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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A China outra vez

A lógica chinesa é a do
"não mexe que estraga"
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou o resultado da Balança Comercial do Agronegócio, dando conta de que nosso primeiro comprador para os produtos do agronegócio continua sendo a China. Crescemos nossas exportações de commodities agrícolas em relação ao ano anterior.
Como mostramos me postagem anterior, todos são produtos de baixo valor agregado. O Ministério corroborou nossas afirmações. “Os principais setores exportadores do agronegócio nacional nesse mês foram: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões); e complexo sucroalcooleiro (US$ 372 milhões). O principal responsável pelo recuo das exportações nesse período foi o complexo sucroalcooleiro, com uma queda de 52,7% em relação a janeiro de 2011 ou US$ 413 milhões a menor. Além desse setor, cereais, farinhas e preparações também apresentaram queda nas exportações, com a cifra de US$ 337 milhões ou decréscimo de US$ 45 milhões (-11,8%). Já dentre os setores que apresentaram crescimento, destacaram-se carnes, com um incremento de US$ 100 milhões sobre os valores do ano anterior e complexo soja, com uma expansão de US$ 86 milhões.”
Há quem comemore esses resultados sem aperceber-se de que importamos de lá valores também crescentes e, infelizmente, em ritmo superior ao de nossas exportações. Agrava ainda o fato termos importado de lá, predominantemente, produtos de alto valor agregado.
Faço as seguintes considerações e peço que sejam julgadas por vocês:
1)- As transações mostram uma deterioração dos termos brasileiros de trocas.
2)- Os produtos chineses exportados ao Brasil, conseguiram aumentar seus preços de forma substancial a partir do final de 2007.
3)-Esse fato surpreende em função da crise econômica mundial e da retração do consumo. Também surpreende pelo fato do real ter atravessado por uma fase de forte valorização em relação ao dólar, o que deveria ter inibido essas importações.
Essas 3 observações iniciais estão sendo ignoradas por nossas autoridades governamentais.

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