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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Onde estava o nó

O imbróglio de Draghi
O adiamento na aprovação do pacote e do desembolso dos fundos para o refinanciamento da dívida Grega atrasou as negociações para a reestruturação voluntária da dívida.
O objetivo era convencer os credores privados da dívida soberana grega a aceitarem cortes no valor nominal dos títulos que possuem, com a participação do BCE neste programa.
A partir de maio de 2010, o BCE acumulou títulos de dívida de países Europeus num valor equivalente a € 219 bilhões, dos quais parte substancial é dívida Grega. Chegou-se a esse valor por meio de sucessivas aquisições no mercado secundário a preços muito inferiores aos valores nominais dos títulos.
A discussão estava em torno da verificação da possibilidade de o BCE vender essas participações ao FEEF pelo valor de aquisição e não o valor nominal dos títulos, reduzindo assim automaticamente valor da dívida grega. O BCE estava inflexível, alegando as imposições do Tratado de não haver financiamento monetário dos Estados-Membros.
O presidente Draghi sugeriu, para a solução do impasse,  a possibilidade de o BCE poder distribuir dividendos aos Estados-Membros, se fizer lucro nestas operações.  A solução não beneficiaria a todos igualmente uma vez que a elevada participação da Alemanha no capital do BCE traria boa parte dos dividendos para esse país.
Deu impasse. Mas ao fim e ao cabo, o conflito se resolveu.

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