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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Insultando o empresáriado nacional

Brasil precisa dar um salto tecnólogico,
diz especialista


Veículo: site da Revista Executivo Financeiro  -  Data: 29/02/2012
http://www.executivosfinanceiros.com.br/noticias_mostra.asp?id=87981
Jornalista: Carolina Spillari
Em relação ao câmbio e a indústria, a solução para o Brasil seria abrir um amplo programa de importação para máquinas equipamentos e possibilitar um salto tecnólogico aos moldes de Schumpeter, opinou o economista Celso Grisi.
Nesse sentido, mão de obra especializada e atualizada seria fundamental.
"Mandaríamos tantos dólares para fora, que equilibraríamos a taxa cambial em um patamar bem superior a esse de hoje", indicou o também diretor presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, empresa especializada em pesquisas financeiras.
Para Joseph Schumpeter, o desenvolvimento depende do grau de utilização e da taxa de aumento de vários tipos de fatores produtivos: nível tecnológico; a quantidade e qualidade da força de trabalho; a quantidade e composição do estoque de capitais; e a natureza e condições dos recursos naturais.
As intervenções do Banco Central, com a compra de dólares "têm um custo", opinou Grisi. De outro modo, a política cambial seria sustentada a partir das reservas.
Para o especialista faltam estudos para um programa de importação agressivo. "Abandonamos os hábitos de fazer planejamento econômico", afirmou sobre o Brasil. "Não temos a clareza que queremos dar a nossa política industrial". Na opinião de Celso Grisi, a indústria nacional está sucateada. Para Bresser, o mercado interno e a indústria nacional estão desaparecendo.
Commodities
Em entrevista ao jornal Brasil Econômico na segunda-feira, 27, o ex-ministro Bresser Pereira sugeriu a criação de um imposto sobre a exportação de produtos agrícolas para conter a alta do dólar. Segundo Bresser, o ônus que poderia ser atribuído aos exportadores se diluiria por meio da depreciação da moeda.
Na avaliação do economista Celso Grisi, esse imposto já é mal visto na saída. Esse imposto já existiu no Brasil e se chamava confisco cambial, indicou Grisi.
O confisco cambial foi um instrumento de política monetária usado para taxar as exportações de café a partir da Instrução nº 70 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), e assim financiar o desenvolvimento estatal em 1953 durante o governo Juscelino Kubitscheck.
Essa política fixava um valor mais baixo para o dólar recebido pelos exportadores de café e permitia ao governo ficar com uma parte dos dólares obtidos pela exportação do café, para financiar projetos de outros setores econômicos (leia mais no link abaixo).
De acordo com Celso Grisi, o confisco cambial surpreendeu muito na ocasião em uma tentativa de evitar a desvalorização e preservar a moeda. No entato, a devolução do imposto era só uma promessa. Hoje em dia, "não tem sentido empresarial de criar mais um imposto", disse Grisi.
O instrumento também foi usado pela presidente argentina Cristina Kirchner em 2008 sob o nome de Retención para taxar o setor agropecuário.
Links relacionados:
www.itau.com.br/bem_vindo/conheca_emp_anos50.htm

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