de Ciência Política da FFLCH
Programação completa e inscrições:
http://www.inovacao.usp.br/uspconferencias/globalidade/
OUTUBRO
XIV SEMEAD - Ensino e Pesquisa em Administração
Dias 13 e 14 de outubro, na FEAUSP
Responsáveis: Profs. Drs. Lindolfo Galvão de Albuquerque e Martinho Isnard Ribeiro de Almeida
Realização: Programa de Pós-graduação em Administração FEAUSP
Inf.: 3091-5805   -  semead@edu.usp.br
Informe-se
LANÇAMENTO DO LIVRO: TRABALHO PARA EX-INFRATORES
Dia 3 de agosto, às 19h30, na loja Saraiva do Shopping Higienópolis
Responsável: Prof. Dr. José Pastore
Realização: Ed. Saraiva
Inf.: 3662- 3060
V FEIRA DE PROFISSÕES DA USP: CAMPUS CAPITAL
Para alunos do Ensino Médio conhecerem os cursos da USP

De 4 a 6 de agosto, das 9h às 17h, no CEPEUSP
Evento gratuito
Realização: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária
Insc.: no site  -  www.usp.br/prc  -  Inf.: 3091-3513/3511
uspprofi@usp.br
LANÇAMENTO DA EXPOSIÇÃO E INAUGURAÇÃO DA CASA DA CULTURA CARLOS E DIVA PINHO
Exposição: Universo II:  uma visão poética, das telas da professora Emérita da FEAUSP
Dia 15 de agosto, às 19h30, na Casa da Cultura (Rua Almirante Pereira Guimarães, 314 -  Pacaembu)
Responsável: Profª. Drª. Diva Benevides Pinho
Realização: FUNCADI e Casa da Cultura Carlos e Diva Pinho
Confirmar presença por e-mail:  medeirosbrum@funcadi.com.br
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PRÊMIO IBGC ITAÚ
Academia e imprensa
Para autores de artigos que tratem do tema Governança Corporativa
Até 15 de agosto
Realização: IBGC e Itaú
Inscrições (gratuitas) e submissões de trabalho:  www.ibgc.org.br/premio.aspx
Inf.: 3043-6002  -  premio@ibgc.org.br
7TH ILERA REGIONAL CONGRESS OF THE AMERICAS
5TH BRAZILIAN CONFERENCE OF LABOR AND EMPLOYMENT RELATIONS

Work in the Americas: Challenges and Opportunities
Dias 22 e 25 de agosto, na FECOMERCIO
Responsável: Profª. Drª. Luciana Yeung
Realização: IBRET e ILERA  -  Inf.: www.irca2011.com.br
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA
Cidades Sustentáveis

Até 31 de agosto
Realização: CNPQ, Fundação Roberto Marinho, Gerdau e GE
Inf.: (61) 3211-9410/9409/4575
premios@cnpq.br  -  www.jovemcientista.cnpq.br
SUBMISSÕES ABERTAS PARA A REVISTA PERSPECTIVAS EM GESTÃO & CONHECIMENTO PG&C
Responsáveis: Jorge de Oliveira Gomes e Luciana Ferreira da Costa
Realização: Universidade Federal da Paraíba
Acesse o site e colabore com a revista

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Uma lição política

União é a palavra de ordem
Em meio às discussões sobre o endividamento norte-americano, os ministros das finanças dos dois principais países da Zona do Euro publicam, no Financial Times, artigo afirmando que “o nosso plano vai salvar a Grécia e proteger a Europa". Assumem diante dos leitores o compromisso de defender o euro e de superar qualquer problema que venha a ocorrer.
O recado é claro. A Zona do Euro não está em liquidação. Vai recuperar-se e crescer. Nenhum país será deixado à margem do pensamento unificador.
François Baroin, à esquerda) e Wolfgang Schauble, abaixo, defendem no artigo o plano da União Europeia para estancar a crise do euro. Descrevem suas ações capazes de impedir a quebra da economia da Grécia e para resguardar a saúde das finanças da Europa.
Entendem que as medidas tomadas na última reunião europeia permitem à Grécia encontrar caminho para atingir níveis sustentáveis de crescimento e endividamento. “A Grécia pode tornar sua dívida sustentável no longo prazo se conseguir produzir algum crescimento econômico e reduzir o custo de sua dívida soberana”.
O compromisso e o apoio dos ministros da Rança e da Alemanha contrasta com as atitudes políticas dos Estados Unidos diante de problema similar. Ao destacar a participação do sistema privado na ajuda à Grécia, o artigo aponta que, os bancos privados vão “assumir perdas de 21% no plano e que comprometeram-se a estender os vencimentos das obrigações por 30 anos”, fornecendo tempo à Grécia para implantar as reformas e retomar um sólido crescimento econômico.
Apesar destas medidas, os ministros reconhecem que sozinhas “não serão suficientes para dissipar os riscos de contágio” e que serão necessárias outras decisões, como permitir que aos fundos da União Europeia -FEEF e MEEF- o direito de comprar dívidas soberanas. Tudo é discutido no grande colegiado europeu e decidido para a preservação institucional da unificação.
Também prometem analisar o papel das agências de “rating”, começando pelas questões de transparência, fiscalização e acabar com o número limitado de players no mercado. É de se lembrar que essas poucas agências atribuíram o "triple A" às dívidas empacotadas e distribuídas globalmente, e que acabaram revelando-se os maiores “micos” da história das finanças contemporâneas. Ganharam, e muito bem,  para isso. Voltaram à cena depois da catástrofe de 2008 com a justificativa de que suas notas são apenas opiniões sobre os fatos que analisam. Nenhuma agência foi fechada e ninguém foi preso até agora.
Baroin e Schauble prometem “não colocar em perigo a integração econômica e política da Europa, que é a base na nossa prosperidade”. Isto porque o “euro vale todos os esforços, na medida em que um euro estável melhora a economia bem como as perspectivas políticas como um todo”. Pode-se depreender que os ministros afastaram a hipótese de qualquer eventual Guerra da Secessão na região.
O artigo deixa um alerta final: “restaurar a confiança na zona euro vai requerer paciência, perseverança e visão. Nosso caminho é difícil, mas os riscos associados às alternativas seriam muito piores”.
Francamente, a reação norte-americana a sua própria dívida evidencia as razões de sua decadência.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Livros a mãos cheias

IEB USP lança livros
Recomendo fortemente

Brasil continua firme

Mantega manda recado, com disposição.
O país cresce.
O Índice de Preços ao Consumidor- FIPE apresentou variação de 0,26% na terceira quadrissemana de julho, Na quadrissemana anterior o índice havia crescido 0,27%. No mesmo período de junho, o índice apontou deflação de 0,05%. O dado, que mede a inflação na cidade de São Paulo, veio dentro das estimativas.
Nessa terceira prévia, os fatores de alta estiveram associados aos grupos de  transportes (0,26%), saúde (0,51%) e habitação (0,32%). Os fatores que ajudaram no combate à alta dos preços estão claramente atribuídos a itens como despesas pessoais (redução para 0,61%), Alimentação (queda para 0,11%), Vestuário (retração para -0,60%) e Educação (redução 0,15%).
O indicador não surpreendeu. Comportou-se dentro do previsto.
O estoque de crédito no sistema financeiro nacional, quando comparado ao mês anterior, cresceu 1,6% no mês de  junho, atingindo a marca de  R$ 1,834 trilhão emprestados. A informação está no relatório de Política Monetária e Operações de crédito, publicada no site do Banco Central: http://www.bcb.gov.br/
Agora a razão crédito/PIB, que no mês de maio era 46,9%, cresceu mais um pouco atingindo 47,2% no mês de junho. Nesses primeiros sei meses de 2011, o estoque de crédito em mãos do público expandiu-se em 7,5%. Considerados os últimos 12 meses, o crescimento foi de 20%. Essa expansão parece exagerada e sugere novas medidas.
A inadimplência estabilizou-se em junho, se  comparada a maio. Ficou em 6,4%, para pessoas físicas. Para as pessoas jurídicas, em 3,8%. O atraso de 15 a 90 dias também ficou inalterado em 6,3%. Isso sugere que o consumidor tem ainda renda disponível em quantidade suficiente para pressionar os preços. O Banco Central, por isso, pode fazer novos aumentos da Selic.
O relatório aponta aumento, em relação a maio, de 3,8% no financiamento habitacional e redução do ritmo do financiamento de veículos para pessoas físicas.
Em junho, R$ 167,5 bilhões foram emprestados para compra da casa própria. O financiamento de veículos foi de R$ 158,1 bilhões – acumulando 12,6% de crescimento até junho. Essa expansão é inferior à do primeiro semestre do ano passado (18,2%) e inferior ainda à do segundo semestre de 2010 (26,2%).
O governo enfim calçou as chuteiras e entrou em campo para jogar contra os especuladores nacionais e internacionais. Entrou com um respeitável aumento IOF nas operações no mercado futuro. O dólar subiu forte, fechando R$ 1,5590. A alta foi de 1,50%, em um só dia.
Não me recordo (e posso estar cometendo um equívoco de memória) de ter assistido um Banco Central, no mundo, ter ganho alguma disputa contra o mercado. Mas o governo tem chuteiras com travas altas para jogar até em campo molhado. Vamos torcer, pois a indústria nacional precisa recuperar sua competitividade internacional.
Ibovespa manteve continua caindo. Recuou 1,77%, obediente ao pânico frente às notícias de eventual default norte-americano. Está nos 58.288 pontos, com um volume financeiro negociado, de R$6,51 bilhões. A tendência é de queda para os próximos dias, a menos de uma solução para o impasse nos Estados Unidos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Com o dólar baixo, o Natal promete uma festa para os importados

Com o dólar baixo, o Natal promete uma festa para os importados
Veículo: Jornal da Tarde  -  Data: 25/07/11

Como barata tonta

São tantos os fatos que o melhor
é ficar na trincheira
Os fatos se multiplicaram muito rapidamente. Agravaram a situação mundial. As interpretações são poucas e vagas.
À beira do pânico os agentes econômicos ainda buscam a explicação. Afinal, dessa vez, parece sem salvação. O império ruiu mesmo.
Foram longos anos de crença no capitalismo norte-americano. Olhos vendados, alheios àquilo que esse país produziu de desigualdades no mundo. Guerras, invasões e dominação econômica criaram expressões como imperialismo econômico, o colonialismo político e tantas outras que descreviam o repúdio à insensibilidade e à solidariedade aos povos e homens do mundo. Um capitalismo selvagem, competitivo, egoísta dominou  suas decisões e formou o caráter e a personalidade da conduta norte-americana.

Gerações estudaram nos Estados Unidos e pagaram preços altos para isso. Muitos trabalharam por lá, sempre descontentes com seus ganhos. Muitos voltaram, mas muitos continuam por lá. O fato é que essas gerações tomaram esse país e seus valores como paradigma do sucesso. Ao vê-los ruir, ficaram atônitas. O medo produz um bloqueio mental que impede o entendimento e paralisa as decisões. Eis o quadro atual dos mercados e dos agentes econômicos.
Mesmo que o acordo seja alcançado, e o endividamento seja total ou parcialmente autorizado, o país não será confiável mais. Suas instituições estão frágeis.As forças políticas, confundidas com as econômicas, degladiam-se em tornos dos mesmos valores com que trataram o que não era norte-americano. Esses valores foram incorporados a cada um.
Diferentemente da Europa, onde o caminho passou pelo reconhecimento dos mais ricos em ceder, nos Estados Unidos serão os mais fracos que deverão suportar os desmandos dos ricos, sob a forma de cortes das verbas dos programas sociais. Aumento de impostos para os detentores do capital são rejeitados por republicanos. Os mesmos que patrocinaram a crise financeira mundial.
Aplicar ali é, agora, temerário. E será também no futuro. As garras da águia e do urso foram mostradas ao mundo. As baratas, tontas, entrincheiram-se sob as geladeiras velhas das cozinhas sujas.

Bovespa fecha semana em compasso de espera

Como o restante do mundo,
investidores aguardam aumento
do teto da dívida dos Estados Unidos
Veículo: Rádio Jovem Pan  -  Data: 22/07
Programa: Jornal da Manhã
Jornalista: Denise Campos de Toledo
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou perto da estabilidade o pregão desta sexta-feira, o que permitiu um avanço acumulado de 1,3% na semana, mas este resultado é insuficiente para evitar a amarga desvalorização de 3,42% registrada desde o começo de julho. A situação da economia no Hemisfério Norte ainda é a principal preocupação dos operadores do mercado.
Ouvido por Denise Campos de Toledo, o economista Pedro Galdi destacou que sai a Grécia e entram os Estados Unidos no radar da crise. Já Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal, vê como próximo um acordo entre republicanos e democratas, que permitiria a elevação do teto para o endividamento da maior economia do mundo. Por outro lado, mesmo que o Congresso norte-americano esteja de plantão neste final de semana, nem todos os pontos são consensuais.
Para o analista Jason Vieira, os republicanos, adversários de Barack Obama, empurrarão a discussão no Congresso até onde puderem. Ele lamenta apenas que a queda de braço entre os americanos custe cada vez mais caro para o resto do mundo, sendo que uma parte da opinião pública americana começa a se voltar contra a oposição.
 


A solidez do sistema financeiro nacional

Setor bancário nacional deve superar
crises internacionais
Veículo: DCI  -   Data: 20/07  -  Marcelle Gutierrez

Para especialistas, instituições estão consolidadas e focadas no mercado interno. Mesmo o Santander pode continuar com bons resultados aqui
São Paulo
Diante dos temores gerados pela crise bancária na Europa e das discussões no Congresso norte-americano sobre o limite de endividamento dos Estados Unidos, o atual cenário da economia global é de incerteza e receio de uma nova crise sistêmica, o que pode impactar os negócios de todo o sistema financeiro. Contudo, as instituições financeiras brasileiras devem repetir o bom desempenho de 2008 e 2009 e manter a saúde financeira, permanecendo distantes do risco de colapso de liquidez, apontaram analistas econômicos entrevistados pelo DCI.
Segundo Celso Grisi, economista pela FEA-USP e diretor presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, os bancos brasileiros são fortes e pouco dependentes destes países. “O Brasil não é credor do sistema financeiro americano e europeu. O risco pode vir do ponto de vista econômico com caos mundial, que pode ter reflexo por aqui”, diz Grisi, que complementa. “O governo federal é o grande credor de treasuries [títulos do Tesouro norte-americano], mas não haverá contágio.”
O baixo investimento dos bancos brasileiros em títulos no exterior e foco no mercado interno também são apontados pelo especialista como fatores que impedem riscos de contágio. “Ainda é baixo o investimento em ativos e dívidas soberanas, principalmente porque recebemos um alerta em 2008.”
O Itaú Unibanco exemplifica no balanço consolidado de 2010 essa tendência, com aumento de 102,9% em investimentos em títulos públicos no Brasil, de R$ 43,8 bilhões em 2009 para R$ 89 bilhões em 2010. No segmento de títulos e valores mobiliários é possível observar a queda em papéis externos, principalmente na Europa. Na Espanha, os investimentos caíram 32,8%, de R$ 1,093 bilhões em dezembro de 2009 para R$ 734 milhões no último mês de 2010. No entanto, a aquisição de títulos públicos nos Estados Unidos apresentou forte expansão no período, de 1126,7%, de R$ 766 milhões em dezembro de 2009 para R$ 9,394 bilhões em 2010.
O Itaú ainda possui operações em Portugal, Londres, Luxemburgo, Suíça e Estados Unidos. Mas, segundo Grisi, a crise não deverá ocasionar impactos, pois o foco dos negócios está nos moradores e nas empresas brasileiras presentes nestes países.
Outra instituição em processo de internacionalização é o Banco do Brasil. Sobre a compra do Eurobank, na Flórida (EUA), o analista de bancos da agência classificadora de risco Austin Rating, Luiz Miguel Santacréu, diz que os negócios no Brasil não serão atingidos, já que o BB realizou a compra também para captar negócios de brasileiros.
Ao serem procurados, Itaú e Banco do Brasil informaram, por meio da assessoria de imprensa, que verificariam a possibilidade de entrevista por estarem em “quiet period”. Mas ambos não retornaram até o fechamento desta edição.
Santacreu também concorda que o contágio deve vir em menor escala em investimentos, mas que há a necessidade de um detalhamento das carteiras, principalmente em bancos portugueses com dívida. “As instituições com títulos públicos devem ficar com um pé atrás, mas têm de analisar o contexto e medidas dos governos. Os países europeus estão em situação difícil, mas pode vir um socorro de estados fortes, como Alemanha e França.”
No que se refere à crise em Portugal e os impactos em um dos principais bancos do país vizinho, o Santander, o analista da Austin não acredita em reflexos no Santander Brasil, já que realiza captações no mercado interno. “Há filiais que ajudam a matriz. No caso do Santander, a contribuição é evidente, principalmente porque os maiores problemas estão no crédito imobiliário e em títulos da dívida do governo na Espanha”. No primeiro trimestre de 2011, o lucro líquido do Santander Brasil alcançou R$ 2,1 bilhões no critério International Financial Reporting Standards (IFRS), o que representa crescimento de 17,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com este valor, o Brasil lidera a participação mundial, com 25% do lucro total do grupo.
Em nota, o banco respondeu que “a estrutura do Grupo Santander é composta por filiais independentes. Dessa forma, a exposição do Santander Brasil à crise portuguesa é nula.”
Para Santacreu, o contágio da crise econômica na Europa e nos EUA ocorre na oferta de crédito. “Nosso sistema bancário é mais passivo, isto é, recebe mais do que fornece recursos. O efeito no Brasil é que os bancos europeus diminuem as atividades de crédito, com queda na capacidade de empréstimos. Sendo assim, o mercado internacional fica mais difícil e as instituições terão que se virar no mercado interno.”
Já Celso Grisi argumenta que o sistema nacional pode ser beneficiado em captações por conta da consolidação dos bancos nacionais, economia em crescimento, bom risco país e renda dos brasileiros em ascensão. “O reduto da economia mundial está nos países emergentes.”
Ao ser questionado sobre o desempenho do HSBC, instituição com atuação no Brasil, Grisi aponta o banco como sólido, com credibilidade mundial e alto poder de captação de recursos.

IEB USP e seu mestrado

Para quem quer explorar o Brasil

terça-feira, 26 de julho de 2011

Início da semana 4

Estados Unidos parado
O índice de atividade industrial norte-americano, publicado ontem pelo Fed de Chicago, cresceu para -0,46 ponto, em junho, depois de apresentar-se em -0,55, no mês anterior.
Consumo e setor imobiliário melhoraram em junho. O desempenho da oferta de emprego, outra vez, mostrou-se modesto. Portanto, “desse mato não sai cachorro”, tão logo.
O índice de atividade industrial regional do Fed de Dallas recuperou-se mais fortemente. Em junho estava em -17,5 pontos e veio para -2,0 pontos em julho.
Aviso ao navegantes: não esperem por recuperações de curto prazo. Continuem a olhar a soma dos desempenhos dos emergentes. Aí pode haver saída para a ampliação das vendas da indústria brasileira, se o dólar ajudar.

Início de semana 3

O Brasil na parada dessa 2ª feira
A balança comercial apresentou superávit, na semana anterior, de US$ 383 milhões. Foram US$ 5,224 bilhões de exportações contra US$ 4,841 bilhões de importações. O superávit acumulado no ano é de US$ 16,1 bilhões.
O Relatório Focus divulgado ontem aumentou a projeção de IPCA e da Selic para 2012. O IPCA foi de 5,20% para 5,28. Para a taxa Selic o aumento previsto é de 0,12; ou seja, foi de 12,63 para 12,75.
“Em junho, o resultado primário do Governo Central foi superavitário em R$ 10,5 bilhões, contra superávit de R$ 4,1 bilhões, em maio.”
“O Tesouro Nacional contribuiu para o desempenho do mês com superávit de R$ 12,5 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) e o Banco Central apresentaram déficits de R$ 1,9 bilhão e R$ 112,0 milhões, respectivamente”. Tudo conforme o site do Tesouro Nacional.
Os  detalhes podem ser encontrados no endereço: http://www.tesouro.gov.br/hp/downloads/resultado/2011/Nimjun2011.pdf
Como se vê, as notícias sobre a economia brasileira são animadoras. Refletem austeridade nas políticas monetárias e fiscais. Mas mesmo assim, não animara os investidores. O Ibovespa caiu 0,50% e fechou, pouco abaixo dos 60 mil pontos. O volume financeiro de ontem foi modesto, R$4,422 bilhões.
O dólar desceu mais um pouco. O recuo de ontem foi de 0,77%. A moeda veio a R$ 1,5430, a menor cotação desde janeiro de 1999.
A economia vai bem. Quem vai mal é a bolsa. E o dólar, também. A bolsa, porque o quadro econômico e político mundial estão muito deteriorados. O dólar, porque sua liquidez é excessiva no Brasil e tende a crescer ainda mais. Nesse particular o ministro Mantega promete novas medidas. Aguardaremos.

Início da semana 2

Em seguida abriu o mercado europeu
Investidores, na Europa, receberam mal o corte da nota da dívida soberana grega, pela Moody’s. O corte foi de três degraus na escada das notas desse rating. Pior, a agência de risco observou que é muito provável que o setor privado venha a ter perdas expressivas com o acordo alcançado para o socorro a esse país.
Não chega a ser novidade a observação da Moody’s, mas o receio maior é que o mesmo aconteça na reestruturação das dívidas de outros países. Sem dúvida, assusta. Somam-se a isso as incertezas promovidas pelos problemas do endividamento norte-americano.
Os mercados fecharam em queda. Londres, -0,16%,  Paris,  -0,77% e Frankfurt, na contra mão, subiu 0,25%.

Início da semana 1

A semana começou pela Ásia
O mercado asiático é o primeiro a abrir.
Ainda sem novidades sobre a elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, não encontrou entusiasmo para operar.
Tokio, Xangai e Hong Kong caíram, respectivamente, -0,81%, -2,96% e -0,67%.
Os investidores também esperam, para breve, por novas medidas de aperto monetário. Entre elas, um novo aumento das taxas de juros. Como se sabe, juros altos levam o dinheiro para renda fixa. A renda variável, nesses momentos, é preterida.
Tal qual no Brasil de hoje, as bolsas vem abaixo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Efeito retardado

Medidas macroprudenciais são
eficientes. Mas lentas.
Deixam à margem, entretanto, de fatores limitantes do crescimento, tais como infraestrutura e mão de obra. Esquecem o futuro, já há tanto tempo esquecido no país. Nada de planejamento econômico, como comprova o dólar, no país, há tanto tempo lembrado.
Eis o Brasil, até o mês de junho: agricultura crescendo na esteira dos preços das commodities, indústria em queda, atingida por múltiplos problemas da estrutura e da conjuntura econômica. Impostos excessivos, real apreciado, custos elevado de capital. De outro lado, o mercado de trabalho aquecido aumenta a renda real, expande o crédito e impulsiona arrecadação.  A taxa de desemprego do IBGE, do mês de junho, é de 6,2%. O rendimento real apresentou ganho de 4 % em relação a junho de 2010. Criação de 215,4 mil vagas com carteiras assinadas, coroando o primeiro semestre que registrou 1,4 milhões de postos novos de trabalho. O setor de serviço lidera a geração dos empregos. A inflação caiu. Menos do que o esperado, é verdade. E o crédito “dá de ombros” para os aumentos da Selic.
Tanto otimismo ainda não convenceu os agentes econômicos que passam a guardar pela ata do Copom, a ser divulgada essa semana. Querem entender se estamos mesmo no final de um ciclo de crescimento econômico ou se são apenas os efeitos retardados das medidas macroprudenciais.
Independentemente do que o Copom venha a anunciar, basta ohar para as taxas de juros no Brasil. Estamos em patamar altíssimo que penalizará fortemente o crédito contratado e aquele a contratar. Não há investimentos no setor industrial e a produtividade já se ressente há ponto de iniciar, em prazo curto, o comprometimento do nível de emprego e a interrupção da expansão da renda.
Quanto ao crédito, a redução da velocidade de sua expansão provocada pela somatória das altas da Selic, freará o consumo. As famílias comprometeram quase 30% de seus rendimentos com o pagamento das parcelas de dívidas. A inadimplência continuará sua trajetória de elevação, provavelmente em ritmo superior à de momentos anteriores.
A partir de agosto, sugiro que nos encontremos com a realidade nacional: um país sem poupança interna, dependente no seu crescimento do mercado internacional de capitais, com custos agora elevados de mão de obra, agravados por legislação trabalhistas e encargos sociais despropositados, desprovido de infraestrutura e tecnologia, com baixo nível de educação e câmbio apreciado. Sem, portanto, capacidade de competir com as ofertas chinesas e dos países desenvolvidos.
É preciso esperar pelo anúncio do COPOM para entender que  estamos diante do fim do ciclo de crescimento de crescimento? A opção feita durante esses últimos anos foi pelo consumo. Em 2010, a poupança pública foi negativa, em 2%. A privada continuou muito acanhada. À disposição, contamos apenas com a poupança externa exatamente quando os investimentos externos diretos parecem querer minguar, substituídoa pelos fluxos especulativos de dólares, como decorrência dos altos juros nacionais. E inflação,e em ambiente de alta liquidez, voltará a fazer novas pressões em nosso sistema de preços.

domingo, 24 de julho de 2011

Revolução na comunicação 3

Naturalmente, teria que vir o troco.
O troco veio com equilíbrio e no mesmo evento e na continuação dos debates, na voz de Bob Liodice, Presidente e CEO da ANA - Association of National Advertisers.
Ele rebateu:"a indústria de televisão pode ser contestada sob vários ângulos em várias frentes, mas continua a atrair investimento significativo dos profissionais de marketing associados à ANA".
 Na opinião de Bob Liodice, "é natural que as novas alternativas e meios de comunicação tradicionais compitam entre si, de forma cada vez mais agressiva por uma fatia da torta de mídia. Essa competição forçará os executivos dessas mídias a melhorar as formas de alcançar os públicos-alvos, de reduzir custos e de aperfeiçoar suas métricas. A televisão, por sua vez, também fará esforços e, nesse instante, está reagindo agressivamente. Com a tecnologia baseada em avanços para ampliar a acessibilidade, as opções e as formas de seu uso, a convergência com a Internet (IPTV) e oportunidades de entretenimento a partir das marcas de anunciantes é provável que a televisão continue como a parte dominante do mix de marketing".
Um relatório completo sobre os resultados da pesquisa está disponível no site da Forrester Research: www.forrester.com
 Este é o terceiro levantamento de Pesquisa ANA / Forrester dos anunciantes sobre este tema.Levantamentos anteriores foram colocados em 2002 e 2004.
Para quem gosta, vale realmente a pena conhecê-los.